quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

BRASIL: O PAÍS DOS GOLPES?



O QUE DIRÃO OS IRRESPONSÁVEIS? 

NADA. CALARÃO.


Por Genesio Bentes/Francisco Costa
Rio, 17/12/2015.



O discurso dos golpistas, é um discurso só deles, aqui e no exterior (a mídia internacional está muito interessada com o que está havendo aqui), é que não há tentativa de golpe e que têm o apoio do povo.

Não vou discutir se é golpe ou não, está tudo muito óbvio, para perder tempo com isso, quero discutir a segunda premissa, o apoio popular para o golpe.
Tivemos dois momentos de manifestações: no domingo, para não atrapalhar o lucro do empresariado, e ontem.

O primeiro, com o apoio e o dinheiro da Fiesp, os dólares e a logística dos consulados norte americanos, o incentivo e a cobertura da mídia, teve dezenas de manifestantes, em algumas cidades, centenas, na maioria delas e milhares, umas poucas dezenas de milhares, só em São Paulo, quartel general do golpe.
O segundo foi ontem, onde rigorosamente, nas capitais que se manifestaram, em nenhuma delas havia menos que dezena de milhar de manifestantes, com São Paulo na frente, mostrando mais de cem mil manifestantes avermelhando o condado tucano.

Feita a avaliação quantitativa, vamos ao qualitativo.

No domingo, coincidentemente aniversário do Ato Institucional Número Cinco, um ato digno de Hitler, Mussolini, Franco ou Salazar, impondo o silêncio e o navegar em sangue, as palavras de ordem foram “intervenção militar”, “fora Dilma”, “impeachment”... Ou seja, interrupção do processo democrático, com a deposição de uma presidente legitimamente eleita, substituída por alguém representante das elites nacional e internacional.

Ontem, dia útil, dia de trabalhador, como na canção de Chico Buarque “atrapalhando o tráfego”, as palavras de ordem foram “fora Cunha”, “Cunha na cadeia”, “Dilma fica”, “o golpe não passará”, “prisão para todos os ladrões”... Em mão inversa ao domingo, pedindo respeito à democracia e moralização da política brasileira, transparência na coisa pública, seriedade no fazer político.
Isto posto, como diria o petralha poetinha, Vinícius de Moraes, passo a análise das fotos.

No domingo, os que os companheiros gaúchos chamam de “bundas cheirosas”, os superiores que se arvoram donos do país e dos brasileiros, a turma do scotch com caviar, mulheres peladas, coxinhas fantasiados de super heróis importados, portando a bandeira norte americana... Coerentemente vestindo a camisa da CBF, alvo de escândalo internacional, por causa da corrupção.
Digno de nota também a ausência dos políticos, parte atemorizada com as investigações, parte, envergonhada, todos já se sentindo nos estertores da derrota.

Ontem o império do pê: pobres, pretos, paus de arara, petralhas, professores, putas, paraíbas... Proletários... Povo, com suas lideranças políticas à frente, sem medo e sem ter do que se envergonhar.

E, para essa mídia, que tanto gosta de estatísticas e números, com os quais manobram, pensando que só eles pensam e sabem, a constatação final: somando-se as minifestações de domingo com as manifestações de ontem, tivemos, com certo exagero, um milhão de brasileiros nas ruas.
Considerando que a população do país ultrapassou os duzentos milhões, tivemos menos de meio por cento dos inquietos tupiniquins se manifestando, um em cada quatrocentos brasileiros.

Isto nos mostra duas coisas.

A primeira é que a chamada maioria calada, que só aparece para votar ou ordenar: “que se faça!”, continua só olhando, esperando a hora certa de engordar os blocos, e a segunda... 

Bem, não é preciso saber matemática, ser douto nas médias aritméticas e ponderadas, nas derivações e gráficos, para perceber, olhando as fotos, que pelo menos dois terços dos brasileiros disseram e dizem: estamos putos, nos sentimos na merda, mas não serão golpes ou administrações de ratos que irão consertar.

Não admitiremos, Dilma fica, respeitem-nos.
Há uma constituição.

Genesio Bentes/Francisco Costa
Rio, 17/12/2015.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

A PRESIDENTE DO CLÃ QUE FICOU ÓRFÃ





Imaginemos a história ou a estória -como preferirem – de uma criança, uma menina, criada num lugar onde todos a veneravam, cercada de empregados fiés e prontos a servi-la a todo momento, e onde os seus desejos eram atendidos; imaginemos que essa criança era filha de um pai, chamado de o “pai de todos”, estremamente habilidoso em se cercar de pessoas e negociar para que o lugar onde moravam estivesse sempre harmonioso e nada faltasse nem para a sua família e muito menos para os serviçais.

Essa criança, na verdade, fora adotada, recebeu o nome de Equidna, e cresceu junto ao “pai de todos”, aquele ser habilidoso, negociante esperto, que sabia burlar os devedores, trocar favores e ganhar divedendos pela sua alta capacidade de falácia, um verdadeiro senhor da guerra.

O lugar onde moravam foi adquirido através de uma longa disputa e logo que se viu dono de tudo o “pai de todos” tratou de expulsar os seus antigos administradores e colocou outros em seus lugares, de sua confiança, pagando-lhes, diga-se de passagem, muito bem. A sua ideia era formar um clã e, para isso, ele trabalhou com afinco, tendo ao seu lado, fiés escudeiros. Os antigos empregados, serviçais que eram considerados ralé pelos antigos donos do lugar, foram erguidos a condições superiores, passando a fazer parte do novo clã. Tudo isso o “pai de todos” fez para fortalecer o clã, pois sabia que, quando se aproximasse o oitavo ano à frente do clã, a disputa se reiniciaria e ele precisaria ter ao seu lado, todos fiés, empregados, administradores e vizinhos.

Sete longos anos se passaram e o clã se fortaleceu. Mas, para que o clã se tornasse forte, o “pai de todos” necessitou fazer muitos acordos esdrúxulos e perigosos com os antigos empregados e com os vizinhos velhacos para que o reino não fosse invadido pelos inimigos que o desejavam ardedemente para si. Pagou dinheiro alto e desviado dos cofres do clã para mantê-los como aliados na proteção do reino.

Enquanto o “pai de todos” construia e solidificava o clã, a menina se transformou numa mulher e a preferida dele. Como ele tinha outros muitos filhos, gerou uma ciumeira doida. Mas, ele era o chefe do clã. Bateu o pé e deixou claro que seria ela a substitui-lo no comando do clã.

Quando se iniciou a disputa, o “pai de todos” se colocou no comando das estratégias e, com a sua habilidade costumeira, lembrando a todos que ele havia nascido das cinzas, alçou a glória e tirou a ralé da miséria. Com esse discurso e pagando muito bem para os vizinhos protegerem o clã, teve o apoio de todos para indicar sua pupila para substitui-lo.

Equidna deveria assumir o papel de “mãe de todos”. Mas, assim que assumiu a direção do clã, mostrou-se inábil para negociar com empregados, administradores e vizinhos. Descobriu, logo no início, que os poços de água da mansão serviam para abastecer, também, as caixas de água dos vizinhos. A melhor e mais pura água ia para os administradores e vizinhos. Percebeu que os empregados não passavam de massa de manobra nas mãos do “pai de todos”. Era tudo um engodo. Compreendeu que o “pai de todos” era um sabio, hábil caçador, mestre na arte da guerra e da morte.

Nos primeiros quatros anos à frente do clã, Equidna compreendeu que não poderia ser a “mãe de todos”, como o seu pai. O que ela não sabia era da regra, algo previsto e guardado por um feroz lobo sempre pronto a devorar o “pai de todos”, e a ela, se necessário fosse

Logo, todos descobriram que a água dos poços estava sendo desviada para os vizinhos que potegiam o clã. Quando ela abriu os cofres da mansão para pagar as contas, não havia dinheiro suficiente. O lobo, então, rosnou e mostrou a todos as falcatruas que corriam naquele lugar. Os amigos de Equidna começaram a se afastar dela e muitos deles foram arrancados e jogados para fora. Outros, foram enviados para o cadafalso. O “pai de todos” ressurgiu para proteger sua pupila e o clã. O lobo, feroz, rugiu para afastá-lo.

Equidna se sentiu perdida. Recebeu conselhos do “pai de todos”. Tentou segui-los. Não conseguiu. Uma tremenda confusão foi armada e o lobo formou uma matilha e se fortaleceu. Passaram a maquinar para arranca-la do comando do clã. Foi, então, que ela percebeu que os seus vizinhos, antigos aliados, começaram a debandar para o lado do lobo feroz. Tiraram a pele de cordeiro e se transformaram e lobos. Uma grande armadilha foi preparada para tira-la da chefia do clã e a encuralaram com os poucos serviçais que lhe restaram fiéis.

Neste momento... Sim. Tacitamente agora, a menina que se fez mulher e chefe de um clã, está orfã do “pai de todos”, pois o lobo com a sua matilha o expusou do clã. A menina, protegida e fiel ao clã, não conseguiu ser a “mae de todos. O lobo feroz, com a sua matilha, tenta despedaçar o que restou do “pai de todos” e arrancar o poder de Equidna, que luta para se manter de pé e forte com o que lhe restou de fiéis serviçais.

Será que a menina, agora mulher orfã, será devorada pelo lobo feroz, juntamente com o “pai de todos”?



Pedro Paulo de Oliveira

Acadêmico de Direito, Palestrante, Especialista em História.

Imagem: festival do rio

terça-feira, 17 de novembro de 2015

MASSACRE EM PARIS: "TERCEIRA GUERRA MUNDIAL AOS PEDAÇOS"

Por que a França?

Publicado por Luiz Flávio Gomes - 1 dia atrás no Jusbrasil

 


      Desde logo nossa solidariedade a todos os que, inocentemente, se converteram em “cadáveres antecipados”. O mais triste é saber que eles não foram as últimas vítimas da insanidade humana.

           Quem falou em guerra mundial “aos pedaços” foi o Papa Francisco. Mas para o princípio da inteligibilidade do humano, muito provavelmente deveríamos eliminar a parte final da frase. Não fazemos guerras “aos pedaços”; de pedaços podemos falar em relação aos corpos dilacerados, sobretudo de inocentes. Mas quando nos referimos a nós, os humanos (muito superficialmente racionais[1]), a regra histórica é clara: vivemos em guerra, ou seja, somos beligerantes por natureza. Mirando nossa folha de antecedentes, não há como negar o princípio do “realismo beligerante ou guerreiro”.

        A guerra reciprocamente declarada entre o Estado Islâmico e a França (incluindo os EUA e vários outros países) não é algo excepcional na existência humana. Os seres humanos matam uns aos outros desde que desceram das árvores. Não seria surpresa (diz Matthew White[2]) “encontrar corpos ocultos no alto das suas folhagens”. A arqueologia está cheia de ossos humanos com fraturas provocadas por armas. Milhões e milhões e milhões de seres humanos já foram trucidados por outros seres humanos (Steven Pinker).

           Guerreamos pelas nossas vidas, pelas nossas coisas, pela nossa cidade ou país, pelas nossas preferências políticas, pelas nossas ideias, pela nossa família ou por amigos, por espaços no trânsito, por territórios lícitos ou ilícitos, pelo nosso time... E, por que não?, também por religiões. Não existe o sujeito “neutro” (Foucault[3]): somos, então, necessariamente, adversários de alguém (de alguma ideia, de algum “inimigo” pessoal ou coletivo, de alguma crença, de alguma ideologia).

     A teoria filosófico-jurídica, sob o amparo da “teoria da soberania” (desenvolvida no final da Idade Média), difunde a ideia discutível (para não dizer mentirosa) de que é a partir do poder soberano que a sociedade é estruturada de forma pacífica (de cima para baixo, de maneira hierarquizada). Tudo isso é dito para esconder a verdadeira realidade das “relações de poder e de dominação”, as quais, enfocadas de baixo para cima (Foucault), são fundadas em guerras, desavenças, conflitos, rebeldias, insurreições, discussões, litígios e dissidências. Todo o direito é fruto de muita guerra, de muito conflito.

       No mundo jurídico difunde-se outra ideia equivocada (sintetizada por Cícero) de que “inter arma silent leges” (sob guerras, as leis silenciam). Não haveria nem sequer o poder político enquanto existem guerras. Em outras palavras, cessadas as guerras, nasceria o poder político. Ilusão. “A guerra nunca desaparece porque ela presidiu o nascimento dos Estados, do direito, da paz e das leis. Todas essas instituições nasceram do sangue e do lodo das batalhas e das rivalidades, que nunca foram (como imaginavam os filósofos e juristas) batalhas e rivalidades ideais (sim, reais). A lei não nasce da natureza, como se fosse uma fonte a que acessavam os primeiros pastores. A lei nasce de conflitos reais: massacres, conquistas, vitórias que têm suas datas e seus horrorosos heróis; a lei nasce das cidades incendiadas, das terras devastadas; a lei nasce dos inocentes que agonizam ao amanhecer” [ou ao anoitecer].[4]

         Nem antes nem depois da Primeira (1914-1918) ou da Segunda Guerra mundial (1939-1945) o humano nunca deixou de estar envolvido em conflitos mortíferos. Guerra laica, guerra santa, guerra ostensiva, guerra insidiosa, guerra infinita, guerra preventiva... Adoramos a guerra (as potenciais vítimas, sobretudo as civis, evidentemente, não pensam assim) como a mitologia adorava os deuses. Não guerreamos “aos pedaços”, sim, permanentemente. Em todas as relações de poder (ou melhor: de dominação, como diria Foucault) está presente a guerra (o litígio, o conflito, a desavença).

Por que a França?

          Gilles Lapouge (Estadão15/11/15: A=19) responde: “A França é detestada pelos homens da morte – tanto quanto os EUA. As razões? A mais inteligível é o envolvimento de Paris na coalização contra o EI liderada pelos americanos. No Iraque, e na Síria aviões Rafale e Mirage franceses bombardeiam posições do grupo extremista. Mas a memória do ódio vai longe. O EI não perdoa a França por ter assinado, em 1916, o acordo Sykes-Picot, que desmantelou o Império Otomano e dividiu seus despojos entre a França, que recebeu o Líbano, e a Inglaterra, que ficou com a Síria. Enfim, a França cometeu outra vilania. Entre todos os Estados, é aquele que observa com maior vigilância o secularismo – estatuto que autoriza e protege todas as religiões sem privilegiar nenhuma delas (...) A França é um dos países que mais envia aprendizes assassinos à Síria. Lá eles são recebidos, passam por uma lavagem cerebral e são instruídos a matar”.
            
           Para Obama e seus aliados os ataques do EI, particularmente os recentes (contra a Rússia, derrubando um avião, no Líbano e, agora, na França), “vão certamente provocar uma reavaliação da ameaça e exigirão uma estratégia ainda mais agressiva contra o Estado Islâmico”. O que era uma guerra regional se tornou global. Mas não se trata de uma guerra “aos pedaços”. O mundo, desde que é mundo, sempre esteve em guerra. Os humanos e a guerra formam uma díade inseparável.


[1] ARIELY, Dan. Positivamente irracional. Tradução: Afonso Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
[2] WHITE, Matthew. El libro negro de la humanidad. Tradução de Rosa María Salleras Puig e Silvia Furió. Buenos Aires: Crítica, 2012, p. 18.
[3] FOUCAULT, Michel. Genealogia del racismo. Tradução: Alfredo Tzveibel. La Plata: Coleção Caronte Ensaios-Editorial Altamira, s. D., p. 47.
[4] FOUCAULT, Michel. Genealogia del racismo. Tradução: Alfredo Tzveibel. La Plata: Coleção Caronte Ensaios-Editorial Altamira, s. D., p. 47.

Professor
Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). [ assessoria de comunicação e imprensa +55 11 991697674 [agenda de palestras e entrevistas] ]

 

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O ESTADO DE DIREiTO E OS CRIMES CONTRA A HUMANIDADE - PARTE I

        "No Estado de direito o governante está abaixo da lei e deve governar segundo a lei. No estado de direito o povo é a instância maior do poder".




         A história da humanidade seja, talvez, a história das tiranias. Governos déspotas que impuseram ditaduras e governaram segundo a vontade de um único tirano ou de um grupo de pessoas que, defendendo interesses pessoais, impuseram, pela força, a sua vontade. Para se chegar a essa conclusão, comecemos a rever a história recente da Rússia: após longos embates políticos de partidos que nasceram da insatisfação do povo com o governo czarista de Nicolau II, os bolcheviques assumiram o controle da revolução e o poder russo em 1917. Lênin foi eleito presidente do Conselho dos Comissários do Povo, combateu com voracidade os adversários do povo, ordenando a a execução de todo e qualquer cidadão que ameaçasse se insuflar contra o novo regime. Em meio ao processo revolucionário, o czar Nicolau II foi punido com a morte. Milhares de pessoas foram assassinadas nos porões do novo regime, nas ruas ou nas suas casas. Bastava que uma pessoa fosse apontada como contrária ao governo para que fosse executada sumariamente. 

        Lênin adoeceu seriamente em 1922, mesmo ano da implantação, pela força, aos países vizinhos, da União Soviética que nada mais era que um bloco de países anexados à Rússia através do seu poder bélico. Em 1924, Lênin morre. Nesse tempo, os conselhos populares já haviam se transformado  no poderoso Partido Comunista, do qual era Secretário Geral Josef Stalin que dividia a liderança do partido com Leon Trotsky. No entanto, após a morte de Lênin, os dois passaram a se divergir e Stalin assumiu o lugar de Lênin, cargo que ocupou até sua morte em 1953. Durante seu governo, pelo menos 35 milhões de pessoas foram perseguidas, presas e torturadas. E desses 35 milhões, pelo menos 20 milhões foram assassinadas. OS CRIMES DE LÊNIN CONTRA SEU POVO E CONTRA A HUMANIDADE SÃO PROPORCIONAIS AO DE HITLER DURANTE O NAZISMO NA ALEMANHA. Só para se ter uma ideia da crueldade de Stalin, basta saber que ele mandou assassinar  Leon Trotsky a machadadas no México, país onde ele se encontrava exilado, e dois foram companheiros e amigos durante a Revolução Russa.

       Conta-se que Stalin era tão cruel que, certa vez, uma mulher foi até o Kremlin procurá-lo e se apresentou como sua amiga. Ele a recebeu e a reconheceu dos velhos tempos de juventude. Ela, então, lhe disse que o seu marido, que também era velho amigo de Stalin, estava preso injustamente acusado de se opor ao regime. Suplicou a Stalin que intercedesse para que ele fosse solto, pois temia pela sua vida. Stalin mandou-a até a prisão e lhe disse para falar com o diretor que ele, stalin, ordenava que o preso fosse libertado. Enquanto ela seguia, feliz, para o seu destino, Stalin ligou para o diretor da prisão e ordenou que o preso fosse executado antes que a sua esposa chegasse com o pedido de sua liberdade. Quando ela chegou na prisão e transmitiu o recado de Stalin, o diretor levantou os braços e lamentou: "Que pena, minha senhora, seu marido foi executado há poucas horas".


Pedro Paulo de Oliveira.

Acadêmico de Direito pelo Instituto Presidente Tancredo Neves - IPTAN, Consultor Parlamentar e Executivo, Especialista em História e Palestrante na área pública .






  



  

domingo, 4 de outubro de 2015

ANDRELÂNDIA, UM PARAISO REDESCOBERTO - PARTE II

ANDRELÂNDIA - IMAGENS DO TEMPO

O que somos, depois de tudo, senão fragmentos de imagens, poeira no tempo, papéis guardados nas gavetas e, agora, arquivos espalhados por um mundo estranhamente virtual.

ENCHENTE NO VELHO RIO TURVO NO INÍCIO DO SÉC. XX
O OLHAR DA IGREJA DO ROSÁRIO
 O TURVO POR VOLTA DOS ANOS 20 DO SÉC.XX
 CIDADE DO TURVO NOS ANOS 30 DO SÉC. XX
 CIDADE DO TURVO NOS ANOS 30 E ILUMINADA POR ENERGIA ELÉTRICA
FAMÍLIA NUMEROSA DA CIDADE DO TURVO NOS ANOS 30


 PROCISSÃO FEITA A CAVALO EM HONRA A NOSSA SENHORA
CIDADE DO TURVO NOS ANOS 30 - RUA DIREITA

 BELOS JARDINS DA RUA DIREITA EM ESTILO FRANCÊS


UMA DAS PRIMEIRAS LOCOMOTIVAS ELÉTRICAS A PASSAR PELO TURVO NOS ANOS 30.


SUBESTAÇÃO FERROVIÁRIA DO TURVO NOS ANOS 30
VEÍCULO FERROVIÁRIO COM MOTOR DE CAMINHÃO PASSANDO PELA CIDADE DO TURVO


IMAGENS  DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE ANDRELÂNDIA NOS ANOS 50


PROCISSÃO EM HONRA A NOSSA SENHORA DE FÁTIMA  DESCENDO A RUA DIREITA 


IMAGEM DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA  SOBRE O LAND ROVER DE JOSÉ GODINHO.


DESTAQUE PARA A PROCISSÃO COM NOSSA SENHORA DE FÁTIMA


FESTA NA COMUNIDADE RURAL DE SANTO ANTÔNIO, NO MUNICÍPIO DO TURVO, COM DESTAQUE PARA A CAPELA QUE AINDA EXISTE

 IMAGEM DO 1º BARÃO DE CAJURU, NA CIDADE DO TURVO, UM DOS HOMENS MAIS IMPORTANTES DO BRASIL NA ÉPOCA DO IMPÉRIO


UMA FAMÍLIA ANDRELANDENSE EM PASSEIO RUPESTRE.


FOTO AÉREA DE ANDRELÂNDIA NOS IDOS DOS ANOS 50, COM DESTAQUE PARA A CASA DOS ABRAÃOS E PARA A RUA DR. ERNESTO BRAGA (ANTIGO BECO DOS DEFUNTOS POR LIGAR A IGREJA MATRIZ AO CEMITÉRIO MUNICIPAL)  


AVENIDA GETÚLIO VARGAS (RUA DIREITA) NOS IDOS DOS ANOS 50, DESTACANDO O SOBRADO DO BARÃO DE CABO VERDE.


 RESIDÊNCIA ONDE HABITOU O MAJOR LIMA


ANDRELÂNDIA  VISTA DO SOPÉ DA IGREJA DO ROSÁRIO COM DESTAQUE  PARA PONTE JÁ DE CIMENTO ARMADO - SOBRE O RIO TURVO.
 IMAGEM DA IGREJA DO ROSÁRIO E CASARÃO COMERCIAL ONDE, HOJE, FUNCIONA O BAR DO JOÃO DA AURORA - BAIRRO DO ROSÁRIO(OBSERVE O DETALHE DO HOMEM SOBRE UMA MULA, DA SENHORA QUE SOBE CABISBAIXA E DOS FREGUESES NA PORTA DA VENDA OLHANDO O MOVIMENTO LENTO DA VIDA QUE PASSA)

 SOBRADO DOS PINHEIROS, ONDE MOROU O BIÉ SALGADO


SOBRADO DAS LARANJEIRAS, O MAIS ANTIGO PRÉDIO DO TURVO, CONSTRUIDO ANTES DO ANO DE 1800 (HOJE, FUNCIONA A FARMÁCIA ALKIMIA NA PARTE BAIXA E RESIDE A FAMÍLIA ANDRADE NA PARTE ALTA)


 SEMANA SANTA NA JÁ ANDRELÂNDIA, NOS IDOS DOS ANOS 40 DO SÉC. XX (OBSERVE QUE A IGREJA MATRIZ ERA EM ESTILO ROMÂNICO, COM APENAS UMA TORRE CENTRAL)


 IMAGEM DA CIDADE DO TURVO NO ANO DE 1925, COM DESTAQUE PARA A PONTE AINDA DE MADEIRA LIGANDO O CENTRO AO ROSÁRIO E, NO ALTO, À ESQUERDA, A CASA DA CÂMARA E CADEIA, CONSIDERADA UMA DAS MAIS VETUSTAS CONSTRUÇÕES DO MUNICÍPIO, OBRA DE VISCONDE DE ARANTES.


ATERRO DAS MARGENS DO RIO TURVO E CONSTRUÇÃO DA PONTE DE CIMENTO ARMADO PARA LIGAR AS DUAS PARTES DA CIDADE - FINAL DOS ANOS 20

JOSÉ GODINHO DIRIGINDO SEU LAND ROVER PELAS RUAS DA ANDRELÂNDIA DA DÉCADA DE 50 E FOTOS DA SUA FAMÍLIA EM DIVERSAS OCASIÕES, INCLUSIVE NA PAMPULHA EM BELO HORIZONTE.
VISCONDE DE ARANTES, RESPONSÁVEL POR TRANSFORMAR A VILA BELA DO TURVO NA CIDADE DO TURVO


IGREJA DE SÃO BENEDITO - DEDOS DE DEUS (PAZ E AMOR) NA PRAÇA SIMPLÍCIO DIAS NASCIMENTO EM ANDRELÂNDIA - IDEALIZADA E CONSTRUÍDA SOB OS AUSPÍCIOS DE PADRE JOSÉ TIBÚRCIO.
PEDRA DO SERROTE, NUM DOS CAMINHOS PARA A SERRA DE SANTO ANTÔNIO (SÍTIO ARQUEOLÓGICO COM MAIS DE 3.000 ANOS).

ANDRELÂNDIA ATUALMENTE (ANTIGA TURVO)


OCASO EM ANDRELÂNDIA VISTO DE UMA JANELA DO TEMPO


SERRA DOS DOIS IRMÃOS, UM DOS SÍMBOLOS DE ANDRELÂNDIA E REGIÃO.

NAYRA E O CHAVELHO DE ESPINHOS NA FAIXA DE GAZA

" Esses pequeninos, cheios de sonhos, sonhos que embalam o mundo, distantes das       ambições e da crueldade dos homens e mulheres que...