NÃO ME APEGO AOS BENS MATERIAIS, POIS NÃO PODEREI LEVÁ-LOS PARA ONDE EU FOR NO FINAL DA MINHA VIDA.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
A INTENÇÃO OCULTA POR TRÁS DA VISITA DO PAPA AO BRASIL
A visita do Papa Francisco ao Brasil, em especial no Rio de Janeiro, mostrou, novamente, nosso país para o mundo, abrindo discussões sobre os nossos problemas crônicos, tais como: falta de segurança, polícia corrupta, transportes públicos caóticos, saude pública falida, educação de péssima qualidade, falta de saneamento urbano, má distribuição de renda, corrupção enraizada nas esferas de governo e um povo que não acredita mais nos seus políticos.
Por onde o Papa passou na bela cidade do Rio de Janeiro, as Forças Armadas, as Polícias Militar e Civil, a Guarda Municipal, os funcionários públicos e e voluntários tentaram mascarar os problemas de uma cidade e de um país em cheque; a grande imprensa tratou apenas de mostrar muito mais o lado bonito da Jornada Mundial da Juventude; o aparato de segurança montado pelas autoridades brasileiras para proteger o papa contou até com atiradores de elites colocados nos altos dos prédios seguindo os percursos por onde ele passou; e as manifestações foram reprimidas de forma contundente. Claro que alguns protestos não coadunaram com o momento. Mas, como estamos numa democracia, eles foram permitidos desde que não entrassem no raio de ação do Papa. Foram protestos isolados, pequenos e de grupos que lutam pelos direitos das minorias. Eles estão errados? Também não. Momentos como esse são usados para dar visibilidade às suas reivindicações.
As autoridades brasileiras agiram de forma errada ao montarem toda a mega-estrutura para receber o Papa? Acredito que não, vendo o Papa como um chefe de estado e líder da Igreja Católica. Um atentado contra o Papa mancharia ainda mais a fraca imagem brasileira perante o mundo. Qualquer outro país faria da mesma forma e, talvez, em outro lugar do mundo, o Sumo Pontífice não se expusesse tanto quanto se expôs aqui. Mas, nascido e criado na Argentina, o Papa conhece bem a alma latina e seguiu, também, a sua intuição.
O que o Papa Francisco queria no Brasil ele conseguiu: colocou quase 4 milhões de pessoas durante dois dias para vê-lo celebrando, louvando a Deus e Nossa Senhora. Na celebração da missa nas areias de Copacabana ele viu consolidado o seu carisma, mostrou ao mundo a Força da igreja Católica e deu um recado sobre os novos rumos que os padres,os bispos, os arcebispos e os cardeais devem seguir a partir de agora para que o catolicismo não perca mais espaço para o protestantismo. Uma frase interessante dele: "jovem que não protesta não é jovem". O que ele quis dizer com isso? Que a a igreja, sob o seu comando, vai apoiar os protestos dos jovens, que o mundo mudou e que o catolicismo, mais uma vez, tem que se adaptar aos novos tempos.
A Igreja Católica parece que entendeu o recado das ruas, o grito das massas e os novos anseios da humanidade. Para não perecer, ela vai se adaptar, procurar caminhos para que os jovens participem mais e melhor das suas fileiras. O Papa sabe que a nova ordem mundial será pautada pela imensa gama de sentimentos e conhecimentos que a juventude tem demonstrado. O que Francisco viu e viveu no Brasil será a sua marca registrada para qualquer outro evento do qual ele venha a participar. outra coisa que precisamos entender é que a maioria dos atos do Papa Francisco nas ruas, foi cuidadosamente pensado. Tanto é que em todos os momentos em que ele se aproximava do povo, alguém ao seu lado lhe indicava o caminho a seguir. Longe, contudo, de dizer que ele estava sendo manipulado por alguém. Claro que ele concordou e entendeu a necessidade de se aproximar do povo.
A única dúvida de tudo, do recado das ruas, das emoções de uma semana em que milhões de pessoas procuraram rever suas vidas, não só na cidade do Rio de Janeiro ou Aparecida do Norte, mas no mundo inteiro, é se as autoridades brasileiras entenderam o que está acontecendo no planeta: A REVOLUÇÃO DOS COSTUMES E O GRITO DAS MASSAS ATRAVÉS DAS REDES SOCIAIS. SERÁ QUE OS POLÍTICOS BRASILEIROS ENTENDERAM O RECADO DAS RUAS?
Texto de autoria de Pedro Paulo de Oliveira
Imagens: Gazeta de Vitória
segunda-feira, 29 de julho de 2013
FAZENDA DAS BICAS - VALE A PENA PASSAR UMA TEMPORADA E SENTIR A EMOÇÃO DE REVER A HISTÓRIA, UM LUGAR ONDE O TEMPO PAROU.
A FAZENDA DA BICAS fica no Município de Andrelândia e pertence a Suely Junqueira de Carvalho, filha de José Bonifácio que, por sua vez é filho de Raul de Andrade Carvalho, que foi casado com Dona Carlina, ambos que, em vida, foi considerado o casal casado mais velho do Brasil, indo parar no Livro dos Recordes (Guines books).
A história da Fazenda das Bicas, no entanto, remonta ao início do século XIX, quando João Gualberto de Carvalho, futuro 1º Barão de Cajuru, saído de Aiuruoca, se instalou na região do Arraial do Turvo, hoje cidade de Andrelândia. Além de construir uma vetusta propriedade no Arraial, o futuro barão se tornou um dos homens mais poderosos do Brasil e foi na Fazenda das Bicas que ele iniciou o seu poderio que, depois, se estendeu para a Província do Rio de Janeiro, no Município de Barra Mansa,especificamente em São Joaquim.
Depois da morte do Barão de Cajuru, a Fazenda, bem como a Casa das Bicas, já na cidade do Turvo, foi comprada, no início do século XX, por José Justino de Azevedo; mais tarde, após o casamento de Raul de Andrade Carvalho com Dona Carlina, a fazenda passou às suas mãos. Com a sua morte, a fazenda ficou para o seu filho José Bonifácio e foi adquirida por sua filha Suely há pouco tempo.
Suely resolveu transformar a Fazenda numa pousada, onde os andrelandenses pudessem rever a sua história e os turistas conseguissem entrar em contato com a história de Minas Gerais e do Brasil. Para isso, mandou restaurar toda a propriedade, respeitando as suas características coloniais. Desse modo, quando o visitante entra na casa, sente-se envolvido pelo passado, pelo orgulho de um tempo e pelas presenças dos Barões, Coronéis e Capitães.
A paisagem no entorno da Fazenda é deslumbrante, mesmo agora no inverno, com dias de céu muito límpido, manhãs com a paisagem coberta pela serração que vai lentamente se abrindo e mostrando as serras, os capões, os riachos e as cachoeiras.
O visitante, se preferir, poderá optar pelos passeios a pé ou a cavalo, seguindo as trilhas dos tropeiros e os restos de construções dos escravos. Pela manhã, o despertador é a algazarra dos pássaros e o café é surpreendente, numa mesa tosca, formado por quitutes bem mineiros.
Outro atrativo para o turista e hóspede,é o preço da diária muito abaixo do de outras pousadas espalhadas pela região. Sem contar, ainda, que os hóspedes poderão passear por Andrelândia, um lugar extremamente tranquilo, considerado uma das cidades mais seguras do Brasil, com uma rede de lanchonetes e restaurantes excelentes, ruas e praças belíssimas e casarões seculares completamente preservados.
Quem quiser se hospedar na Fazenda das Bicas deve entrar em contato com a Suely pelo Telefone (35) 3346-1234
Testo de Autoria de Pedro Paulo de Oliveira
FOTOS DA PÁGINA "FAZENDA DAS BICAS" NO FACEBOOK
domingo, 28 de julho de 2013
A DITADURA DO MINISTRO JOAQUIM BARBOSA
Dizem muitas coisas da Justiça: A justiça é cega; a justiça é implacável; a justiça tarda, mas não falha; e tantas outras classificações para promover as ações judiciais. Nós crescemos acreditando que a justiça prevalece sobre o mal. No entanto, não é bem assim. Os maus costumam se sobrepor aos bons em quase tudo neste mundo de homens e mulheres.
O Brasil é um país onde a injustiça impera por excelência. Impera na má distribuição de renda, no analfabetismo, na falta de saneamento básico, na falta de segurança pública, nos transportes públicos de péssima qualidade e na corrupção que desvia o dinheiro dos impostos para os bolsos dos políticos. a injustiça se faz porquê no final das contas, quando a imprensa denuncia, poucos ou quase ninguém vai para a cadeia. Porém, se um pobre miserável, por quaisquer razão, transgride a lei, sofre o peso da "justiça".
No Brasil,falando em justiça, a liberdade, inclusive é relativa. os cidadãos são livres até um certo ponto. O Trabalhador não é livre a partir do momento em que se subjuga a uma situação social caótica. Trabalha 8 horas por dia e 44 horas semanais. Mas, mora nas periferias e gasta em média duas horas para chegar ao trabalho e mais duas horas para voltar para casa. Quando chega a aposentar está todo arrebentado pelos excessos de uma vida desregrada.
Bem... Mas nosso assunto aqui, hoje, é sobre o Ministro do Supremo Tribunal Federal - STF, Joaquim Barbosa, até há poucos dias decantado como o paladino da justiça, homem incólume e a prova de que o Brasil já estava amadurecido para as graves questões raciais, já que o Ministro é de cor negra. Está sendo veiculado hoje uma entrevista de Joaquim Barbosa concedida a Miriam Leitão. Foi um vexame a entrevista. Dava para se ver uma repórter acuada por um Ministro autoritário, intransigente e prepotente. O ministro simplesmente não respondeu por completo às questões da contratação do seu filho pela Rede Globo; não explicou a compra de um imóvel por ele nos Estados Unidos, com intermediação de uma empresa onde ele é diretor, o que é proibido, no caso dele; ameaçou os blogueiros que o criticam, chamando-os de "mídia subterrânea" e que irá desmascarar "esses bandidos". Ora, o Ministro simplesmente ultrapassou as raias da razoabilidade ao tipificar-nos de bandidos. a palavra bandido é muito forte e deve ser usada por um ministro da justiça quando ele tiver provas concretas de atos de bandidagem por parte de quem ele acusa.
Quem não quer ser visto e criticado, não deve aceitar cargos públicos. O Cargo que o Ministro Joaquim Barbosa ocupa é público e pago com o dinheiro do povo. Assim, ele tem a obrigação de dar esclarecimentos sobre os seus atos para a nação brasileira, bem como moderar suas palavras, evitando ameaças indevidas.
Texto de Autoria de Pedro Paulo de Oliveira
Fotos: oglobo.globo.com
sexta-feira, 26 de julho de 2013
terça-feira, 23 de julho de 2013
VIAGEM DE BOM JARDIM DE MINAS ATÉ VOLTA REDONDA = UMA VERGONHA PARA O GOVERNO DE MINAS – A HISTÓRIA DE UMA REGIÃO, A REALIDADE DE HOJE.
Ao deixar a cidade de Bom Jardim de Minas, no Estado de Minas Gerais, Zona da Mata, com o intuito de se chegar a Santa Rita de Jacutinga (MG), Santa Izabel (RJ), Amparo (RJ) ou Volta Redonda (RJ), o viajante depara-se com uma das mais belas paisagens da Serra da Mantiqueira: são montanhas e mais montanhas cobertas por exuberantes matas, cortadas por belíssimas cachoeiras, fazendas coloniais conservadas e cidades pequenas, bucólicas e habitadas por gente hospitaleira.
Essas cidades serviram de ligação entre as províncias de Minas Gerais e do Rio de Janeiro nos tempos do Império e primeira República. Nelas viveram os barões do café e do gado. Elas funcionavam, também, como pontos de encontro entre tropeiros que subiam e desciam a serras levando as mercadorias mineiras para trocá-las pelas cariocas. Essa parte de Minas Gerais era conhecida como Região do Rio Grande e grandes levas de bovinos, suínos e equinos saiam dela indo parar na Província do Rio de Janeiro, próximo a Barra Mansa, tendo o Arraial de São Joaquim, como ponto de encontros dos Barões do Gado e do Café. O café passava pela divisa entre as duas províncias, entre Santa Rita de Jacutinga, Rio Preto e Valença.
Passa Vinte era outro entroncamento numa das vertentes da Serra da Mantiqueira, bem na divisa com a Província do Rio de Janeiro e chamava-se Povoado do Cedro pela grande quantidade dessa madeira nativa nos seus entornos, o que levava muitos negociantes para lá.
A história dessa região está, ainda, intimamente ligada à própria história do Brasil. Tudo começava no Arraial do Turvo - depois cidade do Turvo - passava por Bom Jardim, seguia para Santa Rita de Jacutinga, avançava até Santa Isabel e Amparo e desembocava, finalmente, em Barra Mansa, mais especificamente no Arraial de São Joaquim.
As marcas desse tempo de orgulho e prosperidade ainda estão impregnadas nos casarões, sobrados, igrejas, praças e jardins dessas cidades. Estão, também, perpetradas nas fazendas que resistem de pé, como que querendo mostrar para os desavisados que vida passa e a obra permanece teimosa, até ser demolida para que a história seja esquecida.
A decadência dessa região se deu com o declínio da elite aristocrática brasileira. A República, sob o poder da espada, das carabinas e dos canhões de Floriano Peixoto, enfraqueceu o poder dos Coronéis, dos capitães, dos Barões, dos Condes e Viscondes. O Estado Novo de Getúlio Vargas, posteriormente, tratou de aniquilar o que restou desse tempo de glória e orgulho. Getúlio foi implacável com o poder que exercia a elite dos grandes proprietários de terra. Ele, além de montar uma ditadura de mais de 15 anos, tratou de criar novos líderes que anulassem o que restava dos detentores de títulos dados pelo antigo império e mantidos pela primeira república.
No entanto, como já foi dito, as marcas desse tempo continuam indeléveis pela região. São lugares que nos cativam pela beleza, pela harmonia das pequenas cidades e pelo seu povo, mistura de orgulho pelo passado e simplicidade na aceitação de uma nova condição social, onde os netos e bisnetos daqueles homens poderosos são hoje apenas coadjuvantes de uma nova realidade social.
O que poderia ser motivo de geração de renda para essas cidades foi, por muitos anos, relegado ao desprezo pelo Governo de Minas. A MG 457 pavimentada ficou no sonho desde 1950 quando se falou pela primeira vez em asfaltá-la como forma de integração entre os Estados de Minas e Rio de Janeiro. Somente agora, há pouco mais de cinco anos, esse sonho foi realizado e de forma precária. A estrada foi pavimentada com asfalto, sem uma base sólida, sem acostamento, não foi feito um trabalho de contenção das encostas para se evitar deslizamentos de terra, o asfalto, segundo especialistas da área, é de péssima qualidade e a camada usada é muito fina. Entre os km 10 e 13 os problemas começam. Trechos inteiros sem asfalto, estreitos e perigosos surgem inesperadamente, deixando a estrada quase intransitável nos tempos das águas. Quando se chega a Santa Rita de Jacutinga parece que o tempo dá uma volta de mais de meio século. Os motoristas são obrigados a atravessar a cidade em meio a ruas sem pavimentação, esburacadas, com esgotos e enxurradas atravessando-as, o que enfeia a cidade com tantos atrativos históricos. O pior de tudo está no longo trecho de estrada de terra depois da saída de Santa Rita até a divisa com o estado do Rio de Janeiro. Atualmente, o governo de Minas decidiu pavimenta-lo. No entanto, as obras se arrastam e a temporada das águas logo virá tornando o lugar intransitável.
Ao passar pela divisa dos estados, os motoristas se deparam com outra realidade do lado do Rio de Janeiro. A rodovia, apesar de muito sinuosa, tem terceira faixa nos trechos íngremes, é ladeada por acostamento e, em todo o seu percurso, não tem nenhum buraco e esfolamento da pista que possa danificar os veículos. O asfalto, segundo entendidos, é de ótima qualidade, colocado sob uma base sólida e em quantidade suficiente para suportar carga pesada. Qual a explicação que o Governo de Minas tem para essa diferença de realidade? Seria, inclusive, interessante que os Promotores de Justiça das Comarcas de Aiuruoca, Andrelândia e Rio Preto investigassem e exigissem providências, tal como já foi feito contra o governo federal quando a BR 267 estava em estado de calamidade pública.
Outro trecho de aproximadamente 15 km da MG 457 está com as suas obras se arrastando desde 2011. É o entroncamento da MG que vai até a cidade de Passa Vinte. As obras, com investimentos previstos na ordem R$ 23 milhões (valores referentes a dezembro/2010) – fazem parte do Proacesso (Programa de Melhoria da Acessibilidade de Municípios de Pequeno Porte), do programa Caminhos de Minas, e também, estão incluídas no PPAG (Plano Plurianual da Ação Governamental). Em 2012, durante o período das águas, ficou quase impossível ir de carro até Passa Vinte.
Texto de Pedro Paulo de Oliveira.
Imagens de pesquisa no Google.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
AGROTORA REFLORESTAMENTOS, PECUÁRIA E CAFÉ, UMA HISTÓRIA DE RESPEITO AO MEIO AMBIENTE, UM TRABALHO PELA VIDA.
CONSTRUIR UM SONHO DEMANDA TRABALHO E AMOR
Entrada da Fazenda Agrotora em Andrelândia, MG
Mensurar o trabalho pela vida seria como tentar buscar nas estrelas a razão da própria vida. O que já não é mais impossível. Mensurar um sonho, talvez seja até mais fácil. Assim, falar da Empresa Agrotora em Andrelândia, no Estado de Minas Gerais, é destacar o sonho, o trabalho e a tenacidade de um homem em instalar-se numa região quase sempre relegada a planos inferiores quando a palavra é investimento, sejam em nível de governo ou de empresariado nacional. Essa tenacidade fez com que um jovem empresário sonhasse em plantar (e talvez seja essa a palavra correta: "plantar" um sonho) no Município de Andrelândia uma empresa diferente, voltada para a produção agrícola e para a pecuária, mas com respeito ao meio ambiente e ao ser humano. Assim, ele fez com a mesma tenacidade de seus antepassados.
Mas, onde está realmente a importância da Agrotora Reflorestamentos, Pecuária e Café para Andrelândia e região? Primeiro, precisamos compreender que ela nasceu do sonho de um jovem empresário chamando Rubens Ermírio de Moraes. Segundo, porque ela foi concebida na cidade de Andrelândia, nela cresceu e se consolidou. Terceiro, é pelo compromisso e pela identidade que tem no trato com as questões ambientais e quarto, traz a experiência de um trabalho social e humanitário feito em instituições como o Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, do qual Rubens Ermírio de Moraes é Presidente da Diretoria administrativa, cargo - segundo ele informou - sem remuneração.
A Empresa Agrotora é uma fazenda modelo, voltada para o agronegócio, com a sua sede localizada no km 19 da Estrada que liga Andrelândia aos povoados Caconde/Residência, onde funciona a sua parte administrativa e técnica. As construções da Fazenda – todas novas e em harmonia com a paisagem local – estão dotadas de modernos equipamentos de informática e pessoal especializado. Vista, assim, em primeiro plano, é um lugar bucólico e cheio de cores. Foi na sua sede que o Dr. Rubens nos recebeu e nos falou dos seus sonhos, do seu trabalho, um pouco da sua vida, da sua empresa e da sua família. Algo que nos chamou a atenção foi a sua simplicidade. Mostrou-nos cada detalhe da empresa - concebida por ele - e nos falou dos investimentos já feitos e dos investimentos futuros. Levou-nos, pessoalmente, para conhecer o Galpão com o terreiro de beneficiamento de café, uma estrutura com mais de 10.000m², dentro dos mais altos padrões de modernidade.
Noutra parte da conversa que tivemos, Dr. Rubens nos falou da sua preocupação com o Brasil (sentimento herdado, talvez, do seu pai). Afirmou que o nosso país atravessa um momento delicado da sua história, tanto na politica, quanto na economia. Mas, acima de tudo, ele nos passou a crença de que o Brasil vai superar este momento difícil. Na sua concepção o Brasil sofre de identidade e faltam homens sérios em locais importantes da política nacional. No entanto, ele acha que muita coisa melhorou nos últimos anos no campo político. Mas a questão de segurança, saúde e educação continuam como um grande desafio para os governantes. Para o Dr. Rubens Ermírio de Moraes a família é a base da sociedade e uma sociedade só pode ser justa baseada em princípios familiares. “quem tem uma família sólida, não se perderá na vida.” Nos afirmou ele sorrindo.
No vídeo que faz parte desta matéria, pode-se ter uma ideia clara do que significa o Empreendimento Agrotora Reflorestamentos, Pecuária e Café. As imagens nos mostram cada detalhe da área, que hoje totalizam 8.000 hectares, sendo 4.000 hectares plantados com eucaliptos modificados geneticamente e de forma pioneira, uma imensa área já produzindo café. Sem contar, somando-se, a esses investimentos, mais de 50.000 árvores nativas foram plantadas.
Durante o nosso encontro na Fazenda com o Dr. Rubens, esteve sempre presente, também, o Engenheiro Florestal André – conhecimento carinhosamente como André da Agrotora. André foi, também, Vice-Prefeito de Andrelândia no período de 2005/2008. André nos informou que o quadro efetivo da Agrotora é de 50 funcionários. No entanto, foram contratados mais 30 empregados em maio para a colheita de café e outros 30 serão contratados em junho por um prazo de 03 meses, perfazendo, no período aproximadamente 110 funcionários.
Todo ano, conforme apuramos, a Agrotora investe algo em torno de R$3.000.000,00 em plantio de eucaliptos, além do plantio e da manutenção do Café. São 4.000 hectares de eucaliptos já plantados e 350 hectares de café irrigado já produzindo grãos. A cultura de café já está com sua área consolidada, exigindo, apenas, manutenção, controle de doenças, colheita e beneficiamento.
PLANTAÇÃO DE CAFÉ AGROTORA EM FLORADA.
O CLIMA DA REGIÃO E OS INVESTIMENTOS EM QUALIDADE E EXCELÊNCIA FAVORECEM A PRODUÇÃO DE GRÃOS DE ALTA QUALIDADE, AGREGANDO VALOR AO PRODUTO E RECONHECIMENTO DO MERCADO AO CAFÉ AGROTORA.
PÉS DE CAFÉ COM GRÃOS AMADURECIDOS
GRÃOS JÁ AMADURECIDOS , PRONTOS PARA A COLHEITA E OS CACHOS HOMOGÊNICOS REFLETEM O CUIDADO QUE CADA PÉ DE CAFÉ RECEBEU DURANTE O SEU DESENVOLVIMENTO
Utz
Foco – Segurança Alimentar e Rastreabilidade
Desde 2009.
BSCA - Julho 2012
Foco - Qualidade
VISTAS DO GALPÃO E DO TERREIRO DE BENEFICIAMENTO DE CAFÉ.
O GALPÃO, DIVIDIDO EM TRÊS SETORES:
LAVAGEM DOS GRÃOS;
SELEÇÃO DOS GRÃOS;
SECAGEM DOS GRÃOS
O TERREIRO, TODO PAVIMENTADO, TEM A MESMA FUNÇÃO: SEPARAÇÃO E SECAGEM DOS DOS GRÃOS
Ao fim da entrevista, que consideramos mais um encontro, Dr. Rubens nos presenteou com o Livro: Antônio Ermírio de Moraes, Memórias de um diário confidencial, brilhantemente escrito por José Pastore e prefaciado por Fernando Henrique Cardoso. Li-o em cinco dias. Ao receber o livro, pensamos que a sua leitura seria algo maçante, falando da vida de um empresário bem sucedido. Enganamo-nos. O livro é instigante e nos ensina muito sobre a vida, a luta diária de um homem contra o seu tempo e a certeza de que vale a pena lutar por um sonho até o final da vida.
Na série de matérias que serão publicadas em sequência a esta, falaremos das parcerias, dos projetos sociais e dos trabalhos de defesa do Meio Ambiente promovidos pela AGROTORA REFLORESTAMENTOS, PECUÁRIA E CAFÉ LTDA – UMA HISTÓRIA DE RESPEITO AO MEIO AMBIENTE, UM TRABALHO PELA VIDA.
Visitem, também, o site da Agrotora: www.agrotora.com.br
sábado, 13 de julho de 2013
FESTIVAL DE FÉRIAS.- O AMOR ÀS LETRAS E A RENÚNCIA DO POVO – ESCRITORES ANDRELANDENSES
O Festival de Férias de Andrelândia começa oficialmente no dia 14 julho, “tentando” resgatar a forma como ele era feito por Paulo Vitor da Cunha Alexandre e Jacqueline Junqueira. Pessoalmente, acho essa uma tarefa impossível, pois não estarão presentes os espíritos e a coragem de Paulo Vitor e Jacqueline em cada uma das atividades.
Não há o que criticar na vontade de se fazer, novamente, em Andrelândia, um Festival Cultural e esportivo. No entanto, os dois idealizadores do Festival de Férias deveriam ser homenageados com os seus nomes inseridos no cartaz, até como forma de se provar que a frase “Os bons tempos estão de volta” tem sentido, valor de conotação e busca resgatar, minimamente, as raízes de um verdadeiro festival cultural.
Lembremos, por exemplo, um pouco das atividades dos “bons tempos”: varal de poesias com oficinas onde os autores declamavam seus poemas; gincanas culturais valorizando a história de Andrelândia e os seus personagens, e arrecadando toneladas de alimentos para a população carente; apresentação de orquestras renomadas; grupos de danças; peças teatrais; shows de artistas consagrados (Jessé, 14 Bis, Sérgio Reis, etc...); e barracas de comidas verdadeiramente típicas valorizando nossos antepassados e imigrantes.
O perigo maior de se tentar resgatar uma festa, tal como era conduzida e com competência pela dupla de jovens Paulo Vitor e Jacqueline, é não conseguir passar ao povo de Andrelândia e aos visitantes o verdadeiro espírito de um festival cultural. Espero, sinceramente, que os seus idealizadores consigam sucesso pelo respeito que tenho pelos criadores do festival e eles sabem disso, pois sempre participei ativamente de quase todas as atividades com eles, fossem elas literárias ou cênicas.
Integrando as atividades culturais do Festival de Férias, no dia 16 de julho, às 8 horas da noite, na Praça da Matriz, o poeta Júlio César Meirelles de Andrade fará o lançamento do seu mais novo livro de poesias intitulado “As Sombras do Casario”. Pessoalmente gosto do estilo de compor poemas de Júlio César. Nas estrofes das suas poesias que pude ler, ele resgata o passado, reminiscências da sua infância no sobrado que foi do seu avô Dr. Edson Meirelles e hoje pertencente à Fundação Guairá. Acho-o profundo na medida em que expõe, sem medo, a sua alma. Não li, ainda, seu novo livro, mas acredito que ele trará boas surpresas aos leitores. Como disse Assírius: “Não seria o poeta um ilusionista do pensamento? Diz falar de sonhos, mas na verdade fala de seus segredos!?
No dia 17 de julho, às 7 horas da noite, também na Praça da Matriz, o escritor e professor Paulo César de Almeida fará o lançamento do seu livro “Contos Escolhidos”. Conheço bem o estilo e Paulo César, já li todos os seus livros, desde o primeiro feito em forma de crônicas e artigos. Sempre o vi como um literato, poeta da alma, corajoso ao expor suas dores, frustrações, desejos e alegrias (poucas alegrias expressas nas suas estrofes). Seu penúltimo livro “Palavras de Fogo” assustou-me. Ele é um desabafo contundente de alguém que vê o mundo, algumas pessoas e a vida com desilusão. No entanto, essa é a forma que diferencia o escritor do apenas leitor: a coragem de expor a sua alma para o mundo. Agora, ele se enveredou pelo mundo dos contos. Será uma experiência nova para ele e mais um ato, talvez, de coragem. Vale a pena conferir.
No título desta matéria coloquei o amor às letras e a renúncia do povo. O que eu quis dizer com isso? É, na verdade, um lamento com relação ao interesse grande maioria das pessoas pela cultura e pelas artes em nossa cidade e região. Estive observando quantos compartilhamentos e quantas curtidas tiveram as chamadas para o lançamento dos livros no Facebook. Quase nenhuma. O que mostra que o nosso povo está quase que completamente alheio a esse tipo de atividade, preferindo lotar as arenas para assistir shows promovidos pela mídia e de qualidade duvidosas. Contudo, esses shows ou mesmo os folhetins (novelas)estão na moda, promovem um linguajar esdrúxulo e não contribuem em nada para o desenvolvimento do povo. Desta forma, escritores como Júlio César Meirelles e Paulo César de Almeida são abnegados amantes das letras, tal como o foi nosso primeiro cronista Dr. Ernesto Braga com a sua obra “Descrições do Município do Turvo”, a qual tive acesso, pessoalmente, para pesquisa histórica na Biblioteca nacional, no Rio de Janeiro.
Fica a dica: Vamos ver os lançamentos dos livros dos dois escritores andrelandenses, prestigiar a bravura de cada um deles, até porque, como eu já disse: “escrever é um ato de coragem, a capacidade de transformar a palavra em obra que se toca e se vê, tal como o escultor que vai pacientemente moldando a sua arte no seu desejo infinito de imortalidade.”
Texto de Pedro Paulo de Oliveira.
Direitos Autorais
Imagens de Júlio César Meirelles e Paulo César de Almeida.
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