NÃO ME APEGO AOS BENS MATERIAIS, POIS NÃO PODEREI LEVÁ-LOS PARA ONDE EU FOR NO FINAL DA MINHA VIDA.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
VERDADES DA ALMA
Prefiro os amores fugidios,
aos amores doentios;
prefiro a solidão,
aos amigos que traem;
prefiro a morte,
a ser um egoísta em vida.
O homem, na sua ânsia, termina desterrado no seu próprio eu quando descobre a sua inoperância em prosseguir na ambição contínua e pungente.
O que leva, então,os seres humanos, enquanto dotados de energia, a não valorizar o bem comum e desprezar seus semelhantes em detrimento do seu bem estar? A ganância, a maldade e o orgulho são concebidos no útero materno; o desprezo, vem depois, numa linha que pode ser ascendente ou linear, dependendo da condição social e física de cada um. A condição social equivale aos bens acumulados, herdados ou não; a condição física equivale ao aspecto de cada um, onde se destacam os mais belos. Nesses dos pontos residem o desprezo ao outro que não ascendeu ao poder, onde os bens acumulados representarão a tamanho do status e abrirão as portas dos palácios.
No entanto, como não existe o perene, o infinito, mesmo para um universo que se mostra tão grande perante a pequenez molecular dos seres vivos, chega o instante em que os seres humanos se depararão com o limite, qual seja: a morte avizinhando-se sorrateira. Esse limite é a condução das vidas para um lugar comum, para a poeira cósmica.
Não é, também, o nosso planeta uma partícula suspensa no espaço sideral, com um tempo de existência determinado? O nosso sol, energia que mantém viva a chama existencial, como tantos outros sois, não perecerá também, um dia? Que sejam milhões ou bilhões de anos. Mas, o que é o tempo para a terra ou o sol senão uma conta inventada pelos seres humanos? Ora, assim o tempo do universo, que nos parece tão longo, de longo nada tem, pois nada é eterno. Apenas existe a mutação do todo(da qual os seres humanos são parte).
Então, eu, ser humano, ente latente e em transformação, prefiro compreender e viver a vida como uma obra prima de um artista que se perdeu no universo, mas que, por um instante, desenhou e criou o planeta terra.
Texto de Pedro Paulo de Oliveira.
Imagem: Cássia Oliveira.
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