quinta-feira, 5 de julho de 2012

ELEIÇÕES DE 2012 - VONTADE DO POVO = DEMOCRACIA.

Credita-se a Rui Barbosa uma famosa frase que ele possa ter pronunciado quando o criticaram a caminho do Congresso de Haia, por ele ser pequeno e parecer meio desengonçado diante das figuras imponentes dos europeus que para lá também convergiam. Ele fez a famosa citação: "É nos menores frascos que estão guardadas as melhores essências". Se não é dele a citação, não importa. O que nos importa é o sentido contido na frase. O que ela nos passa é que não importa o tamanho da pessoa, sua cultura, sua origem, sua beleza, suas posses. O que importa nas pessoas é o que ela traz dentro de si: a sua bondade, a sua força interior, a sua capacidade de vencer os obstáculos, a sua dignidade, a sua lealdade e acima de tudo, o seu amor para com o próximo. Em sua obra, "Capitalismo, Socialismo e Democracia", o teórico Joseph Schumpeter esclareceu que as definições idealistas e utópicas de democracia possuíam muitas imprecisões. Estas impediam a identificação e a classificação corretas das formas de governo democráticas e não-democráticas. De acordo com Shumpeter, "o método democrático é o arranjo institucional para se chegar a decisões políticas em que os indivíduos adquirem o poder de decidir através de uma luta competitiva pelos votos do povo". Requisitos de um governo democrático: O direito de voto e as eleições periódicas para seleção de representantes políticos não são os únicos requisitos de um governo democrático. Se assim fosse, os governos da ex-União Soviética e dos Estados Unidos deveriam ser considerados igualmente democráticos. Governo democrático é aquele que inserido no respeito aos princípios de uma agremiação que escolheu um representante e esse passou pelo pelo crivo do voto do povo e governa segundo os princípios da ética do grupo e do povo que o escolheu. As citações acima foram feitas para que o possamos pensar e repensar o momento político em nossa cidade, ou mesmo em qualquer outra urbe, já que podemos ser lidos em qualquer parte do mundo através do Google.

A PREFEITURA DE ANDRELÂNDIA ESTÁ EM DISPUTA.

Boa tarde a todos. Publico, na íntegra, o texto do Advogado, Dr. Guilherme alves, ao quem credito o maior respeito, para que os leitores prórpios tenham conhecimento e e usem como subsídio eleitoral. Esclareço que no texto ele exprime suas opiniões pessoais. Guilherme Alves: Prezado, de início parabenizo o blog, mas temos que comentar, sobretudo, quanto ao post de 03 de julho, onde V. Sa. aduziu que a surpresa do dia fora a união de partidos diametralmente opostos. Guilherme Alves: No meu ponto de vista, e a minha surpresa maior foi um grupo fechado formar nesta urbe o PV, deixando de lado o 45 (PSDB), tradicionalmente dos caranguejos para migrarem para o PV. Se não estivessem satisfeitos com o atual prefeito, por que não disputar uma convenção interna no PSDB? E mais, convidar o atual prefeito a apoiar uma candidatura que no meu ponto de vista foi imposta e deixar os seus eleitores "a ver navios" não era a melhor opção. Concordo que os eleitores da cidade não podem acreditar em mentiras, principalmente mentiras lançadas em épocas eleitoreiras, onde arrumam cargos para tais pessoas, onde irá implantar o SUS em tal ou qual lugar. Não, os eleitores não podem ser enganados. Acho também que se tem que escolher o mandatário municipal pela sua história, pelos cargos que já exerceu, inclusive cargos dentro da política. Não vou querer pessoas despreparadas, que nunca exerceram nada e querem chegar ao topo de uma só vez. Isso o eleitor tem que saber. O eleitor precisa saber, também, o motivo deste cenário atual em nossa querida Andrelândia. Por fim, o eleitor precisa ter a cabeça ventilada para as mudanças, onde precisamos incutir na mente e nos corações de todos, não o rancor por ter tal ou qual como companheiro, mas darmos um passo à frente na história política de Andrelândia, acabando com rixas que só causaram mortes, desavenças e atrasos ao longo dos séculos.

domingo, 20 de maio de 2012

CARTA DO FÓRUM DAS ÁGUAS DE CAXAMBU


O que diferencia o ser humano dos demais animais não é a sua capacidade de destruir o meio ambiente à sua volta, fazer guerras, ser cruel, ambicioso, miserável, digno, ou dotado de amor. O que diferencia o ser humano de qualquer outro ser vivo é a sua capacidade de buscar formas que satisfaçam a sua curiosidade e de encontrar elementos capazes de transformar o meio em que vive, seja para o bem, seja para o mal. Nesse contexto de evolução do ser humano, o modelo de urbanização, ainda baseado na Revolução Industrial, não mais sustenta a lógica da vida. Estamos espremidos em ambientes de imensos conglomerados de cimentos, ferros, alumínios, vidros, borrachas, lâmpadas e máquinas de todas as espécies. 

Já nos foi dito que nas metrópoles, grandes e médias cidades e, até mesmo, em algumas pequenas cidades, o ser humano é denominado “animal urbano”. Será esse um termo correto para designar um ser que necessita intrinsecamente dos meios naturais para sobreviver? Será justo manter o ser humano aprisionado e entorpecido, desconhecendo seu próprio eu? No meio dos conglomerados urbanos o ser humano se insere às máquinas que ele próprio criou e, desesperado, procura espaços para desaguar suas emoções e instintos. Esses espaços nada mais são do que outras criações da “Revolução Industrial”, ou seja, os grandes shows assistidos por milhares, quando não, milhões de pessoas, marcados por produções fabulosas da tecnologia; clubes fechados e abertos, dependendo do poder econômico dos frequentadores; espaços de convivência nos shoppings (área de alimentação, salas de cinema, pequenos parques de diversões para crianças); e, por fim, as praias e praças superlotadas onde os grupos se fecham e desconhecem seus semelhantes, bem ao lado.

Se revisarmos a história, veremos que este atual modelo de urbanização sempre colocou o ser humano numa disputa inglória. Não podemos afirmar que o espaço urbano de hoje é melhor ou pior que o do início da “Revolução Industrial” ou lá dos tempos do Império Romano, ou mesmo da Grécia Antiga. A sociedade sempre foi dividida em camadas sociais: ricos, médios, pobres e miseráveis. Os meios usados para se chegar a ser rico nem sempre foram os mais bonitos, saudáveis ou justos. Desde os tempos do início da civilização, seres humanos enganam, matam e escravizam em nome do poder. Não há nada de novo nessa divisão urbana onde no Brasil o exemplo mais cruel é o das favelas. Logo depois da proclamação da Lei Áurea, as famílias de negros que deixaram as grandes fazendas, foram segregadas nas periferias das cidades. Essa segregação, nas grandes metrópoles, geraram as favelas, numa mistura de mestiços de índios e negros, na sua maioria filhos bastardos dos funcionários públicos, senhores de engenho, senhores do café e senhores do leite e da carne de boi. 

Muitos seres humanos, ao longo do tempo, sempre sonharam com um mundo mais justo, onde não houvesse fome e todos fossem tratados igualmente na busca das necessidades comuns à sua sobrevivência. Primeiro, foram as religiões, que nasceram do medo da morte e da necessidade de se adorar um ser superior, imortal. As religiões não resolveram e nunca vão resolver os problemas sociais da humanidade. Em nome de Deus muita atrocidade foi cometida e ainda continua a ser perpetrada pelo mundo. Depois, veio a filosofia pregando a igualdade, paraísos e criando regras (Platão, Aristóteles, Sófocles...). Já no Séc. XVIII deparamos-nos com a Revolução Francesa, que foi outro engodo. Ela matou seus próprios idealizadores (Danton e Robespierre). Logo a seguir, veio a Revolução Industrial, trazendo, com ressalvas, evolução para a humanidade. 

No Séc. XX uma luz surgiu através de um tratado poderoso que marcou gerações e prometia mudar o mundo pregando uma sociedade sem classes, baseada nas ideias de Karl Max. Numa mistura de conceitos comunistas, e variando para socialistas, ditaduras cruéis foram implantadas pelo mundo em nome de uma sociedade mais justa, prometendo acabar com as desigualdades sociais. Tudo, também não passou engodo e provou, mais uma vez que estava em jogo a ânsia do ser humano de ter poder, governar, mandar, ser superior. Os regimes comunistas/socialistas sucumbiram todos com os seus sonhos e os seus líderes entraram para a história como governantes cruéis. Paralelamente às ditaduras, governos déspotas e regimes socialistas/comunistas, os Estados Unidos da América, a Inglaterra, a França, a Alemanha, a Itália, a Espanha e o Japão se impuseram defendendo o capitalismo, baseado no modelo de Democracia. Esse modelo perdurou, ao longo do tempo, foi se adaptando a mini modelos (social democracia, neoliberalismo, socialismo liberal, etc.). Houve uma interrupção nesse processo pelas distorções causadas pelo Nazismo. Contudo, esse modelo, ainda vigente, pregado pelos Estados Unidos e pelo bloco da Europa, também se mostrou cruel, pois não minimizou as misérias humanas, as disputas bárbaras pelo poder e as desigualdades sociais. O que mais preocupa, no entanto, com relação ao futuro da humanidade, diante do atual modelo econômico, ainda sob a liderança dos Estados Unidos e do Bloco Europeu, é o fato desses países ditos desenvolvidos estarem em situação precária financeiramente e dependentes das economias dos países em desenvolvimento, incluindo o Brasil. Existe uma clara dependência, desses países, de recursos naturais que eles não mais possuem: petróleo, ferro, madeira, água doce em abundância e território. O outro fato preponderante com relação a esses países é que eles estão endividados por conta da emissão de excesso de papéis no mercado financeiro do mundo. 

A discussão do FÓRUM DAS ÁGUAS tem que ser focada, em especial, em cinco pontos: 1 - A MINIMIZAÇÃO DAS DESIGUALDADES ATRAVÉS DE AÇÕES SOCIAIS (RESPONSABILIDADE SOCIAL) DAS EMPRESAS E DO PODER PÚBLICO; 2 – A DEFESA DAS RESERVAS NATURAIS BRASILEIRAS, EM ESPECIAL DOS NOSSOS LENÇÓIS DE ÁGUA DOCE (O FÓRUM DEFENDERÁ AS ÁGUAS DO ALTO RIO GRANDE E OS LENÇÓIS SUBTERRÂNEOS DO CIRCUITO DAS ÁGUAS); 3 – A EDUCAÇÃO E A CULTURA COMO MEIOS DE SE SAIR DA MISÉRIA – PROPOSTAS CONCRETAS; 4 – A MULHER COMO MODELO DE UM NOVO PARADIGMA SOCIAL; 5 – E A REINVENÇÃO DO ESPAÇO URBANO NAS IDEIAS DE JORGE LUIZ BARBOSA. A CARTA DAS ÁGUAS não deverá ser um documento pré-determinado, mas um documento CONTUNDENTE a ser composto a partir das discussões do FÓRUM BRASILEIRO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE CAXAMBU. 

Pedro Paullo de Oliveira.

NAYRA E O CHAVELHO DE ESPINHOS NA FAIXA DE GAZA

" Esses pequeninos, cheios de sonhos, sonhos que embalam o mundo, distantes das       ambições e da crueldade dos homens e mulheres que...