segunda-feira, 28 de julho de 2014

SENTENÇA PROFERIDA NO FÓRUM DA CIDADE DE ANDRELÂNDIA, MG - PROTESTO VEEMENTE


A SENTENÇA EM QUESTÃO REFERE-SE AO PROCESSO  0036396-98.2013.8.13.0028

http://www4.tjmg.jus.br/juridico/sf/proc_resultado.jsp?comrCodigo=28&numero=1&listaProcessos=00363969820138130028&btn_pesquisar=Pesquisar

          Dentro dos meus parcos conhecimentos jurídicos - que advogado não sou - , mas que me obrigo a ter por imposição legal: , "ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece" - art. 3o da Lei de Introdução ao Código Civil -, e fazendo uso do meu direito de protestar e me expressar livremente, dentro do "estado de direito", - direito esse preconizado e assegurado no Art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil -,  exponho minha indignação contra a decisão da Juíza de Direito da Comarca de Andrelândia, Dra. Michele Camarinha, conforme irei expor a seguir, e tal como consta do referido processo:

No dia 07 de outubro de 2012, em frente à residência onde eu morava, por volta das 22h15min, na Rua Américo Monteiro, 314, Bairro São Dimas, na pequena cidade de Andrelândia, MG, eu e meus familiares escutamos o som da passeata em comemoração à vitória do candidato a prefeito Samuel pela coligação PMDB/PSDB. Como eu apoiei abertamente o candidato que foi derrotado - Ibraim, pela coligação PV/PTB/DEM-, fiquei muito visado e sabia que, ao passar em frente à minha residência, a passeata poderia desrespeitar-me. Liguei para a Polícia Militar várias vezes pedindo proteção e me foi dito que a passeata estava sendo precedida pelos policiais. Não foi o que vi quando a passeata se aproximou da minha casa e começaram a gritar palavras de baixo calão contra a minha pessoa. Percebi que a passeata estava parada em frente a minha casa e alguns indivíduos gritavam histericamente palavras de baixo calão. Decidi sair pela garagem e verifiquei que não havia nenhum policial. Verifiquei, também, que três indivíduos, sendo dois conhecidos Lincol Teixeira Carvalho e Daniel Aparecido da Silva, e um que não conheço, de nome Rivair, me insultavam. Pedi-lhes que respeitassem a minha casa e continuassem a caminhada de comemoração. Lincoln partiu para cima de mim e me acertou um soco no olho esquerdo, enquanto Daniel e Rivair me acertaram pelas costas. Nesse instante, Augusto, meu filho, saiu em meu socorro e conseguiu acertar Lincoln, que caiu, e os dois que o ajudavam se afastaram covardemente. A partir daí, alguns populares separaram a contenda e o Sr. Fábio, do Bar dos Cariocas, colocou o seu veículo na frente da multidão, como uma barreira de proteção.

A Policia Militar, enfim, chegou ao local da contenda e levou os contendores para efetuarem o auto de corpo de delito (fui, ainda, ameaçado pelo advogado de Lincoln, Dr. Leonardo, no Hospital e fiz BO contra ele). Depois, os policiais levaram-nos para a sede da 140ª CIA PM, onde lavraram o Boletim de Ocorrência, ouvindo as testemunhas, sendo Daniel Aparecido da Silva, Meresmar Rita Viana Gonçalves Estanislau e Rivair em favor de Lincoln. A meu favor e de Augusto, tendo em vista a situação peculiar de meus adversários políticos na passeata, apresentou-se o Dr. Jordan Altro, que também estava na passeata comemorando a vitória de Samuel. Dr. Jordan, eu e Augusto, confirmamos os fatos conforme aqui narrados. As testemunhas de Lincoln narraram que em momento algum ouve agressão verbal por parte deles ou de Lincoln, que apenas Lincoln foi agredido e não reagiu. Da mesma forma se pronunciou Lincoln, como vítima inconteste de uma injustiça e de uma covardia em frente à minha casa. 

No dia seguinte, na Delegacia de Policia Civil, os depoimentos foram confirmados. O Inquérito, foi, então, enviado para o Fórum da Comarca de Andrelândia. Aí, se iniciou os disparates. Fui intimado para a Audiência de Conciliação e, no meio da audiência, estranhamente, o Promotor de Justiça, Dr. Júlio César Teixeira Crivelare, me dispensou, afirmando não haver fatos para acusar-me. Tudo foi montado como uma peça acusatória sobre Lincoln e Augusto como agressão mútua. A Juíza não concordou com a minha saída e mandou a decisão para a Procuradoria decidir. Na peça de acusação, o Ministério Público demonstrou - a meu ver - clara tendência para condenar o Augusto com mais contundência, destacando que agravava-se contra ele o fato dele ser estudante de direito e aluno de artes marciais (ainda bem, pois ele - no meu entendimento - conseguiu proteger a sua casa e o seu genitor quando o Estado, que havia sido instado, não compareceu a tempo).

Posteriormente, no dia 11 de junho de 2014, e inesperadamente foi intimado para uma audiência de instrução e julgamento, noutro processo (o citado acima) onde constava Lincoln como réu e eu como vítima. No entanto, fui ouvido pela Juíza, apenas, como testemunha, não me dando o direito de contratar advogado. Senti-me sabatinado na frente da magistrada, como se lá estivesse a contar inverdades.

No dia 21 de julho de 2014, data em que comemorei 55 anos, a Juíza de Andrelândia Dra. Michele Camarinha proferiu sentença: 

... "Em audiência de Instrução e julgamento, ... foi apresentada defesa..., ouvida a vítima... e, ao final, interrogado o acusado...
                                        Passo a decidir.

Diz que a materialidade do delito de Lincoln restou provada, mas que na autoria não foram produzidas provas.

Alega a Meritíssima que o processo correu regularmente e foi ouvida as testemunhas (de Lincoln - claro!) Daniel Aparecido da Silva e Meresmar Rita Viana Gonçalves Estanislau.

A magistrada continua suas alegações, para preferir a sentença, dizendo que não houve nenhuma comprovação de que o acusado me agrediu.

ORA, AQUI VAMOS COLOCAR UMA OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: NÃO FOI CONSIDERADO E NEM OUVIDO PELA JUÍZA O DEPOIMENTO DO DR. JORDAN ALTRO, QUE PRESENCIOU OS FATOS E OS NARROU A MEU FAVOR E DE AUGUSTO. FORAM OUVIDAS, APENAS, AS TESTEMUNHAS DE LINCOLN. NO MEU PARCO ENTENDIMENTO JURÍDICO, PERGUNTO: ONDE FICOU O DIREITO  À AMPLA DEFESA E AO CONTRADITÓRIO? NÃO ME PARECE NADA REGULAR ESSE PROCESSO.

Enfim, alega a Juíza, Dra. Michele, que, pela fragilidade das provas, "outra solução não resta que não a absolvição do acusado.

A Magistrada cita, ainda, para robustecer sua sentença, decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo no sentido de que se precisa de certeza do delito para se proferir sentença de condenação.

Estou tentando entender o que se passou nesse processo, visto que sou vítima e fui colocado como testemunha numa audiência que - na minha opinião - nem deveria haver. Fui, anteriormente, alijado do processo principal (0208.12.002408-9) - onde, entendo, deveria estar como vítima - pelo Ministério Público. Montaram duas peças e a Juíza só ouviu as testemunhas do réu. Ora, poderá ela alegar ser obrigação do meu advogado convocar a testemunha, sendo em caso, o Ministério Público. Então, estranhamente, o Promotor de Justiça só chamou as testemunhas que falaram a favor do réu, o próprio réu e o advogado de defesa do réu (Dr. Leonardo- Presidente da Subseção da OAB em Andrelândia), ficando eu sendo sabatinado na audiência, sem advogado, sentindo-me um réu?

                  De outro lado, já que a Meritíssima colocou na sua sentença decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, coloco, abaixo, decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais acerca de decisões onde se pode absolver sumariamente um réu:
           
..."De outra banda, não demonstrou a Defesa , de modo insofismável , que os réus pronunciados , quando do episódio delitivo , tenham agido amparado com qualquer das excludentes previstas em lei , capaz de elidir de plano , o julgamento pelo Egrégio Tribunal Popular do Júri , e possibilitar sua absolvição sumária .

Ora, como se disse , havendo indícios suficientes de autoria delitiva e comprovada a materialidade , a presunção nos crimes de competência do Tribunal Popular do Júri é em favor da sociedade e não do réu , daí porque in dubio pro societate.

De fato, no caso de processos da competência do Júri , a absolvição sumária somente se dará se caso comprovado cabalmente e extreme de qualquer dúvida qualquer das circunstâncias que exclua o crime ou isente de pena o réu , dado que somente nessas hipóteses excepcionais é que no juditium accusationis poderá ser reconhecida, tudo em decorrência de preceito constitucional".

A propósito:

“Absolvição sumária só se dá quando é justificada por tranquila e indiscutível prova de exclusão de crime ou de isenção de pena, razão por que sua decretação judicial não pode basear-se apenas na palavra do réu, principalmente sem bons antecedentes” (TJMG – RC. Rel. Gonçalves de Rezende, RT 533/381)".
       Nessa linha de pensamento, pergunto: por que não foi ouvida a testemunha Jordan Altro, quando a própria Juíza diz que pegou os depoimentos das testemunhas como prova emprestada no outro processo? Por que eu - Pedro Paulo de Oliveira - colocado como vítima em todos os procedimentos policiais, fui excluído do processo principal e ouvido noutro, à parte, como testemunha e vítima? Por que a Juiza não considerou o pedido inicial do representante do Ministério Público pedindo, também, a condenação de Lincoln? Por que a audiência de instrução Julgamento referente ao Processo novo e estranho nº. 0036396-98.2013.8.13.0028, foi marcada para uma segunda-feira e avisada numa sexta-feira, três dias antes? Por que nessa audiência o representante do Ministério Público ficou em silêncio e perguntado, posteriormente, por mim, se conhecia o outro processo, importante para o seu julgamento, disse que não e tinha por bem pedir a absolvição em processos dessa natureza e o faria?

Fui achincalhado e agredido em frente à minha casa, minha família foi desrespeitada e não tive a proteção do Estado antes dos fatos. Tudo isso foi provado através de relatórios médicos, Boletins de Ocorrências e depoimentos sérios. No entanto, ao que me parece, o processo correu à revelia de tudo isso e, no entendimento da Juíza, minha família é que deveria ser penalizada, sofrendo o peso da sua caneta. O Sr. Lincoln, que tem como advogado o Dr. Leonardo Campos - Presidente da Subseção da OAB e uma irmã como funcionária do Fórum de Andrelândia, desrespeitou minha família, me agrediu ajudado por mais dois indivíduos e acabou saindo ileso no processo. Essa decisão,acredito que nem Dr. Júlio esperava.  
 Por Pedro Paulo de Oliveira
 

     
     





terça-feira, 22 de julho de 2014

AUTORIDADES QUE PRENDEM, ACUSAM E ASSINAM SENTEÇAS TAMBÉM PODEM SE DROGAR


Ontem foi domingo e me droguei muito. Comecei por volta das 13h e só fui parar depois das 22h. Éramos uns poucos amigos e amigas, casais amigos, e quase todos se drogaram também. Uns mais e outros menos. Petiscamos durante o dia e só no final da festa é que resolvemos comer algo mais consistente. Sorrimos muito e também tivemos momentos de conversa séria. Eu, por exemplo, quando me drogo, tenho momentos de euforia e de silêncio. Passo horas ouvindo as pessoas e outras horas com o olhar perdido. Depois, peço desculpas e retorno à euforia e boas risadas.

Um desses meus amigos gosta muito de misturar e reclama que não está sentindo nada, embora todos os demais percebam seu visível estado de euforia. Outro amigo tem sempre um copo de água ao lado, mas poucas vezes bebe a água. Outro tem o ciclo bem rápido e em poucas horas passa da sobriedade para a euforia, silêncio e sono; depois, quando os demais ainda estão na fase da euforia, ele já está completamente recuperado e começa do zero. Outro não come nada e justifica que se comer não consegue continuar se drogando e sente muito sono. Outro, ao contrário, tem sempre um prato de petiscos ao lado e justifica que não consegue se drogar sem comer. Outro, talvez só eu saiba disso, provoca vômito cada vez que vai ao sanitário para continuar se drogando e parecer sóbrio.

Drogas são drogas e ponto final. Todas elas alteram nossa percepção sensorial e, em consequência, a forma de ver o mundo. Esta relação das drogas com cada pessoa é única. Drogas é uma coisa e o efeito delas é algo absolutamente pessoal. Busca-se, portanto, algo entre a pessoa e a droga. Este algo é único e individual e reflete exatamente a história da pessoa com os efeitos da droga. Então, como cada um tem sua própria história, a relação dessa história com a droga também será uma história própria. Por causa disso, uns usam drogas apenas uma vez e não gostam, outros conseguem usar por muitos anos e não se tornam dependentes e outros não conseguem mais parar de usar depois da primeira experiência, tornando-se um usuário dependente.

Independentemente do caráter de legal ou ilegal, lícita ou ilícita, todas as drogas são drogas e estabelecem as mesmas relações com o usuário, pois não sabem se são permitidas ou não. Assim, o uso do tabaco pode causar um profundo bem estar ao fumante, embora possa causar inúmeros tipos de câncer. Da mesma forma, o álcool pode oferecer alegria e euforia e, ao mesmo tempo, causar uma infinidade de problemas à saúde de quem ingere álcool. Adentrando às drogas consideradas ilícitas, a cocaína pode causar sensação de autoconfiança e poder, mas pode também comprometer a saúde de quem cheira ou injeta. Também a maconha pode relaxar e proporcionar viagens leves e lentas, mas também pode causar mal à saúde de quem fuma. O ponto comum é que todas as drogas podem causar a dependência e se tornar um problema para o usuário, seus familiares e comunidade. No fim, o problema a ser enfrentado e discutido é por que alguns usuários se tornam dependentes e problemáticos e outros não. Sendo assim, como jamais conseguiremos acabar com as substâncias que alteram nossa percepção sensorial, interessa muito mais entender a mente humana, as tragédias pessoais e a desigualdade social do que proibir e criminalizar as drogas.

Pensando assim, fico a me perguntar, qual o fundamento jurídico, legal, histórico, filosófico, moral, religioso ou de qualquer outra natureza para considerar marginais e bandidos pessoas que usam algum tipo de droga? E mais, também me pergunto, por que as drogas fabricadas pela indústria capitalista, a exemplo do tabaco, álcool, ansiolíticos e antidepressivos, são consideradas lícitas e, inexplicavelmente, as drogas que não passam pela indústria capitalista são consideradas ilícitas, a exemplo da maconha e cocaína? Será, por fim, que o detalhe em comum seja exatamente este: a indústria capitalista?

Voltando ao começo, ontem fiz um churrasquinho em casa e convidei os amigos para matar a saudade, jogar conversa fora, comentar os jogos da Copa no Brasil e as consequências na campanha política, lembrar das aventuras passadas, dos tempos difíceis, empanturrar de carnes e, principalmente, tomar muitas cervejas. Abasteci o freezer com algumas caixas de cerveja, preparei costelinhas de porco e carneiro com toque final de alecrim; coração de frango, coxinhas da asa de frango, costela de boi ao forno com papel alumínio, calabresa mista apimentada (uma delícia!) e, como não poderia deixar de ser, saborosas picanhas com dois dedinhos de gordura. Na manhã seguinte, como sou de carne e osso, tinha as mãos trêmulas, boca seca, dificuldade de raciocinar e uma sede insaciável, ou seja, estava de ressaca.

Sei, por fim, que no mesmo domingo milhões de pessoas fizeram a mesma coisa e outros milhões usaram drogas consideradas ilícitas. Muitos, como eu, trabalharam normalmente no dia seguinte e outros, não tenho dúvidas, por conta exatamente de sua relação com as drogas, continuaram usando abusivamente e causando problemas à sua família e comunidade.

No mais, é muito provável que muitos policiais militares, que poderiam estar presentes em algum churrasco e provavelmente também de ressaca, resultado das cervejinhas do domingo, irão prender em flagrante jovens pobres, negros, periféricos e excluídos com pequenas porções de maconha ou crack, conduzindo-os a algum delegado, também de ressaca, que irá indiciá-lo, mais pela cor da pelé e condição social, como traficante de drogas. Em seguida, algum representante do Ministério Público, também participante do churrasquinho do domingo, irá representar pela prisão preventiva com fundamento puro e simples na “garantia da ordem pública” e, por fim, seu destino será escrito indelevelmente como acusado por tráfico de drogas quando as mãos trêmulas e boca sedenta de algum juiz de direito lhe decretar a prisão preventiva e lhe esquecer na prisão.

Domingo que vem tem mais churrasco com os amigos, muita cerveja e ressaca na segunda-feira, mas também terá muita galera fumando maconha, cheirando cocaína e fumando pedras de crack. A diferença é que uns, por conta da droga usada, cor da pelé e condição social, serão presos e condenados e outros, enquanto cidadãos respeitáveis, tomarão um engov ou epocler e assinarão mandados de prisão.



Publicado por Murilo Wya Almeida 

Publicado por Gerivaldo Neiva


Gerivaldo Neiva é Juiz de Direito (Ba), membro da Associação Juízes para a Democracia (AJD), membro da Comissão de Direitos Humanos da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e Porta-Voz no Brasil do movimento Law Enforcement Against Prohibition (Leap-Brasil).



quarta-feira, 16 de julho de 2014

CASO PESSEGHINE PODE SER REABERTO


A grande mídia volta a comentar sobre o extermínio da família Pesseghine. A advogada da família está pedindo a reabertura do caso por conta da descoberta de uma página no Facebook que foi criada antes mesmo das mortes serem anunciadas pela imprensa. O criador da página, um adolescente de 15 anos, se defende dizendo que fez a página antes das mortes, com outro nome e, assim  que soube da tragédia, resolveu mudar o título  da página em homenagem aos mortos.

Mesmo com esse argumento do adolescente, o Ministério Público deveria reabrir o caso, pois não deixa de ser muito estranho que esse jovem tome uma atitude dessas, recheando, inclusive, a página no Facebook de fotos. Ele deveria ser ouvido pela polícia.
a Polícia Civil do Estado de São Paulo concluiu o inquérito tendo como autor dos crimes e, depois se matando, o filho do casal de policiais experientes. No entanto, pouca gente neste país está convencida de que um garoto cheio de problemas de saude tenha tido condições de praticar os crimes, assassinando com precisão seus pais e sua avó e, depois, se matando. Nem em ficção é possível convencer alguém de que um menino consiga empunhar uma pistola ponto 40, atirar e acertar pessoas adultas com tamanha frieza e exatidão.

Por Pedro Paulo de Oliveira.

Imagens: R 7

sábado, 12 de julho de 2014

A ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE ANDRELÂNDIA - A CORAGEM DE RESGATAR E PRESERVAR A HISTÓRIA


Andrelândia, no Estado de Minas Gerais, que já foi Vila Bela do Turvo, cidade do Turvo e, apenas, Turvo, entregou novamente para o seu povo parte da sua vida, da sua história e das suas paixões. Tudo começou em finais do Séc. XIX com o sonho de um homem que amou em demasia o Turvo: o Visconde de Arantes. Foi, ainda, durante o império, já nos seus dias derradeiros, que D. Pedro II sonhou um Brasil todo cortado por ferrovias. Visconde de Arantes, seu amigo pessoal, pediu-lhe que os trilhos cortassem o Turvo. Mas, D. Pedro II foi deposto antes de atender seu amigo pelo primeiro golpe militar do Brasil travestido de república e apoiado pelos americanos lá do norte.

A expansão das ferrovias, no entanto, mesmo a despeito do militarismo presente no Brasil no final do Século XIX e início do Séc. XX, continuou sua expansão através dos governos das províncias. O governo da província de Minas Gerais, contudo, não tinha planos de cortar o Turvo com a Estrada de Ferro Oeste de Minas. Foi, então, que o Visconde resolveu intervir e pediu ao Presidente da Província de Minas Gerais, Afonso Pena, ainda no final do Séc. XIX, que mudasse o trajeto da estrada de ferro, de forma que ela passasse dentro da cidade do Turvo. Por volta de 1906 o Visconde soube que o seu sonho havia se concretizado. 

A cidade do Turvo ouviu, pela primeira vez, somente em 1914, o apito da Maria Fumaça, ausente o Visconde de Arantes que havia morrido em 1908. A estação - que, agora, é novamente entregue à população - recebia, naquele ano, a primeira composição puxada por uma locomotiva a vapor. O sonho do Visconde estava realizado.


Até 1996 a estação ferroviária de Andrelândia, assim como todas as estações das cidades partindo de Ribeirão Vermelho e terminando em Barra Mansa, simbolizaram e representaram um marco na vida dos seus povos. Através das estações partiram riquezas, saíram e chegaram divisas. Filhos e pais deixaram suas terras em busca de estudo e trabalho. Muitos filhos voltaram e desceram na mesma estação; outros ficaram para onde partiram. Com a privatização das ferrovias no Brasil, a maioria das linhas de passageiros intermunicipais foi desativada, com a concordância do governo Fernando Henrique Cardoso. 


ÁREA DE CONVIVÊNCIA DA PRAÇA DA ESTAÇÃO, TODA GRAMADA, ILUMINADA E ARBORIZADA COM  COQUEIROS. NESTE, ESPAÇO, SERVIDO, INCLUSIVE, COM BANHEIROS, AS PESSOAS PODERÃO SE ENCONTRAR PARA BATE-PAPOS, ACESSAR INTERNET E TRAZER SUAS FAMÍLIAS PARA LAZER.  
Como se pode depreender das imagens, a restauração da Estação Ferroviária foi longa. No entanto, é uma obra digna do tamanho da história e da importância da ferrovia para Andrelândia e região. Segundo nos informou o "Sr. Bruno, o filho do Prefeito Samuel", o prédio da Estação Ferroviária abrigará a Secretaria de Cultura, a Biblioteca Municipal, o Museu do Município, a Rádio Comunitária e internet gratuita para toda população. No entorno da Estação, a praça se estende em dua divisões, com mais de 2.000 m², formada por alamedas, bancos, gramados e arborizadas com coqueiros típicos e nativos da nossa região. 

No interior do prédio da Estação, logo que se desce da Praça dos Expedicionários, passando pela passarela de pedras talhadas no final do Século XIX, ainda se pode admirar, no primeiro pavimento, o cofre, a balança e o quadro de avisos que eram usados quando a estação funcionava até o ano de 1996. Passando para os demais cômodos, deparamo-nos com o guichê todo restaurado onde se comprava as passagens para o "trem misto" e para o "expresso azul". Seguindo, encontramo-nos no interior da casa onde mora o Chefe da Estação".



MOMENTO DA ENTREGA OFICIAL DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA À POPULAÇÃO E QUEIMA DE FOGOS.






Estiveram prestigiando a festa o Deputado Estadual Rômulo Viegas, o Promotor de Justiça andrelandense e Curador do Patrimônio Histórico de Minas Gerais, Dr. Marcos Paulo de Souza Miranda, O prefeito de Arantina Cacá. Foram homenageados os Ferroviários Pedro Moreira, Vicente Aredes e Nilo Sérgio Barquete (mais conhecido como Baniano). Foi, também homenageado o maestro da Banda São Pio X Wilsom Pereira.

Por Pedro Paulo de Oliveira.

Imagens: fotos do arquivo histórico de Andrelândia;
fotos capturadas por Pedro Paulo durante o evento 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

VIUVA DO PEDREIRO AMARILDO ENCONTRADA EM CABO FRIO, RJ.




Elizabete, viuva do pedreiro Amarildo foi encontrada em Cabo Frio, Região dos Lagos do Estado do Rio de Janeiro, segundo informou João Tancredo, advogado que representa a família.Ela ligou para uma sobrinha ontem e disse que havia ido para aquela cidade. 

Segundo o próprio advogado e os familiares de Elizabete, todos temiam que ela estive perambulando pela cidade do Rio de Janeiro, pois voltou, recentemente, a usar drogas e bebidas. Todos são unânimes em afirmar, ainda, que a família é "marcada", pois o Ministério Público denunciou 25 policiais por formação de quadrilha, tortura, ocultação de cadáver, fraude processual. Até o comandante da UPP, Major Edson Santos foi incluindo na denúncia, embora ele já tenho sido inocentado pela Justiça Militar. Por essa razão, a família toda teme pela vida.

Como existe um preconceito muito grande em relação aos moradores das favelas, muita gente e parte da imprensa acredita que Amarildo e Elizabete tinham ligações com o tráfico no Morro da Rocinha. Essa foi a afirmação dos policiais lotados na UPP para, naquele dia 14 de julho de 2013, levar Amarildo sob custódia e desaparecer com ele. Nunca ficou provada a ligação de Amarildo com o crime na Rocinha. quanto à Elizabete ser usuária de drogas, essa é outra questão. O advogado até já conseguiu tratamento para ela pelo estado. No entanto, como ela é diarista e o tratamento é na parte da tarde no posto de saude, ela nunca compareceu para se tratar. 

Amarildo já foi considerado morto. Isso é fato. O Estado do Rio de Janeiro tem uma dívida para com essa família e a sociedade. Agentes da Lei (Policiais Militares), que deveriam dar segurança para uma comunidade, são acusados de praticar crimes graves, incluindo assassinato e ocultação de cadáver. A justiça militar acaba de inocentar o comandante da unidade pacificadora. É um absurdo. Parece que estamos num país em que a lei só é severa e se cumpre para os miseráveis.

Por Pedro Paulo de Oliveira.    

quinta-feira, 10 de julho de 2014

ONDE ESTÁ AMARILDO E, AGORA, SUA VIUVA ELIZABETE?



Elizabete Gomes da Silva é a viúva do pedreiro Amarildo suspeito de ter sido assassinado por policiais lotados na UPP da Rocinha no Rio de Janeiro. Ela está desaparecida desde o dia 30 de junho. O seu desaparecimento aconteceu poucos dias depois da Justiça Militar retirar a acusação contra o Major comandante da UPP da Rocinha para onde o Pedreiro Amarildo foi levado depois de ter sido detido por policiais da mesma unidade.

Segundo os familiares de Elizabete, ela voltou a usar craque e a ingerir bebida alcoólica nos últimos dias. Falava muito no Amarildo e parecia decepcionada com o andamento das investigações do crime contra ele.

Os familiares já a procuraram em todos os lugares, incluindo hospitais, IMLs e, até mesmo, na casa da mãe dela em Natal, Rio Grande do Norte.
  
O Caso Amarido causou muita discussão no Rio de Janeiro e, até mesmo, no Brasil todo. Ganhou até manchetes internacionais pelo fato de envolver uma Unidade de Polícia Pacificadora – UPP, que pretendia ser exemplo de trabalho contra a criminalidade. Falavam até em exportar o modelo para todo o Brasil e outros países tomados pelo narcotráfico, como é o caso de muitas regiões do nosso país, incluindo as favelas do Rio de Janeiro.

Para justificar a prisão de Amarido, acusaram-no de pertencer ao tráfico e ser o guardião  do arsenal de armas dos traficantes. Nada disso ficou provado. Desclassificaram Lizabete pelo fato dela ser viciada em drogas ( o viciado é um doente). Quase todos os policiais da UPP da Rocinha que estavam de plantão no dia do desaparecimento de amarido foram afastados e estão sob investigação. No entanto, até agora, nenhum deles foi condenado ou sofreu, efetivamente, punição por participar do desaparecimento de Amarildo.

A conclusão que nos resta é a de que o estado nada pode contra o narcotráfico e a corrupção nas suas esferas. A corrupção, quando confrontada, usa suas armas sem piedade e aniquila aqueles que tentam acabar com ela. A população do Rio de Janeiro, assim como a de Vitória, São Paulo e outros tantos estados, continuará a ter medo da polícia, quando deveria respeitá-la. É uma pena.

Elizabete Gomes da Silva continua desaparecida. Talvez esteja numa dessas cracolândias da Cidade Maravilhosa que sediará a final da Copa do Mundo de futebol, entre a Argentina e Alemanha, no domingo dia 13 de julho de 2014; talvez ela esteja morta nalguma vala comum dos morros do Rio, depois de ser calada por falar demais, infeliz e drogada; ou, quem sabe, esteja passeando pela Praia de Copacabana, tomando sorvete ao custo de R$20,00 o copinho.


Por Pedro Paulo de Oliveira.






segunda-feira, 7 de julho de 2014

O TREM DAS ESTAÇÕES

O apito estremece as pedras 
é o trem trazendo vidas,
carregado de sonhos.
Sonhos vindo, sonhos indo
na mesma estação
sonhos de vida, sonhos de amor.
sonhos de menino, sonhos de mulher.

Dentro do trem tem o garçom
carregando prato de almoço,
equilibrista e dançarino
no meio da gente
que vai e volta sempre.
Dentro do trem tem o chefe
que grita Carlos Euler
que grita Falcão
Não grita Ribeirão
nem Barra Mansa
onde tudo começa
onde tudo termina.

Tem café e pastel na estação
gente que corre descendo do trem
na paisagem bonita de serração
e no sorriso que cada um tem.

Montanhas sem fim
de matas e chuvas
rios, córregos, cachoeiras
e caminhos de cavaleiros. 

Sorriso de quem vai
sorriso de quem fica
sorriso de quem espera
sorriso de quem nunca foi
é assim a viagem de trem
é assim na estação.

Em cada parada
o olhar sobre os telhados
o desejo do moço
o sonho da menina
o velho de cócora
sem pensamentos
só com as imagens
gravadas no seu passado.


Sai o trem
Deixa Ribeirão Vermelho
chega em Lavras
Sobe a serra até Carrancas
entra em Minduri
faz parada em São Vicente de Minas
e depois em Andrelândia
vai indo até Arantina
depois, Augusto Pestana
Carlos Euler
e Passa Vinte...
Acabou Minas Gerais.

Começa o Rio de Janeiro
chega em Falcão
-Café e pastel-
segue até Quatis
depois, Barra Mansa.

A viagem termina
com gosto de fuligem
e tempero de almoço
o chefe cochila
o garçom olha da janela
os passageiros indo embora
O maquinista dá o último apito
Pra lembrar que a vida é como o trem
cheia de estações, cheia de sonhos
até um destino final.

Texto de Pedro Paulo de Oliveira.
Reprodução permitida, desde que citada a autoria

IMAGEM: GOOGLE


Façam uma viajem pelo nosso Blog literário: www.escritoresnovos.blogspot.com

quarta-feira, 2 de julho de 2014

A MORTE LENTA E CERTA DE UM RIO CHAMADO "TURVO".

JOSÉ DARCI RETIRANDO UM PNEU DO RIO TURVO

Em um claro protesto ao desrespeito e ao assassinato do Rio Turvo, que corta a cidade de Andrelândia em quase toda a sua extensão, José Darci Fagundes, seu filho Sâmaro e mais alguns cidadãos, retiraram das suas águas mais de uma dezena de pneus velhos apenas nas proximidades da ponte que liga o Centro ao Bairro do Rosário. 



Os pneus recolhidos ficaram expostos na calçada de acesso de pedestres da ponte por um longo tempo para que a população os olhasse e pensasse no crime ambiental que está sendo praticado contra o rio que abastece o município de água. No entanto, percebia-se que as pessoas passavam e olhavam desatentas como se aqueles pneus nada significassem, mais como o delírio ou a mania de um sujeito qualquer que teve coragem de entrar, em pleno inverno, no rio e dele retirar uma grande quantidade de lixo.

JOSÉ DARCI EXPONDO OS PNEUS
As pessoas não se importam com o rio, mas querem água de qualidade para beber, tomar banho e lavar suas roupas, utensílios domésticos e carros. Para que nos preocuparmos com o rio se quando precisamos nos refrescar vamos atrás de uma cachoeira ou para a piscina do clube? 

RETIRADA DE PNEUS DO RIO TURVO

Pensamos assim: Quem tem que cuidar da qualidade da água que chega à minha casa é a Copasa que me cobra uma conta de consumo de água todo mês; Quem tem que limpar o rio é a Prefeitura que recebe impostos; e quem tem que vigiar as pessoas para que não oguem lixo no rio é a Polícia Florestal, o IEF e outros órgãos ambientais. Esses caras que ficam limpando o rio são maníacos. Não estou nem aí para o rio, pois tenho muitas preocupações e nos meus momentos de folga quero me divertir. É... E pensando assim, vemos o nosso rio morrer lentamente, vergonhosamente, diante da nossa covardia e descrença de que um dia vamos lamentar não ter feito a loucura que esse José Darci e seu filho Sâmio fizeram num perímetro de pouco mais de 200 metros do rio, limpando suas águas do lixo de sujeitos sem a mínima educação e descomprometidos com a vida. 




Claro que exite a responsabilidade dos órgãos citados e da Prefeitura Municipal de Andrelândia na proteção do Rio Turvo. Esses órgãos foram criados para proteger o meio ambiente e a Prefeitura como responsável pela administração municipal, não pode se omitir de proteger o "nosso Rio". Já foi dito em matéria anterior que foi criado o Parque Municipal Manoel Caetano com a finalidade de proteger o Rio Turvo. Esse parque foi criado em 2005 e não saiu do papel desde então. 

Que o gesto de José Darci e seu filho sirvam de exemplo e alerta não só para as autoridades, mas para todos os cidadãos omissos de nosso município. 

Texto de responsabilidade de Pedro Paulo de Oliveira. 

Fotos: José Darci e seu filho Sâmio.

      

terça-feira, 1 de julho de 2014

A MANIPULAÇÃO DAS MASSAS - INÍCIO E FIM DE DA CIVILIZAÇÃO.

Vazou a notícia de que o Facebook manipulou o algoritmo para distribuir posts no feed de notícias de 700 mil usuários durante uma semana em 2012 para saber como isso afetaria o humor delas. O resultado foi que o o humor da maioria dos usuários variavam de acordo com o conteúdo do post.

Transcrevo matéria  de O Globo publicada pelo colaborador em JUS Brasil Tiago Albuquerque:

 estudo, conduzido por pesquisadores associados ao Facebook, pela Universidade de Cornell, e pela Universidade da Califórnia, foi publicado em junho na 17ª edição dos Anais da Academia Nacional de Ciência.
Os pesquisadores pretendiam verificar se o número de palavras positivas ou negativas nas mensagens lidas pelos usuários resultaria em atualizações positivas ou negativas de seus posts nas redes sociais.
Observou-se que os usuários que tiveram o feed manipulado utilizaram palavras positivas ou negativas dependendo do conteúdo ao qual foram expostos.
Os resultados do estudo foram propagados quando a revista online Slate and The Atlantic abordou o assunto no sábado.
"Estados emocionais podem ser transferidos para os outros por meio do contágio emocional, levando as pessoas a experimentarem as mesmas emoções de modo inconsciente", afirmam os autores da pesquisa.
"Estes resultados provam que as emoções expressas pelos outros no Facebook influenciam nossas próprias emoções, o que evidencia o contágio em larga escala via redes sociais."
Enquanto outros estudos usam metadados para estudar tendências, este parece ser o primeiro a manipular dados para verificar se há reação.
A pesquisa é considerada legal de acordo com as normas do Facebook, mas seria ética?
"#Facebook FEED DE USUÁRIOS MANIPULADOS PARA EXPERIMENTOPSICOLÓGICO EM MASSA... Sim, está na hora de encerrar a conta do FB!", lia-se em post do Twitter.
Outros tweets usavam expressões como "super perturbador", "assustador" e "mau", assim como manifestações irritadas, para descrever o estudo.
Susan Fiske, professora da Universidade de Princeton que editou o artigo para publicação, disse a The Atlantic que ela ficou preocupada com a pesquisa e entrou em contato com os autores.
Eles disseram que o conselho institucional aprovou o estudo, já que "o Facebook manipula a atualização do feed dos usuários o tempo todo".
Fiske admitiu ter ficado "um pouco assustada" com o estudo.
O Facebook disse a The Atlantic que "considera cuidadosamente" a pesquisa e que há "um processo de avaliação interna".
O Facebook, maior rede social do mundo, informa ter mais de um bilhão de usuários ativos.
O que se constata por essa pesquisa é estarrecedor: o ser humano contemporâneo é manipulado pela Tecnologia da Informação - TI. A informação é manipulada pelo interesse das grandes corporações e pelas nações poderosas. Já está provado que os Estados Unidos bisbilhotam o planeta terra inteiro, além de parte do espaço sideral. Resta às massas humanas espalhadas como formigas por todos os cantos da terra apenas aceitar o que lhe é imposto, ou seja: As redes sociais (facebook, Twitter, etc) são instrumentos para induzir seres humanos a seguir uma linha de pensamento e sentimentos, na maioria das vezes voltados para o consumismo; a televisão, da mesma forma, trabalha a questão da imagem e do som (principalmente a música de péssima qualidade que deturpa a mente dos jovens) como meio de manipular as pessoas distraindo-as (distraídas, as pessoas assimilam desejos e formas sem perceber); os jornais e revistas, ainda persistindo, atendem interesses do poder político vigente, captando simpatizantes e seguidores (criam falsas imagens de líderes); e, finalmente, as pessoas são bombardeadas por sons e imagens espalhados pelas ruas das grandes cidades, principalmente à noite, em luzes coloridas e deslumbrantes. 
Na questão de manipular as massas, o meio acaba sendo o fim, sem que haja justificação. Não há complacência quando se trata de impor um costume, convencer uma multidão e sobrepor-se sobre os demais. Cada vez mais a tecnologia é usada para controlar as pessoas e os gênios da informática sabem disso e se curvam seduzidos, também, pelo poder e pelo dinheiro. Quem manipula, na verdade, aparece pouco na mídia. Até aparece, contudo, sempre discretamente e como pai de algum projeto social.  No Brasil, pouco se fala na família Marinho, dona da Rede Globo, nos Civitas, donos do Grupo Abril ou na família Saad, dona do Grupo Bandeirantes. São eles, em conjunto o Estadão e outros jornais importantes, que manipulam as mentes e as almas de milhões de brasileiros.
Outra forma poderosa de manipulação das massas são as religiões. Aliás, essa foi a primeira e grande forma de controlar as pessoas. Que o diga o Imperador Constantino que soube muito bem manipular a Igreja Católica e a transformou no que ela é hoje. As religiões, sob todas as formas, ainda persistem, e sempre com a promessa de curar o corpo e salvar a alma. Vê-se, pelo mundo inteiro, templos e mais templos lotados, onde fiéis são manipulados e enganados. Em nome de Deus e de profetas, matam-se crianças, sacrificam-se filhos e abusam-se de inocentes.  
Texto escrito por Pedro Paulo de Oliveira.
Imagens: Facebook e Gicult       

NAYRA E O CHAVELHO DE ESPINHOS NA FAIXA DE GAZA

" Esses pequeninos, cheios de sonhos, sonhos que embalam o mundo, distantes das       ambições e da crueldade dos homens e mulheres que...