sábado, 29 de junho de 2013

POUCAS, BOAS, IMPORTANTES - ESTAMOS VIGILANTES - NOTÍCIAS DA REGIÃO



GREVE NA POLÍCIA


A POLÍCIA CIVIL NOS INFORMOU QUE ESTÁ DE GREVE, COM ATENDIMENTO PRECÁRIO, SOMENTE NA PARTE DA MANHÃ, NOS DIAS ÚTEIS. ASSIM, AQUELES CIDADÃOS E CIDADÃS QUE PRECISAREM DOS SERVIÇOS DA POLÍCIA CIVIL (EMPLACAMENTO DE CARROS, EMISSÃO DE CARTEIRAS DE IDENTIDADE, VISTORIAS EM VEÍCULOS, CERTIDÕES, CRIMINAIS, BOLETINS DE OCORRÊNCIAS, ANDAMENTOS DE INVESTIGAÇÕES, ETC...) DEVERÃO TER PACIÊNCIA E TENTAR ALGUMA COISA NA PARTE DA MANHÃ.

UMA OBSERVAÇÃO INTERESSANTE PARA QUE AS PESSOAS FIQUEM ATENTAS: A DELEGACIA DE POLÍCIA DE ANDRELÂNDIA FUNCIONA JUNTAMENTE COM A CADEIA PÚBLICA QUE TEM A VIGILÂNCIA DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS. NO ENTANTO, O DELEGADO DE POLÍCIA É O RESPONSÁVEL PELOS PRESOS, TENDO EM VISTA ESSA JUNÇÃO INDEVIDA DE CADEIA COM PRESÍDIO.

NO ENTANTO, A POLÍCIA MILITAR CONTINUA SUAS ATIVIDADES NORMAIS DE MANUTENÇÃO DA SEGURANÇA E DA ORDEM SOCIAL E POLÍTICA. CONTUDO, SUA ATUAÇÃO FICA PRECÁRIA TENDO EM VISTA QUE AS DUAS POLÍCIAS DEVEM AGIR EM HARMONIA. UM EXEMPLO ESDRÚXULO DESSA FALTA DE INTERAÇÃO ENTRE AS POLÍCIAS (QUE NÃO É CULPA DOS POLICIAIS, MAS DA CÚPULA DA POLÍCIA CIVIL NO ESTADO) É QUANDO A POLICIA MILITAR PRENDE UM DELINQUENTE OU CRIMINOSO E, NA FALTA DO DELEGADO NA CIDADE, É OBRIGADA A LEVAR O CIDADÃO OU CIDADÃ PARA SÃO SÃO JOÃO DEL REY PARA AS DEVIDAS PROVIDÊNCIAS.


GREVE GERAL


ESTÃO FALANDO EM GREVE GERAL NO PAÍS PARA O INÍCIO DE JULHO DESTE ANO. PARECE QUE TEM MUITA GENTE ACHANDO INTERESSANTE TODAS ESSAS MANIFESTAÇÕES PELO PAÍS AFORA. A POPULARIDADE DA PRESIDENTE DILMA CAIU VERTIGINOSAMENTE E A OPOSIÇÃO, COM CERTEZA, ESTÁ INCENTIVANDO ESSAS PASSEATAS E A GREVE GERAL. COMO CONSEQUÊNCIA, SEUS CANDIDATOS, ENTRE ELES O MINEIRO AÉCIO NEVES, SE ARVORAM COMO OS SALVADORES DA PÁTRIA. SALVADORES, HEM! O POVO PRECISA FICAR ATENTO PARA NÃO CAIR NOVAMENTE NO CONTO DO VIGÁRIO, NÃO ACOMPANHAR O CANTO DA SEREIA E NÃO TROCAR GATO POR LEBRE.

TEM MUITO BANDIDO DISFARÇADO DE DEFENSOR DO POVO NESSAS MANIFESTAÇÕES.



VEJAM ALGUMAS FESTAS NA REGIÃO NESTE FINAL DE SEMANA E NOS PRÓXIMOS DIAS.




E TEM MAIS:





sexta-feira, 28 de junho de 2013

IMPUNIDADE, PROTESTOS E MORTE = BRASIL E O ASSASSINATO DE UM MENINO DE 5 ANOS


Como escritor e redator considero-me incluído no rol dos razoáveis. Não sou jornalista, muito menos sou formado em letras ou matéria do ramo. Estudei história um certo tempo e não terminei o curso. Tudo que aprendi, foi devido à minha curiosidade e à minha vontade de, com o poder das palavras, orais ou escritas, ajudar as pessoas e o mundo a serem melhor. Eu sempre acreditei no poder da palavra e da comunicação. Foi por esses meios que o ser humano chegou ao estágio contemporâneo e sobreviveu a todos os cataclismas naturais é às guerras que ele próprio empreendeu. Através da comunicação eu posso dizer sinceramente "bom dia" ou simplesmente me calar, enlouquecer, matar e morrer. É uma escolha e é pessoal. Escolhi, então, falar a verdade através desse blog. O Google me informa que as minhas matérias são lidas, em parte, na região onde moro e o restante por todo o Brasil, nos Estados Unidos, Rússia e, em menor escala, noutros países. Essa constatação me deu forças para continuar a escrever e a comentar os fatos, da minha forma pessoal. muitos que eu já critiquei por aqui não gostam do meu blog, não gostam de mim e me criticam.Estou me lixando para essas pessoas. que elas tenham a capacidade e a coragem de fazerem o mesmo que eu ou de, no mínimo, me contradizerem com argumentos razoáveis.


Eu já disse neste espaço anteriormente que não gosto de escrever na primeira pessoas quando estou comentando fatos. Prefiro comentar no plural, falar no coletivo, colocando-me como parte do todo, que é o que eu sou. Neste instante, contudo, estou olhando meu país. Vejo uma nação imensa, na expectativa, inclusive, da final da Copa das Confederações no domingo entre Brasil e Espanha. Críticas à parte sobre os gastos destinados para as reformas dos estádios, vale lembrar que o esporte sempre foi uma forma de interação entre as pessoas e as nações desde os tempos da era dos impérios grego e romano. Todos sabemos que as olimpíadas nasceram por lá naqueles tempos, ou seja, muito antes da era Cristã. Olho em todas as direções desta nação e só vejo belezas naturais que iguais não existem em lugar nenhum do planeta. Vejo a juventude do Brasil mais uma vez protestando e mostrando que quer um país bom e justo para viver. Mas, vejo, também, um povo amedrontado pela falta de segurança, um sistema de saude sucateado, uma educação atrasada e um sistema de trasporte (estradas, ruas, ferrovias, portos)que não funciona, parado no tempo. Finalmente, vejo a classe política totalmente desacreditada pela sua postura fisiológica, corrupta, e inócua. Sinto-me, então desolado, com vontade de, juntamente com essa juventude, tal qual nos idos de 1978, protestar contra tudo que está errado.


O que fazer quando tudo parece não se resolver, quando o futuro é incerto e, de repente, na luta pela sobrevivência, no meio do sonho de uma vida melhor, você acorda e seis homens que mal sabem conversar e gritam palavras de baixo calão , entram na sua casa, roubam todo o dinheiro que você juntou para o futuro da sua família e, por pura covardia, matam seu filho de 5 anos? O Garoto de quem estou falando era um boliviano, filho de uma família de bolivianos que deixou a Bolívia há pouco mais de seis meses e seu pai trabalhava numa confecção na cidade de São Paulo. Qual era o sonho desse pai que levou toda a sua família para São Paulo? Era um sonho igual ao de qualquer pai de verdade, o sonho de uma vida melhor para sua família. Qual era o sonho da mãe desse menino que acompanhou seu marido? Era um sonho simples: queria ver seu filho de cinco anos tornar-se um homem livre, sério, saudável e capaz de sobreviver com dignidade.O bandido, porém, destruiu esses sonhos. Covardemente, mesmo tendo recebido R$4.500,00, que era tudo que essa família tinha economizado, encostou o revolver na cabeça do garoto que estava no colo da mãe e suplicava apavorado: "No me mates, no me me mates!" Um anjo pedindo pela vida. O Carrasco, sem piedade, acionou o gatilho e executou o anjo no colo da sua mãe.

Parabéns à Polícia paulista que já conseguiu prender e rapidamente todos os bandidos. Mas, no entanto, fica uma sobra de tudo: a indignação, o vazio de saber que esse bandido logo estará, talvez, de volta às ruas. Fica, ainda, uma vontade cada vez maior de gritar que as pessoas de bem deste país estão cansadas de trabalhar, pagar impostos e temer serem mortas ou aleijadas na primeira esquina que dobrarem nas grades cidades.


Essa criança Boliviana é uma cidadã do mundo, um ser universal. Foi morta por que as instituições do Brasil estão falidas; esse anjo deu a sua vida para nos mostrar que precisamos repensar nossas maneira de fazer políticas públicas; esse menino de 5 anos morreu para nos dizer que basta de impunidade! SEU SANGUE É O SANGUE DE TODOS OS BRASILEIROS DE BEM.





quarta-feira, 26 de junho de 2013

O CONGRESSO NACIONAL SE DOBRA À VONTADE DO POVO



Existem ditados e mais ditados que exemplificam a força de um povo. Vários deles são muito populares e podemos citar alguns exemplos: “O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO; UNIDOS VENCEREMOS; CONTRA A FORÇA NÃO HÁ RESISTÊNCIA; UNIDOS SOMOS MAIS, ETC...”. Todos eles, na verdade, querem dizer a mesma coisa. Todos mostram que a população quando decide acordar e cobrar seus direitos, não há força que resista, mesmo nas mais duras e renitentes ditaduras. Essas frases são muito usadas em faixas, cartazes e camisas. Muitas vezes são, também, pintadas em muros, viadutos, pontes e barrancos de rodovias.


Nos dois últimos dias foram votadas matérias importantes no Congresso Nacional Brasileiro. Entre elas estavam a PEC 37 e a Lei dos royalties do petróleo, em especial com relação aos dividendos das explorações do Pré-sal. Ambas as matérias foram votadas conforme a vontade da população expressa nas manifestações espalhadas pelo país recentemente. A PEC 37 foi derrotada fragorosamente. Até os deputados que a defendiam veementemente votaram contra a sua aprovação. O autor da Proposta de Emenda Constitucional, Deputado Lourival Mendes, ficou falando no vazio e saiu do Plenário com cara de tacho, diante das vaias da assistência que gritava palavras de ordem e cantou o Hino Nacional ao término das votações.


Com relação à Lei dos royalties do petróleo, ficou definido pelo Deputados que os recursos provenientes deles irão 75% para a educação e 25% para a saude. Mais uma vitória do povo expressa nas manifestações.

A Presidente Dilma, inteligentemente, está do lado do povo e propôs que a reforma política saia de um plebiscito. O que quer dizer isso? Quer dizer que uma matéria que está nadando no Congresso por mais de 30 anos sem chegar à praia, será jogada nas mãos do povo para que ele pressione deputados e senadores a votarem. A reforma política é tão necessária ao Brasil quanto a melhora na educação e na saude, pois o nosso sistema de eleições é um dos mais atrasados do planeta, com esse negócio de eleições proporcionais onde um candidato sem expressão que tem menos de 100 votos se elege deputado com a sobra dos votos de outro. Essa forma de eleição não configura a vontade do povo numa democracia.

O próprio Ministro Joaquim Barbosa concordou com a Presidente e a está apoiando na pretensão de um plebiscito. Não se confunda plebiscito com Assembleia Nacional Constituinte que ela havia proposto inadvertidamente no início das suas falas para a população esta semana.

Esses tipos de movimentos das massas são comuns na história da humanidade. Um dos mais importantes do Séc. XX ocorreu em Paris em 1968 promovido pelo Partido Stalinista que propôs greve geral na França. O movimento rapidamente ganhou proporções grandiosas e o General De Gaulle, apavorado, chegou a se refugiar numa base militar da Alemanha, pedindo ajuda ao seu colega Germano, de quem era amigo. (Dilma fez algo parecido e procurou ajuda junto ao ex-presidente Lula em São Paulo)O movimento continuou por um certo tempo e logo se dispersou, De Gaulle atendeu muitas das reivindicações do povo e se reelegeu nas eleições de julho do mesmo ano.


Da mesma forma em que ocorreu na França em 1968, o povo está saindo nas ruas aqui no Brasil para mostrar aos políticos que a sua apatia acabou. Mas, quem exatamente está saindo às ruas? Com toda certeza 90% da massa é formada por jovens das classes média (média baixa, média media e média alta. Sempre foram os jovens em todo o mundo que promoveram as mudanças através das manifestações populares. Essa juventude corajosa e inteligente mostra aos políticos que está consciente e pronta para ajudar a mudar o nosso país para melhor. E os políticos têm medo de que? Os políticos temem somente o povo. Têm mais medo da horda do que da espada da justiça.


No entanto, nas manifestações do Brasil está ocorrendo um fenômeno perigoso: em quase todas as passeatas, os radicais, os baderneiros e os delinquentes estão se infiltrando para promoverem quebra-quebra e saques. Isso não é democracia. Pelas imagens mostradas na televisão percebe-se que esses grupos destoam da maioria dos manifestantes. São jovens mascarados, sem camisa, usando bermudas e, normalmente, portando cacetes, pedras, coquetéis molotovs e rojões. O que querem esses grupos? Ora, eles são pessoas que pensam que quanto pior estiver a situação melhor para eles. São vagabundos, alienados, que vivem à margem da lei, não respeitam os direitos alheios e a maioria deles tem passagem pela polícia por roubo, tráfico, latrocínio, e brigas. Essa gente tem que ser detectada pelos próprios manifestantes que devem coloca-la na mira da polícia e exclui-la dos movimentos. Precisamos entender que a "DEMOCRACIA É A VONTADE DO POVO E A DEFESA DOS DIREITOS DAS MINORIAS PELA MAIORIA, ATRAVÉS DA ORDEM E DA JUSTIÇA".

Texto de Autoria de Pedro paulo de Oliveira.

Fotos:Google pequisa.

domingo, 23 de junho de 2013

PROTESTOS PELO BRASIL – PREPARAÇÃO PARA UM NOVO GOLPE DE ESTADO?


O Brasil é um país de múltiplas faces. Disso ninguém tem dúvidas. Comecemos uma viagem pela região Norte onde estão os estados do Acre, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá e Amazonas, e pelo Centro Oeste nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Nessas regiões ocorrem os maiores conflitos pela posse da terra e perpetua-se uma guerra de séculos entre índios, posseiros e grileiros. Para que entendamos melhor essa disputa, temos que ter consciência de que os índios são os verdadeiros donos da terra. Já estavam morando nela como parte integrante do ecossistema. Isso mesmo! O índio, na sua condição natural, faz parte do ecossistema preservado; o posseiro é o invasor normalmente pobre e miserável que chega e pensa que a terra onde moram os índios é lugar de ninguém e constrói, com outros iguais, comunidades arrastadas e sem as mínimas condições de saneamento básico; e o grileiro, última ponta do processo de invasão ilegal de terras, é aquele que aparece com um monte de jagunços, tem nas mãos uma escritura lavrada em cartório, invade a terra, desmata tudo, forma pasto onde antes era floresta, passa a criar gado e manda matar quem atravessa seu caminho. Em pouco tempo, o grileiro torna-se um homem poderoso, abastado e capaz de comprar até as autoridades locais.

Noutra ponta do Brasil, temos quase todo o Nordeste brasileiro, incluindo o Norte de Minas e o Vale do Jequitinhonha. No nordeste, incluindo a Bahia, Pernambuco e Ceará, encontra-se, talvez, o mais extraordinário complexo litoral do mundo. São praias paradisíacas, paisagens que deslumbram os olhos dos turistas do mundo inteiro. Salvador, a capital de Bahia, é conhecida no mundo inteiro pelo seu povo alegre e pelo seu patrimônio arquitetônico preservado. No entanto, em todo o nordeste brasileiro, em contraste com todas essas belezas, existe uma pobreza renitente, ardente e profunda diante de uma seca interminável e de uma distribuição de renda vergonhosa. O nordeste brasileiro é a região do país que mais exporta meninas para a prostituição nacional e internacional. Essa mesma realidade miserável encontramos no Norte de Minas Gerais e no Vale do Jequitinhonha.

Finalmente, destacamos a Região Sudeste que produz quase toda a riqueza do Brasil. A razão dessa região ter se desenvolvido mais do que as outras é o cerne da questão. Foi na região sudeste que os portugueses, nossos colonizadores, se concentraram mais em busca de riqueza (ouro, diamante, madeiras de lei). A terra no sudeste era, também, mais fértil. Por fim, foi a região escolhida pelos demais imigrantes europeus, entre eles alemães e italianos, para se instalarem. Essa gente tinha ideais diferentes dos portugueses que formavam comunidades com o intuito de levar as riquezas do Brasil. Os alemães e italianos vieram para ficar e trouxeram seus conhecimentos. Houve, assim, um desenvolvimento rápido da região Sudeste, enquanto as demais regiões permaneciam esquecidas e pobres. Os pobres dessas outras regiões começaram a migrar para o sudeste com o sonho de melhorarem de vida. Desprezados, formaram os guetos (favelas). Como em todo o Brasil colônia, a principal mão de obra foi a escrava e negra. No início do século XX a pobreza explodiu, as favelas se multiplicaram e se tornaram o que é hoje. Quase 100% dos habitantes das favelas é de gente humilde e trabalhadora. No entanto, por serem regiões esquecidas pelas autoridades, áreas de invasões, o crime organizado se instalou e formou quartéis generais.

Até o ano de 1822 todos sabem que o Brasil foi colônia de Portugal. A partir desta data tornou-se mais ou menos independente, sendo governado pelo monarca D. Pedro I que era manipulado pelos aristocratas da época, influenciados, principalmente, pelos ingleses e por uma casta que começava e nascer nos Estados Unidos da América que, também, era cria dos ingleses. D. Pedro, com a morte de D. João VI, resolve assumir o trono em Portugal e deixa uma junta governando o Brasil e preparando seu filho Pedro assumir o trono. Convulsões sociais que preconizavam a implantação da república no Brasil, em moda na época por conta da Revolução Francesa e independência dos Estados Unidos, obrigaram os tutores do Pequeno Príncipe Pedro a torná-lo adulto precocemente. Havia uma constituição no Brasil naquela época, deixada por D. Pedro I, e ela sequer foi respeitada para colocar seu filho no poder como D. Pedro II. Na verdade colocaram um menino de 14 anos como príncipe regente do Brasil e quem governava era uma junta liderada pelos irmãos Andradas de São Paulo, os mesmos que convenceram D. Pedro I a romper com Portugal. (não houver grito de independência às margens do Rio Ipiranga como consta do quadro de Pedro Américo. Essa é uma grande mentira histórica). D. Pedro, contudo, tornou-se adulto, casou-se e acabou por impor, mesmo a contragosto, sua personalidade no governo do Brasil. Era um nacionalista e sonhava com um país grandioso. No entanto, entre 1888 e 1889, o Brasil entrou em crise, como resultado de um colapso na Europa e turbulências nos Estados Unidos. Mesmo assim, possuía uma frota naval respeitada, uma malha ferroviária como poucos outros países do Primeiro Mundo possuíam, sua indústria começava a se desenvolver de forma independente e havia liberdade em todos os sentidos. D. Pedro, como monarca, incentivava os estudos dos brasileiros e o desenvolvimento cultural do país. Mesmo assim, foi traído por Marechal Deodoro da Fonseca - que era seu amigo íntimo - que concordou em dar o primeiro golpe militar da história do Brasil. O golpe foi apoiado tanto pelos Estados Unidos quanto pela Inglaterra.

A partir da queda da monarquia no Brasil, outros golpes de estado foram perpetrados, com destaque para o Estado Novo (ditadura Vargas) que durou de 1930 a 1945 e a ditadura militar (golpe de 1964) que durou, praticamente, de 1964 a 1984. Todos esses períodos de ditaduras foram tenebrosos, com perseguições, prisões, deportações e assassinatos de opositores dos regimes. Todos os golpes de estados foram aplicados baseados em convulsões sociais com a desculpa de que foram necessários para restaurar a ordem social e política. Contudo, essa desculpa não passou, sempre, de mentira esfarrapada. Tanto é que, examinando a história mais recente, vemos que nos meses que antecederam ao golpe de 1964, o Brasil estava tomado por protestos semelhantes aos que ocorrem no momento. Eram protestos justos, pois o Brasil estava precisando de reformas sociais e políticas urgentes. O Presidente da república era João Goulart e ele estava pronto para fazer as reformas que o povo clamava. Os políticos reacionários de plantão, “com medo das reformas”, apoiados abertamente pelos Estados Unidos, convenceram os Militares a tomarem o poder pelas armas com o pretexto de impor a ordem e destituir um governo sem autoridade. Deu no que deu. Os militares gostaram do negócio, como cachorros bravos, não largaram o osso apoiados pelos norte-americanos e impuseram um período negro, matando e perseguindo os opositores indiscriminadamente por 20 anos.

Dizem alguns pessimistas que o que está acontecendo, com os protestos espalhando-se, é a preparação para um novo golpe de estado no Brasil. Não acredito. Nos idos de 1963 e 1964 havia uma tendência mundial para a implantação das ditaduras, por conta da Guerra Fria entre a temida União Soviética e os Estados Unidos da América. Ambas as potência disputavam a hegemonia do mundo e tinham interesses econômicos em regiões específicas com multinacionais funcionando e a exploração de recursos naturais. Hoje, a União Soviética não existe mais; a guerra fria é coisa do passado; e os Estados Unidos disputam o seu poderio econômico com a China. A Rússia, como potência bélica, não impõe mais medo e nem tem interesse em aterrorizar o Ocidente. Os bichos papão, hoje, são os radicais islâmicos que lutam contra os judeus tiram o sono dos norte-americanos.

Os protestos, tal qual estão ocorrendo no Brasil, estão sendo usados, descaradamente, por grupos radicais de direita como forma de vandalizar e tentar desmoralizar a democracia. Esses grupos já foram detectados. É parte dos skinheads, dos neonazistas, de grupos de bandidos ligados ao tráfico e de desocupados que gostam de ver o circo pegar fogo. A prova maior é que a maioria dos vândalos esconde o rosto durante as passeatas. O grosso da multidão que está indo às ruas protestar é formado por jovens estudantes, trabalhadores e cidadãos que reclamam pela forma como se está gastando o dinheiro recebido através dos impostos.


Os movimentos espalhados pelo Brasil, tal como na Turquia, diferente do que ocorreu no Egito e na Líbia que lutavam contra ditaduras cruéis, mostra a insatisfação do povo perante os políticos que ele próprio escolheu e lhes dá um recado contundente: “O PAÍS É NOSSO E ESTAMOS CONSCIENTES DOS NOSSOS DIREITOS.”.

Texto de Autoria de Pedro Paulo de Oliveira.


sexta-feira, 21 de junho de 2013

GRITO POR ANDRELÂNDIA - O PROTESTO DA JUVENTUDE - VANGUARDA E CORAGEM


Ontem, por volta das 18 horas, um documento intitulado "GRITO POR ANDRELÂNDIA" começou a ser espalhado na cidade. Em pouco mais de meia hora, um grupo de jovens, portando cartazes de protestos e repetindo exigências contidas no documento, tomaram as ruas descendo do Bairro Santos Dumont, parando um tempo na Avenida Getúlio Vargas, Altura da Igreja Matriz e finalizou com um concentração na Praça Gabriel Ribeiro Salgado em frente ao "Obelisco do Centenário de Andrelândia" . Foi muito interessante os jovens escolherem esse local para se concentrarem, pelo que ele representa na história política de Andrelândia, como um símbolo, inaugurado no ano de 1966.

Pelas fotos dá para se ter uma ideia de que o movimento não tem caráter político/partidário.Da mesma forma que em todas as partes do Brasil (ontem o protesto se espalhou par mais de 90 cidades brasileiras)a maioria do movimento foi composta por jovens que reivindicam mais transparência nos gastos públicos; apoio ao esporte, educação e turismo; mais agilidade nas obras públicas; trasporte gratuito para estudantes; entre tantos outros.

Não foi possível ao Redator verificar se havia uma liderança específica que motivou o protesto. O que deu para perceber é que já existe uma página no Facebook que é administrada pelo jovem IGOR NOGUEIRA. Contudo, pudemos verificar, no local dos protestos, outras lideranças, tais como: Paulo César Cabeleireiro, Edvaldo Silva, Kátia Fernandes e Vanda Maria. No entanto, destaco que o que pude perceber no movimento de protesto "GRITO POR ANDRELÂNDIA" é que ele nasceu de forma natural, como um anseio da juventude e a PRINCIPAL BANDEIRA DELES É A BANDEIRA DO BRASIL!

O mais importante do movimento "GRITO POR ANDRELÂNDIA" é que ele está ganhando forças e nova manifestação está marcada para hoje. Segundo informou-me a Vanda Maria, presidente da Associação de Moradores do Bairro Areão, hoje haverá outra manifestação e outras ocorrerão até terça-feira em frente à Câmara Municipal. Vale, ainda, destacar que o o movimento de protesto de Andrelândia está na vanguarda das pequenas cidades e mostra que a juventude, seja em que lugar do mundo estiver, é a artífice das grandes revoluções.

Importante destacar que a manifestação ocorreu de forma pacífica e ordeira. A Polícia Militar acompanhou de longe sem precisar interferir em momento nenhum.

Texto de autoria de Pedro Paulo de Oliveira
Fotos do álbum de Igor Nogueira

segunda-feira, 17 de junho de 2013

PROTESTOS PELO BRASIL – O MOTIVO OCULTO


Comentar um assunto onde as paixões estão inflamadas e opiniões divergem e convergem em várias direções é muito complicado. É exatamente o caso dos protestos que nasceram em São Paulo contra um anunciado aumento de tarifa do transporte urbano, no caso da capital paulista, de R$0,20. Com certeza o protesto é justo diante da situação de caos do transporte brasileiro. Uma ressalva para o transporte no estado de São Paulo que é dos melhores do país, segundo dados do IBGE. Outro fator que leva indignação aso brasileiros é a farra da gastança nos estádios para receber a Copa das Confederações (já em acontecimento); para as Olimpíadas e para a Copa do Mundo. Certamente, será uma honra para o Brasil receber esses eventos que, além do mais, trarão divisas para o nosso país, pois o tornará mais conhecido e respeitado no mundo se fizer tudo direitinho, organizado e bonito. O contrário, contudo, pode estragar a nossa imagem, já bastante arranhada, no exterior.

Os protestos, legítimos numa democracia e, nos meus tempos de estudante em Volta Redonda, lá pelos idos de 1978, em plena ditadura militar, era eu membro filiado às forças de esquerda, na ocasião do nascimento do Partido dos Trabalhadores, Internacional Socialista e estava ao Lado de Juarez Antunes, Cida Diogo, Ernesto Braga, Sidney da Medicina e Nilo Sérgio; participamos de muitos protestos na Vila Santa Cecília e nas portas da Companhia Siderúrgica Nacional - CSN. Naquele tempo a coisa era bem pior. Quem agia contra os manifestantes era a Polícia do Exército e o famigerado Departamento De Polícia Social – DOPS. Muitas vezes tivemos que correr da polícia e nos esconder debaixo de viadutos e construções abandonadas. Quem era pego, sofria torturas, era enquadrado na Lei de Segurança Nacional como terrorista e, muitas das vezes, era morto ou aleijado pelos carrascos. Foi assim com o Sidney da Medicina que ajudou a liderar a Greve dos 50 dias dos Estudantes em Volta Redonda pelo passe livre no transporte urbano. Foi preso e torturado.

No entanto, o que havia por trás da greve e dos protestos naquele tempo? Nossa intenção era desmoralizar o governo vigente, no caso um prefeito general e biônico, um governador Biônico e um presidente militar e, de certa forma, também biônico, pois fazia parte de uma junta de generais que governava o Brasil de forma déspota. Contudo, existia uma grande diferença daqueles protestos para os dos dias de hoje. Atualmente, estamos vivendo numa democracia, podemos falar livremente, as minorias podem lutar pelos seus direitos e serem ouvidas e o governo que está aí, queiram alguns ou não, foi eleito democraticamente.

Vale a pena lembrar a ascensão e queda do Governo Collor. A mídia da época, durante a campanha eleitoral, colocou Fernando Collor como o salvador da pátria, o “caçador de marajás”. Deu no que deu. Collor se mostrou temperamental, desobediente com relação ao grupo até então no poder e liderado pelo PMDB e, por fim, confiou em demasia no seu tesoureiro de campanha, Paulo César Faria que fez um monte de besteiras. A mesma mídia que elegeu Collor como Presidente, orquestrou uma campanha para desmoralizá-lo e colocou nas ruas os “Caras Pintadas”, a juventude corajosa e sempre pronta para defender os ideais de justiça e a nossa pátria. Muitos daqueles jovens, contudo, entre 15 e 21 anos, mal sabiam a razão dos protestos, não conheciam a história daquelas eleições e mal sabiam o que realmente Fernando Collor, Pedro Collor – seu irmão – e PC Faria tinham feito de tão grave. Collor foi casado, PC Farias foi morto, Pedro Collor também morreu e o país foi entregue para Itamar Franco que governou com mão de ferro e passou muito aperto diante das pressões dos grupos do poder. Mas, isso é outra história que poderemos contar noutro artigo.

Até agora, foram relembrados alguns protestos durante a história do nosso país. Protestos esses que culminaram com a desmoralização e queda de governos. Dezenas de outros protestos que ocorreram no Brasil e mudaram a sua história poderiam, também, ser enumerados. No entanto, foram relembrados os dois contemporâneos e que provocaram a queda da ditadura militar e do Governo Collor.

Dos protestos em São Paulo, legítimos como já foi dito, houve até uma espécie de sintonia com a onda de violência e protestos ocorridos na Turquia. A diferença é que lá o país está completamente quebrado, dependendo de ajuda do bloco europeu, com o desemprego em alta e as leis deles são bem diferentes das nossas quando se trata de distúrbios sociais. São leis duras e podem, a qualquer momento, entrar em regime de exceção. Essa sintonia, propalada pela grande imprensa, partiu de redes sociais através de brasileiros que moram na Europa.

Falando em redes sociais é bom sabermos, e já foi dito neste blog, que o mundo passa por um momento único na sua história. As revoluções contemporâneas não dependem mais de grandes líderes para comandá-las. Elas ocorrem nos bastidores e são orquestradas por grupos determinados, nascem de pequenos protestos, ganham as graças da mídia e se espalha através das redes sociais. O que se precisa entender, no entanto, é que, para que elas ocorram, uma mensagem, uma bandeira tem que ser criada. Assim, foi no Egito recentemente com a queda do regime de Mubarak; assim foi na Líbia com a queda de Kadafi. A mensagem se propalou como tempestade pelas redes sociais. Contudo, é necessário que compreendamos que lá existiam ditaduras longas e cruéis.

No Brasil existe ditadura? Não. O Brasil está passando por uma crise semelhante à que vários países da Europa estão passando, entre eles a Turquia? Claro que não. No Brasil a taxa de desemprego ultrapassa a casa dos dois dígitos? Não. O Brasil é chefiado por um governo cruel e déspota? Não. Bem, o governo que está aí foi eleito democraticamente e é isso que precisamos entender. Claro que podemos e devemos protestar contra a corrupção e reclamar com veemência contra o dinheiro público ser gasto em estádios de futebol, enquanto a educação e a saude precisam de socorro.

Ao que tudo indica, estão orquestrando protestos violentos contra o governo central do Brasil, ou seja, contra a Presidente Dilma. Brasília está sendo, neste instante, palco de violentos protestos. Não é uma boa coisa essa forma de protestar. Parece que tem gente se iludindo com o canto da sereia. Uma coisa é certa: quem está verdadeiramente por trás da organização desses protestos tem interesses políticos, é gente grande que vai mostrar a cara nas eleições do ano que vem.

Vamos protestar, sim, reivindicar direitos, sair às ruas e pedir o fim da corrupção na política. Mas, vamos entender que não vale a pena entrar no jogo de gente que luta pelo poder, simplesmente por que está nele infiltrado faz muito tempo.

A despeito ou não da legalidade e do direito de protestar numa democracia, seria interessante estudar as pessoas que verdadeiramente estão por trás desses movimentos espalhados pelas ruas das capitais brasileiras. Parece que há muito “oba, oba” em torno dos verdadeiros ideais de protestos. Tal como na era Collor, usam a juventude como arma.

Que se façam as mudanças necessárias para que o Brasil seja um país verdadeiramente sério e a população deve cobrar isso do governo de todas as formas. Mas, não é impedindo os gastos na renovação dos estádios, dos aeroportos, portos, estradas e serviços de telefonia, que é o que se está em jogo para os próximos anos com o advento das olimpíadas e copa do mundo, que se acabará com a corrupção. A corrupção é, também, nossa culpa, a partir do momento em que elegemos safados, desclassificados e bandidos para comporem o congresso nacional. O grande câncer do Brasil está verdadeiramente no Poder Legislativo. Quando tivermos consciência e dermos um “não” para deputados, senadores e vereadores desclassificados, o Brasil será um grande país.

Texto de autoria de Pedro Paulo de Oliveira

As fotos são de Nelson Antoine/Estadão Conteúdo/Nelson Antoine/Estadão Conteúdo

Sugestões e comentários devem ser enviados para:

pedropaullo.p@gmail.com

sexta-feira, 14 de junho de 2013

A DEMOCRACIA, OS ÍNDIOS, OS GAYS, AS LÉSBICAS, OS TRAVESTIS, OS TRANSFORMISTAS E OUTROS TANTOS GRUPOS SOCIAIS...


O mundo se transformou, uns dizem que para melhor, outros afirmam que para pior. No entanto, tudo é uma questão de opinião, visão de uns que olham para sociedade com o seu dinamismo e vê a evolução tecnológica como um meio e não como um fim e vice-versa para outros. A tecnologia, no entanto, deveria ser apenas um fim para que o ser humano pudesse ter melhores condições de vida. Contudo, tem sido mais um meio para aumentar a pobreza e as desgraças, na medida em que poucos, no máximo 5% da população mundial, detêm 90% das riquezas do planeta. Essa disparidade é algo novo, inerente ao século XX e XXI? Claro que não. As desigualdades sociais sempre existiram. Na Europa da Idade Média os ricos e poderosos eram a minoria e a maioria era uma massa humana que ficava à margem, constantemente atacada por pestes, fome, intolerância religiosa e atrocidades diversas. Aqueles tempos eram bem mais tenebrosos.

Gregos e Romanos praticamente inventaram, juntos, a república e a democracia. Essas duas formas de governar, que sempre andaram paralelas, passaram por diversos períodos de terror, sendo banidas na já referida Idade Média em quase toda Europa pelo poder uno dos reis e pela ditadura da Igreja Católica. Para os gregos e romanos o homem (homem no sentido masculino mesmo) era o centro do universo. O império Romano, contudo, para sobreviver, aderiu ao Catolicismo por imposição do imperador Constantino e o Deus de Jesus Cristo passou a ser o centro do Universo desde de então.

Nada no mundo, desde que Constantino teve a sua famosa visão da cruz, foi o mesmo. surgia uma igreja poderosa e que disputava o poder temporal com reis e rainhas, formou as cruzadas, um exército de guardiões das suas riquezas chamados de Templários e inventou a Inquisição para matar aqueles que ousavam contradizê-la. Foi uma época de muita crueldade e é bom que aqueles que reclamam dos crimes de hoje tenham uma ideia desse tempo de terror no mundo.

Da inquisição até os tempos modernos, o ser humano evoluiu social e tecnologicamente. Duas coisas, porém, permaneceram intocáveis: A REPÚBLICA E A DEMOCRACIA. A DEMOCRACIA, COMO UMA INVENÇÃO SÓCIO-POLÍTICA, É A VONTADE DA MAIORIA EM DETRIMENTO DOS DIREITOS DAS MINORIAS. No sentido de uma conta social, a democracia está certa, pois as minorias, juntas, formam a maioria. É a forma mais eficiente de se governar um povo.

As desigualdades continuam? Claro que sim. E vão continuar enquanto o mundo existir e o ser humano for o seu dono. Quem está no poder busca a riqueza e os mais afortunados e espertos constroem impérios que produzirão bens para a grande maioria consumir. É assim que funciona a civilização desde que o ser humano começou, ainda na idade da pedra, a guardar seus alimentos para sobreviver ao frio e às tempestades.

Mas então, quem são as minorias? Ora, são os índios, os gays, as lésbicas, os doentes mentais, os aleijados, os idosos, os especiais, entre outros. O que não se pode mais admitir como minoria em um país multirracial como o brasil, são os negros. A população negra no Brasil, soma, hoje, quase a metade do nosso povo.

Então, não adianta alguns radicais espernearem dizendo que é um absurdo o que está acontecendo com os tribunais quando eles impõem, através de normas, direitos aos casais do mesmo sexo de contraírem matrimônio, constituírem família, adotarem filhos e poderem se expressar espontaneamente em público. Quem não estiver satisfeito de viver numa democracia que protege os direitos das minorias que, graças a Deus, no Brasil, acontece, que procure uma ditadura, de preferência bem cruel.

Os casais homoafetivos no Brasil, nesses últimos tempos, avançaram muito nos seus direitos. A justiça tem ouvido seus clamores. Outra minoria que quase foi dizimada, foram os índios. Sobreviveram e, hoje, lutam por seus direitos e os têm conseguido a duras penas.

Assim, vamos evoluindo, no Brasil, e muito lentamente.Mas, não pensem os incautos que não existe miséria e desigualdade social, por exemplo, nos Estados Unidos. A desigualdade social é inerente à humanidade. Eles - norte-americanos - passam uma imagem de "SONHO AMERICANO". Mas esse negócio é um engodo para que compremos mais e mais seus produtos. É puro marketing. A desigualdade social por lá é tão gritante quanto por cá. A grande riqueza dos Estados Unidos está nas mãos de pouco mais do que 4% da sua população. A classe média deles, tão decantada nos tempos de glórias e de explosão imobiliária pelos bancos, está quebrada e perdendo suas casas, todas penhoradas para garantir dívidas impagáveis. Os índios por lá, se ainda existem, já perderam suas identidades. O exército norte-americano foi o que mais dizimou índio na face da terra com a desculpa de desbravar o oeste; os negros, por lá, se têm direitos hoje, foi a custa de muita luta e perseguições da Ku Klux Klan que incendiava as casas dos negros e os matavam covardemente.

Da crise financeira na Europa, não precisa nem dar explicação, pois as notícias chegam a todo momento através dos telejornais mostrando países endividados, taxas de desemprego nas alturas e protestos por todos os lados.

A questão das minorias nesses países ditos desenvolvidos é ainda mais gritante do que no Brasil. Por lá as minorias vivem literalmente em guetos, trabalham em subempregos e têm seus direitos inalienáveis desrespeitados a todo momento. Se for latino-americano, então, é um Deus nos acuda. Somos sub-raça por lá.

Lógico que há discriminação por aqui e muito ainda terá que ser feito melhorar a nossa legislação complementar e ordinária, e a consciência social no cumprimento de normas simples de convívio das diferenças. O fato do índio ter uma cultura própria e gostar de andar pelado, não quer dizer que ele não seja humano e não tenha direitos dentro do estado de direito; e a questão das escolha sexual, onde alguns gostam do mesmo sexo, não os colocam como depravados e débeis mentais. As diferenças existem, tal como existem as cores, para que a sociedade aprenda que a vida na terra é feita de multiplicidade.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

ANDRELÂNDIA, SUAS PRAÇAS, SEUS JARDINS E SUAS ÁRVORES COM AS SUAS SOMBRAS BENFAZEJAS.



Andrelândia é muito conhecida pelos seus monumentos, obras de arte, pela sua arquitetura colonial, sua história e pelas suas praças, jardins e árvores nas ruas. Claro que por inadvertência, desconhecimento e, às vezes, maldade, muitos dos seus monumentos foram destruídos; por interesse comercial e residencial ,muitas das suas obras arquitetônicas foram demolidas e nos seus lugares foram erguidos prédios modernos; e a maioria das suas obras de arte estão espalhadas não sabe onde.

Mas, e as suas praças e jardins? Estão nos seus lugares, ao que tudo nos indica os os olhos da população. Estão intactas ou restauradas como deveria ser com obras arquitetônicas? Bom, essa é outra conversa. Não estão. Basta fazer uma uma análise começando pela Praça do Cristo: Ela foi construída pelo Prefeito Dr. Walter Otacílio Silva na década de 80 do século passado, ou seja, há mais de 30 anos, respeitando o espaço já existente em torno do monumento e, de lá para cá, recebeu melhoramentos, sem, contudo, danificar sua estrutura e projeto original; Praça da Igreja do Rosário: nasceu naturalmente no entorno da igreja de mesmo nome e foi restaurada pelo prefeito Francisco Carlos Rivelli – Cacau na primeira década deste século; Praça Manoel Teodoro: Essa praça nasceu naturalmente para dividir as duas ruas de acesso ao Bairro do Rosário e foi reprojetada pelo Prefeito José Fernandes quando do calçamento dessas ruas, arborizando-a com árvores nativas (ipês, etc.) tendo em vista a posição do terreno que recebe excesso de luz solar durante todo o dia. No entanto, foi reformada e a maioria das suas árvores foi cortada, recebendo, no lugar, arbustos, flores e um relógio floral melhor visível de avião; Praça Gabriel Ribeiro Salgado: Obra do Prefeito José Fernandes para comemorar o centenário de Andrelândia em 1966, foi toda restaurada e o trabalho ficou elogiável em parte, tendo em vista que os jardins foram fechados, e o relógio e as letras de bronze não foram recolocados até a presente data; Avenida Nossa Senhora do Porto da Eterna Salvação com as suas praças e jardins: todos restaurados durante a administração do Prefeito Francisco Carlos Rivelli, sem, contudo alterar suas estruturas. Praça Visconde de Arantes: Foi feito um belíssimo trabalho de Restauração, assinado pelo arquiteto Tadeu de Andrade, durante a gestão do Prefeito Francisco Carlos Rivelli, respeitando todas as árvores existentes, sem sacrificar nenhuma delas; Praça dos Expedicionários: está há mais de 4 anos sendo restaurada, juntamente com a estação ferroviária e todas as suas árvores foram cortadas. Uma feiura para quem tinha naquele lugar as melhores lembranças de quem chegava ou partia de Andrelândia nos trens ferroviários.

Outra ação importante e gritante aos andrelandenses e visitantes refere-se aos cortes de árvores nas ruas. Árvores cinquentenárias foram cortadas nas proximidades do Fórum da Comarca de Andrelândia sob o pretexto de que geravam perigo, sendo que apenas uma delas parecia estar condenada. Eram árvores frondosas, resistentes e que se mantinham com folhas durante o ano inteiro. A paisagem ficou órfã naquele logradouro.

Esta semana a população de Andrelândia foi surpreendida com a retirada do caramanchão do jardim em frente à Igreja Mariz e ao lado do solar do Barão de Cabo Verde. A história daquele caramanchão remonta há quase um século. Era, inicialmente, montado numa estrutura de ferro, acompanhando o banco em forma de s e servia para os encontros dos namorados e brincadeiras das crianças. Quem, em Andrelândia, com mais de 50 anos, não brincou ou namorou naqueles bancos? Poucos, com certeza. Durante o governo do Prefeito José Eduardo Cardoso a estrutura de ferro foi trocada por outra de madeira e plantado buganvílias no seu entorno. Isso há 23 anos. Agora, novamente, destroem o caramanchão, lembrança e história de tantos namorados, amigos e folguedos da infância.

Uma placa está fincada na Praça Simplício Dias Nascimento (Praça de São Benedito) com os dizeres de que ela será motivo de obras em breve. Será que deixarão as árvores lá existentes de pé ou a população assistirá, mais uma vez, o corte indiscriminado da vegetação, mostrando que Andrelândia está na contramão da modernidade?

quarta-feira, 12 de junho de 2013

ACABOU A FARSA - VOCÊ ESTÁ, LITERALMENTE SENDO ESPIONADO!





Ainda ontem eu estava pensando no quanto o mundo evoluiu desde que inventaram os computadores e, depois, os conectaram em rede. A partir daí, de um disco que armazenava dados e que era necessário inseri-lo na máquina sempre que a fôssemos usar, surgiram os discos rígidos (HD - abreviação em inglês), os pentes de memórias e a coisa evoluiu para o Windows e veio a internet. Da em internet para ferente nasceram as primeiras redes sociais ainda no século passado, na década de 90.

O Orkut virou febre entre as pessoas e conectou o mundo em tempo real pela primeira vez, tudo isso no final do século XX e até início do século XXI. As fabricantes de aparelhos de telefonia móvel começaram a andar no rastro da evolução da informática e do crescimento vertiginoso das internet e das redes sociais. Novos e modernos aparelhos celulares começaram a surgir, integrando as tecnologias da informática e das redes sociais, e começaram a se transformar em computadores de bolso com câmeras fotográficas, gravadores e tocadores de músicas.

Nomes como os de Bill Gates e Steve Jobes apareceram como os revolucionários do final do século XX e início do século XXI. O primeiro revolucionou os programas de computador, facilitando a vida dos usuários que eram obrigados a comprar programas caríssimos de empresas para que suas máquinas ficassem minimamente acessíveis. Contudo, todo mundo que possuía um computador ficava à mercê do dono do programa que cobrava pela instalação e pela manutenção mensal. O Windows acabou com tudo isso. O segundo transformou as pesadas máquinas que ficavam sobre as as mesas em objetos móveis e eficientes.

O Facebook e o Twitter vieram e, praticamente mataram o Orkut. Só não conseguiram desbancar o Google como o maior buscador mundial.

De olho nesse novo mundo, nessa evolução inevitável, necessária e que nada mais vai interromper, os Estados Unidos começaram a mexer seus pauzinhos e, acostumados a interferir na vida do planeta (quando lhes convém), em 1997 encomendaram dos seus especialistas em tecnologia da informática um programa que pudesse invadir a "Rede Mundial de Computadores" (que nada mais é que a nossa amada internet)e espionar não somente os seus cidadãos, mas o mundo inteiro. Nasceu o PRISM. Esse é um programa de rastreamento cibernético e do qual se sabe pouco na verdade. ele é real e, certamente, está espionando muitos de nós neste instante.

Surge, então, uma pergunta: É correto, em nome da segurança dos Estados Unidos, o Governo de Barak Obama espionar cidadãos do mundo inteiro através das redes de computadores? Ora, quando eles foram, de certa forma, espionados e tiveram as suas falcatruas e desrespeito humanos mostrados ao mundo, em especial quanto à Prisão de Guantánamo, pelo site WIKILEAKS, o fundador do site, Julian Assange passou a ser perseguido , foi pedida a sua extradição para os Estados Unidos para que ele lá fosse julgado e condenado, o que prevalece até hoje. Suas contas foram, ainda, congeladas pelo Banco Suíço, como forma de desestabilizá-lo e ele é considerado um criminoso internacional por vazar informações sigilosas e de segurança.

O soldado norte-americano, Bradley Manning, que passou as informações a Julian Assange está sendo julgado e certamente será condenado à prisão perpétua. O sargento Matthew Hosburgh, especialista em segurança digital, disse ter participado, em 2009, da conferência sobre a sua área, a fim de se atualizar sobre as ameaças em potencial para as redes de informática dos Estados Unidos. É assim que eles agem em prol da sua segurança nacional. Contudo, como o Governo norte-americano conta com o apoio dos grandes conglomerados financeiros do seu país para essa tarefa, outros interesses estão por trás disso: a espionagem industrial e comercial. O Terrorismo é o menor dos males com os quais eles estão preocupados na atualidade, tendo em vista que os países do Oriente Médio estão atolados nas suas guerras, crises políticas e misérias.

George W. Bush e Barak Obama são farinha do mesmo saco. Um começou o programa de espionagem e o outro o aperfeiçoou. Até onde irá toda essa tecnologia de espionagem envolvendo, inclusive, as operadoras das redes sociais mundiais, todas instaladas, também, nos Estados Unidos, ainda não dá para mensurar. No entanto, dá para prever que irá muito longe e fará muito estrago pelo mundo se os países não se precaverem contra essa invasão de privacidade, onde os nossos dados (bancários, pessoais, comerciais, etc)estão sendo analisados por espiões cibernéticos.


Texto de autoria de Pedro Paulo de Oliveira.

terça-feira, 11 de junho de 2013

ESTAMOS TODOS SENDO VIGIADOS PELOS ESTADOS UNIDOS!



Em nome da segurança mundial, o Governo dos Estados unidos, segundo denúncia da própria imprensa deles, há vários anos vem espionando os seus cidadãos, num completo desrespeito à privacidade e ao sigilo de dados. O governo de Barak Obama respondeu que nenhum dado será publicado e nenhuma conversa foi ouvida. Ora, isso é “conversa para boi dormir” como se diria aqui no Brasil. Como é feita esta espionagem é que preocupa. Ela é feita através da internet, nas redes sociais, em sites, blogs, e-mails e outros ambientes virtuais, entre eles o telefone celular.

Várias ONGs norte-americanas se lançaram publicamente contra esse famigerado programa de vigilância virtual do Governo dos Estados Unidos. O The Washington Post revelou que a NASA está por trás de tudo e comanda dois programas que coletam dados através da internet e de telefones. Organizações diversas, entre elas o Greenpeace, montaram um site com o título “Stopwatching.us” que quer dizer “Parem de nos Vigiar. No entanto, Barak Obama defendeu esses programas em nome da segurança dos Estados Unidos.

Os diretores do Mozila, responsável pelo Firefox, já se posicionaram contra essa invasão de privacidade e abrem uma discussão que deve ser levada não só para o povo norte-americano, mas para todos os outros países do planeta.

Em nome da segurança mundial, os Estados Unidos já invadiram muitos países e não pensem os incautos que eles nunca invadiram países aqui na América Latina. Já invadiram quase todas as nações de língua espanhola e a única de língua portuguesa. Como? Indiretamente, apoiando ditaduras de mais de 20 anos e que destruíram a economia e cultura de países como o Brasil, a Argentina, o Chile e o Uruguai. Só para clarear dados históricos, eles apoiaram, durante vários anos, Muamar Kadafi, na Líbia, bem como Sadan Russen, no Iraque. Os Estados Unidos armaram essas ditaduras cruéis durante décadas e, quando elas não mais serviram aos seus propósitos, decidiram que deveriam acabar e os seus antigos parceiros morrer.

O maior problema dos Estados Unidos é que eles se acham donos do mundo; são megalomaníacos; e gostam de guerrear. Só que nesse negócio de invadir países, proteger Israel e apoiar derrubadas de governos, muito orgulho é ferido e muitos povos são humilhados e alijados dos seus direitos e das suas terras. Basta que olhemos hoje o Líbano e o comparemos com o que ele era a 50 anos passados. O Líbano era a Suíça oriental e Beirute a cidade que guardava tesouros da humanidade com uma das maiores rendas per capita do Oriente Médio. Hoje, o Líbano é um país destruído, seu povo se sente humilhado e sabe que os Estados Unidos é o principal responsável pela sua decadência.

Já foi dito por este redator que as revoluções estão sendo feitas através das redes sociais. A grande transformação do mundo, seja o ocidental ou a oriental, está sendo operada de forma virtual. Quando se quer construir ou destruir algum personagem, basta lançar sua imagem com a notícia montada em páginas muito compartilhadas do Facebook, no Twitter, nas capas do Yahoo, do msn, e tantas outras redes sociais, às quais os grandes jornais aderiram para não perderem espaço. A notícia, hoje, é rápida e virtual. Ela anda até através de mensagens pelos telefones celulares e provocam estragos ou constroem carreiras instantâneas.

Só para se ter uma ideia do poder de fogo dos Estados Unidos neste mundo virtual, basta sabermos que soldados virtuais, guerreiros cibernéticos. Seus especialistas em programas de computadores e vidas virtuais criaram, recentemente, um vírus chamado Stuxnet, que foi utilizado para tirar de funcionamento diversas usinas de tratamento de urânio do Irã, por conta da suspeita de que esse país estaria fabricando a bomba atômica. Outra coisa perigosa e relevante nesta guerra cibernética é que o governo dos Estados Unidos tem o apoio das grandes empresas do seu país que buscam defender seus interesses e roubar informações privilegiadas de outros países, em especial da china e países emergentes, como o Brasil. NO ENTANTO, A DISPUTA COM A CHINA, SEGUNDA MAIOR ECONOMIA DO GLOBO, É APENAS O PANO DE FUNDO DE UMA NOVA ERA QUE ESTÁ APENAS COMEÇANDO E QUE OS ESTADOS UNIDOS ESTÃO SE POSICIONANDO PARA CONTINUAR NA VANGUARDA.

Mas, o assunto é a espionagem, feita pelos Estados Unidos, através de dados dos usuários da internet. É neste contexto que entra toda a questão descrita nos três últimos parágrafos acima. OS ESTADOS UNIDOS ESTÃO INVADINDO, TAMBÉM, DADOS DOS USUÁRIOS DE INTERNET DO BRASIL E DE TODOS OS DEMAIS PAÍSES QUE ELES ACHAM NECESSÁRIO. Ou será que vamos acreditar que em nome da segurança (esse é sempre o mesmo pretexto para eles serem colonizadores) do povo norte-americano a NASA e a CIA não estão espionando nossos dados? Claro que estão. Já fizeram isso antes, de outras maneiras, e não será agora que eles irão nos respeitar. Não respeitam a privacidade dos seus próprios cidadãos. Irão respeitar a nossa?


Texto de Pedro Paulo de Oliveira




segunda-feira, 10 de junho de 2013

SOU BRASILEIRO – QUERO INDIGNAR-ME


Como eu já disse em outra publicação, não sou afeito a escrever textos jornalísticos na primeira pessoa. Contudo, neste instante, sou obrigado a redigir nesta forma pessoal. Sim, sou brasileiro e quero indignar-me. Estou cansado de assistir, ler e ouvir sobre as tragédias que assolam o meu país. Diariamente vejo que as pessoas de bem não são respeitadas. Quando digo as pessoas de bem, estou falando daqueles brasileiros e brasileiras, trabalhadores e trabalhadoras que saem das suas casas diariamente pela manhã para a labuta diária, seja em empregos, ou seja, em pequenos negócios.

Duas coisas me deixaram indignados hoje. Uma delas foi assistir pela televisão à cena de um assalto onde dois jovens entraram numa pizzaria e mataram covardemente o dono e o seu sobrinho para levar alguns míseros reais da féria do dia. O dono da pizzaria estava do outro lado do balcão, não mostrou resistência, entregou o dinheiro e, mesmo assim, foi alvejado. Seu sobrinho, que trabalhava com ele, vendo a cena covarde, tentou impedir o assassinato e foi, também, atingido por vários disparos. O dono do comércio morreu no local e o seu sobrinho ainda foi levado com vida para o hospital, aonde veio a falecer.

Outro fato me deixou também indignado e já foi motivo de protestos no Facebook. Uma criança recém-nascida com problemas cardíacos congênitos estava internada no Hospital Municipal e Andrelândia - MG, no sul de Minas - cidade pequena e carente de recursos -, aguardando vaga para ser internada no único centro de atendimento cardiológico infantil para esses casos no Estado de Minas Gerais. Esperou por vários dias até não suportar mais e morreu. Morreu por falta de atendimento e porque o estado não cumpriu com a sua obrigação de dar atendimento à saude e preservar a vida. Foi, também, um ato covarde do estado. Quando digo estado, estou falando do Brasil como um todo, onde se insere, inclusive, Minas Gerais. E não me venham dizer que foi Deus quem quis a morte dessa criança. Conversa fiada para amenizar a dor de uma mãe e de uma família enlutadas. É assim que o estado age, esquivando-se da sua obrigação de defender a vida e a dignidade humanas, direitos fundamentais inscritos na nossa Constituição Federal de 1988.

O mais cruel nesta conjuntura toda é que quando um cidadão comum deixa de cumprir seus deveres para com estado, em especial quanto ao pagamento de impostos, entre eles uma vida inteira de contribuição ao INSS, pagamentos de DEPVAT, SEGURO OBRIGÁTORIO, IMPOSTO DE RENDA, ICMS E OUTROS TANTOS, ele é processado e, mesmo se estiver impossibilitado de pagar por razões de saude, quebradeira e outras tantas dificuldades financeiras que chefes de famílias e pequenos empresários passam, continuará na ira da justiça e sendo perseguido pelos procuradores do estado como se fosse um criminoso, impedido de exercer muitas atividades. No entanto, quando o estado deixa de cumprir seus deveres mínimos, para o qual é pago com dinheiro dos contribuintes, e o cidadão lesado o processa, ele continua intocável, gigante, poderoso e o processo contra ele se arrastará por anos a fio nas raias da justiça sem uma solução. Na maioria das vezes, o cidadão morre sem ver um resultado a seu favor.

O cidadão comum, honesto e trabalhador, infeliz na sua labuta diária, com medo de ser morto por um desgraçado qualquer, na maioria das vezes não sabe nem a quem reclamar. Ele pode até ir ao Ministério Público abarrotado de processos ou procurar a assistência gratuita de um advogado pago “ironicamente pelo estado” e que, quase sempre, não se interessará pelo seu caso, dando prioridade para aqueles “clientes” que o pagarão honorários melhores. Então, nós cidadãos brasileiros, regidos pela constituição de 1988, tutelados pela lei (falando em lei, já repararam como temos medo da policia – militar ou civil – quando somos abordados?) permanecemos à margem de direitos universais que são os direitos à Liberdade (arrancada de nós pela insegurança), à saude (negado pela falta de atendimento nos hospitais) e à educação (escolas sem estruturas e professores despreparados). Eu poderia continuar falando de tantos outros direitos que alijaram de nós. Mas, se esses citados fossem respeitados, certamente abriria caminhos para todos os demais.

Sinto, inclusive, que a maioria das pessoas tem medo de se indignar, como se o estado fosse um padrasto ou uma madrasta cruel, impondo medo na população. O cidadão comum não tem que ter medo da polícia e o estado tem que obrigar os policiais a dar segurança para a população. Não existe humilhação e desgraça maior que chegar numa delegacia ou hospital e ser atendido como se fosse lixo, escória, resto. “Senta aí, espera e não reclama!” Esta frase não pode ser dita por um funcionário público em hipótese alguma para um cidadão de bem que procura atendimento para seus males, seus medos e carências.

Segundo alguns dicionários a “indignação é o sentimento de cólera ou de desprezo excitado por uma afronta, uma ação vergonhosa, uma injustiça frisante e é um direito dos cidadãos numa democracia”. Assim, por tudo que estamos vivendo, sinto-me afrontado pelo estado no momento em que ele deixa de cumprir suas obrigações para com a segurança e a saude dos cidadãos brasileiros, um homem é assassinado covardemente por falta de segurança e uma criança morre sem atendimento médico.

Texto de Autoria de Pedro paulo de Oliveira


sábado, 8 de junho de 2013

PARQUE HALFELD - TODO MUNDO VAI NO PARQUE...


Quem nunca foi no Parque?

Não importa o tempo, tempo longo, tempo curto, tempo passado, tempo presente...

o Parque vai crescendo, renascendo.

Todos são anônimos, todos sonham no Parque, até os velhos, silenciosos e estáticos, estão sonhando no Parque.

O Parque é um imenso jardim, um oásis onde todos se misturam: os mendigos, os jovens, os casais, as crianças e os pássaros. A brisa e a sombra diferenciam-se das sombras dos arranha-céus, que suspiram sufocados. No Parque todos são desocupados e o trânsito passa despercebido.

O Parque se abre e finda na rua e a Igreja, ao longe, o olha, impávida, com a certeza de que só ela é eterna.

Em torno de um pequeno caixote os jogadores de dama fazem algazarra, o perdedor argumenta que a derrota foi indevida, descuidou-se; o velho aposentado namora um cartão de loteria, enquanto os pombos sem vergonhas circulam em volta de seus pés; a prostituta desdentada, trajando um vestido vermelho com um longo corte no meio, mostra as pernas grossas e senta-se no banco segurando uma rosa; uma cigarra solitária canta voluptuosa; e a folhagem se dobra com a brisa.

Na calçada, os homens se misturam e se espremem em frente à banca de jornais que expõe as manchetes do dia anterior.

A fonte esguicha e borbulha a moça olha a água, misturando o brilho dos seus olhos ao colorido do Parque. Os seus cabelos castanhos caem sobre as bochechas rosadas, tocando os lábios vermelhos. Seu corpo se movimenta em cadência e sua boca se abre quando se aproxima dela um corpo viril, de olhos grandes e negros, e ela sente um toque mágico na cintura. Tudo, então, se transforma no Parque Halfeld.

Pedro Paulo de Oliveira
Direitos Autorais



NAYRA E O CHAVELHO DE ESPINHOS NA FAIXA DE GAZA

" Esses pequeninos, cheios de sonhos, sonhos que embalam o mundo, distantes das       ambições e da crueldade dos homens e mulheres que...