NO DIA DIA 18 DE JULHO DE 1967, NUMA BELA MANHA DE CÉU MUITO AZUL, O MARECHAL CASTELLO BRANCO E EX-PRESIDENTE DITADOR DO BRASIL DEIXOU A FAZENDA DA SUA AMIGA RACHEL DE QUEIROZ, EM QUIXADÁ, ESTADO DO CEARÁ, RUMO A FORTALEZA. O AVIÃO ERA UM BIMOTOR AZTEC CEDIDO PELO GOVERNO DO CEARÁ. A BORDO, A ESCRITORA ALBA FROTA, O IRMÃO DO MARECHAL, CÂNDIDO CASTELLO BRANCO, O MAJOR MANOEL NEPOMUCENO, O COMANDANTE CELSO TINOCO E O COPILOTO CELSO CHAGAS FILHO DO COMANDANTE.
TRINTA MINUTOS DEPOIS, O AVIÃO QUE LEVAVA CASTELLO BRANCO FOI ATINGIDO POR UM CAÇA E CAIU MATANDO QUASE TODOS OS SEUS OCUPANTES, SOBREVIVENDO APENAS - E POR MILAGRE - O COPILOTO.
O Marechal havia deixado a Presidência da República três meses antes do fatídico dia. Tinha sido pressionado a passar o governo para Costa e Silva - seu desafeto. As diferenças de pensamentos entre o grupo de militares que Castello Branco liderava e os da linha dura liderados Golbery
do Couto e Silva, Médici e Costa e Silva eram claras e quase públicas. Castello Branco era favorável a que o poder fosse devolvido aos civis através de eleições diretas. Contudo os militares da linha dura, influenciados pelo então embaixador dos Estados Unidos Lincoln Gordon e pelo presidente das organizações Globo Roberto Marinho, trabalharam para que a ditadura se solidificasse. Marinho acreditava que se houvesse eleições diretas a oposição venceria tanto no Legislativo quanto no Executivo.
CASTELO BRANCO E COSTA E SILVA - PENSAMENTOS OPOSTOS
No entanto, o Marechal Castello Branco - embora tenha passado a faixa presidencial ao seu desafeto, não estava satisfeito com os rumos da política e tinha marcado um pronunciamento à nação para o dia 19 de julho de 1967, onde conclamaria a nação e a caserna a se unir para que a democracia fosse restaurada. Isso estava causando mal estar entre os militares que temiam um cisma nas três forças armadas. Assim, tramaram a morte do Marechal.
ABAIXO REPRODUZO ESTUDO PUBLICADO NO BLOG CULTURA AERONÁUTICA PARA EMBASAR A CERTEZA DE QUE CASTELLO BRANCO FOI ASSASSINATO NUM CLARO ATENTADO.
O estranho acidente que matou o Marechal Castello Branco
Nos últimos
tempos, muitas "teorias de conspiração" ganharam fama pelo mundo, envolvendo,
por exemplo, o atentado contra o World Trade Center e o Pentágono, o atentado
de Lockerbie, a morte da Princesa Diana, e muitos outros mais. Mas é
interessante conhecer uma dessas teorias que envolve o ex-Presidente do Brasil
e Marechal Humberto de Alencar Castello Branco (foto abaixo).
Segundo a
versão oficial dos fatos, o Marechal Castello Branco faleceu em um acidente
aeronáutico, em uma aeronave do Governo do Estado do Ceará, um Piper Aztec
(foto abaixo) matriculado PP-ETT, no dia 18 de julho de 1967. A aeronave que
conduzia o ex-Presidente foi atingida na cauda pela ponta da asa de um caça da
Força Aérea Brasileira, um Lockheed TF-33, perdendo a deriva. Depois de entrar
em parafuso chato, o avião chocou-se com o solo e todas as pessoas a bordo morreram,
com exceção do copiloto.
AVIÃO NO QUAL MORREU CASTELO BRANCO PARCIALMENTE RESTAURADO
Na manhã de 18 de julho, Castello Branco saiu do
sítio da escritora Rachel de Queiroz, sua amiga, e decolou de Quixadá para
Fortaleza a bordo do Aztec cedido pelo Governo do Ceará. Estavam a bordo do
bimotor a escritora Alba Frota, o major Manuel Nepomuceno, o irmão do Marechal,
Cândido Castello Branco, o comandante Celso Tinoco Chagas e o copiloto Emílio
Celso Chagas, filho do comandante.
O tempo estava
bom, visibilidade praticamente ilimitada e nebulosidade insignificante. O Aztec
decolou do sítio de Rachel de Queiroz às 9 horas da manhã e voou em cruzeiro no
nível de voo visual 055 (cinco mil e quinhentos pés). Trinta minutos depois, já
durante a descida para Fortaleza, um jato de caça da FAB, um TF-33 - FAB 4325,
atingiu a deriva do Aztec, decepando-a. O jato perdeu o tanque da ponta da asa,
que curiosamente estava vazio, mas conseguiu retornar em segurança para sua
base. O Aztec, entretanto, perdeu o controle direcional e entrou em parafuso
chato, chocando-se com o solo de barriga, matando 5 das 6 pessoas a bordo,
salvando-se o co-piloto Emílio Celso Chagas, que ficou, entretanto, bastante
ferido.
CAÇA QUE ABALROOU O BIMOTOR EM QUE VIAJAVA O MARECHAL
Na ocasião do acidente, houve uma investigação, que
concluiu que o choque foi acidental, que ambas as aeronaves estavam em um mesmo
"corredor" em direção à Fortaleza, e que teria havido, possivelmente,
falha do controle de tráfego aéreo. E ficou por isso mesmo, já que o Governo
Federal, naquela época, controlava tudo com "mão de ferro",
censurando a imprensa e calando a oposição.
Embora a presença de caças nos céus do Ceará fosse
comum entre 1947 e 2002, o tráfego civil era respeitado e os jatos mantinham
separação visual dos mesmos, como acontece até hoje. Mas o bimotor que levava
Castello Branco foi atingido na deriva com uma precisão "cirúrgica",
com poucos danos ao caça. As condições de visibilidade eram excelentes, dando
condições ao piloto do caça, o Tenente Alfredo Malan d'Dangrogne, de avistar
perfeitamente o tráfego à sua frente. Mesmo assim, ocorreu a colisão, o que
despertou a suspeita, anos depois, de que não se tratava de um acidente, e sim
de um atentado.
Se se tratava realmente de um atentado, qual teria
sido o motivo e a quem interessaria a morte do ex-presidente? Sobre isso não
restam dúvidas, pois motivos não faltam. Castello Branco tinha deixado a
presidência apenas 3 meses antes, passando o poder para o Marechal Arthur da
Costa e Silva, representante da "linha dura" do Exército.
Na verdade, Castello Branco era um moderado, que
assumiu o governo em um momento muito conturbado da política brasileira. Sua
verdadeira intenção era devolver o governo aos civis assim que a crise que o
conduziu ao poder tivesse acabado. Isso ia contra os interesses de outros
generais, que tencionavam se manter no poder sob a alegação de manter a paz e
ordem pública e manter os comunistas e a esquerda "radical" longe do
governo.
Mesmo fora do
governo, o Marechal Castello Branco tinha uma considerável influência no
Exército Brasileiro, por ser um herói de guerra e por ter mantido a ordem
pública em uma fase crítica da política brasileira. Em resumo, a presença de
Castello Branco incomodava, e muito, os generais da "linha dura" que
pretendiam se perpetuar no poder. E não haveria outro meio de meio desses
generais se verem livres dele, senão matando-o.
Durante muitos
anos, o copiloto do Aztec, Emílio Chagas, acreditou na versão oficial de
acidente, inclusive se encontrando com o piloto do caça que atingiu seu avião.
Mas depois, passou a questionar o fato, evitando, porém, comprometer o piloto
da FAB, já que o mesmo era ala de outro oficial, o Tenente Areal.
A operação de
resgate das vítimas do acidente foi desastrosa: os oficiais e soldados da
aeronáutica destroçaram o avião a machadadas e carregaram as vítimas nas
costas, sem qualquer técnica. Como estas tinham danos na coluna vertebral pela
posição de impacto, isso pode ter colaborado para agravar seus ferimentos.
O avião
acidentado foi reconstruído e parcialmente restaurado, e encontra-se hoje no
quartel do 23º Batalhão de Caçadores, em Fortaleza, no Ceará. A deriva
arrancada pelo caça jamais foi encontrada. O caça também foi preservado e
encontra-se hoje na Base Aérea de Fortaleza, como monumento, ao lado do prédio
do Comando da Base.
CONCLUSÃO:
O único sobrevivente do acidente, o copiloto Emílio Chagas, entrou com ação contra a união pedindo explicações mais detalhadas sobre o acidente. O mesmo fez o Ministério Público Federal, pois a investigação que matou um ex-presidente foi cercada de sigilo, onde se colocou um aspirante a piloto de caça como o autor do acidente que vitimou Castello Branco. Não seria ele o copiloto do caça? Na região onde o avião do Marechal foi abalroado haviam mais dois aviões de caça em manobras. Porque seus pilotos não foram ouvidos? São lacunas que precisam ser preenchidas para que a história seja revista e a verdade surja.
Pedro Paulo de Oliveira.
Especialista em História, Acadêmico de Direito, Consultor Parlamentar e Executivo, e Palestrante.
Visite, também, o site: www.cabraleoliveira.com.br
e-mail para contato: cabraleoliveira@gmail.com
Grande Castelão! Livrou o país de se tornar numa ditadura do proletariado.
ResponderExcluirPara seu entendimento, meu caro, o golpe militar não foi perpetrado por Castelo Branco. Ele foi usado para assumir no lugar de João Goulart e só aceitou com a condição de devolver a democracia aos brasileiros em poucos meses. Foi obrigado a entregar a presidência a Costa e Silva que manteve uma ditadura cruel por mais de 20 anos e atrasou o Brasil e em um século, além de deixar o caminho aberto para a corrupção que nos assola hoje.
ExcluirAo deixar o poder, o militares entregaram o governo ao Sarney que aniquilou o país com uma inflação de mais de 150% ao mês.
Defender a Ditadura Militar é para quem não ama este país chamado Brasil!