sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A INCONSTITUCIONALIDADE DO MOVIMENTO BLACK BLOC E SUA FUNÇÃO ANTISSOCIAL


Publicado, 14/02/2013, por Gustavo Melo no Site JUSBRASIL

Black bloc (do inglês black, negro; bloc, agrupamento de pessoas para uma ação conjunta ou propósito comum, diferentemente de block: bloco sólido de matéria inerte) é o nome dado a uma tática para protestos e manifestações de rua, onde os participantes se utilizam de roupa preta, máscaras, capacetes, e outros itens que escondem o rosto. Essas vestimentas tem a finalidade de proteger tanto sua integridade física quanto identidade, visando o anonimato.
A tática foi desenvolvida nos anos 80 nos protestos do movimento Europeu autonomista contra a evacuação de prédios invadidos, energia nuclear e medidas contra o aborto, entre outros motivos. Os black blocs ganharam a atenção da mídia fora da Europa durante as manifestações contra o encontro da OMC em Seattle, em 1991, quando participantes destruíram fachadas de lojas e escritórios do McDonald's, da Starbucks, da Fidelity Investments e outras instalações de grandes empresas.
No Brasil, este movimento ganhou notoriedade durante os protestos ocorridos em junho de 2013, durante a Copa das Confederações. Enquanto cidadãos de boa índole iam para as ruas protestar de maneira pacífica, os integrantes deste infeliz movimento causavam um verdadeiro terror.
Não é a toa que participantes de um black bloc são frequentemente associados ao anarquismo, pois em praticamente todos os casos, eles promovem a baderna por onde passam, deixando o patrimônio público danificado, bem como diversas pessoas feridas, entrando em confronto direto com a Polícia, que por sua vez fora usada como alvo de críticas da mídia, fazendo as pessoas acreditarem que esta sim era a verdadeira culpada pelo caos que estava se instalando.
Então, quanto à inconstitucionalidade, que é óbvia, vejamos o art.  da Constituição Federal e os seguintes incisos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Baseando-se nestes dispositivos, enxergamos a clara falta de caráter destes integrantes, pois cobrem o rosto e atrapalham manifestações de cunho pacífico. E as armas? Bom, estas podem ser equivalentes ao artefato explosivo que matou o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Ilídio de Andrade de maneira absolutamente covarde. É bom lembrar que foi preciso surgir imagens da imprensa da Rússia para comprovar que a obra foi feita por esses vândalos, e não pela Polícia Militar, como a imprensa Brasileira saiu acusando sem provas.
Mas e a sua função anti-social, como explicar? É simples. Imagine que você e seus amigos saiam de suas casas para fazer uma manifestação pacífica exigindo direitos básicos do governo como saúde, educação, segurança, entre outros direitos básicos. Aí, vocês encontram este grupo de arruaceiros em confronto direto com a Polícia, com direito a artefatos explosivos, bombas de efeito moral, ou outras armas que acabam machucando você e seus amigos. A tendência é vocês se sentirem intimidados, com medo da violência e ficarem acomodados em suas casas, deixando assim a corrupção e a impunidade reinarem novamente.
Mas o detalhe mais interessante deste movimento não é o movimento em si, mas sim quem o financia. Ora ora, sim, eles são financiados. Jovens que foram abraçados pela mediocridade ao receber valores irrisórios de pessoas de influência citadas na lista cedida por Elisa Quadros, vulgo "Sininho", integrante de tal movimento, como "Delegado Zaconne", "Juiz Damaceno" e os vereadores Renato Cinco e Jefferson Moura, ambos do PSOL, o mesmo partido que está querendo fazer uma representação junto ao Ministério Público contra uma jornalista por "incitação à violência".
É claro que estes não são os únicos. Cabe a Polícia Federal investigar quem está por trás destes movimentos, mas isto são cenas dos próximos capítulos.
A imagem foi escolhida pelo Redator Nacional.


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