sábado, 22 de outubro de 2011

ENFIM, KADHAFI MORTO, UM ALÍVIO PARA QUEM?

Tenho tentado compreender e sintetizar na minha mente como ocorreram as mortes de Muamar kadhafi e do seu filho Muatasim. Li as explicações do líder dos rebeldes líbios, Omran el Oweib, um engenheiro elétrico que se tornou militar e afirmou ser ele o responsável. Ele assegurou, na sua declaração, que kadhafi estava escondido em uma galeria de esgoto e foi arrastado de lá pelos rebeldes enfurecidos. Disse que pediu aos soldados que não o matassem. Contudo – declarou - Kadhafi já estava ferido, caminhou dez passos e caiu. Daí em diante, continuou a falar o líder rebelde, nada pôde fazer pela vida do ex-ditador, mas ainda tentou salvá-lo levando-o para um hospital.

Os próprios soldados rebeldes filmaram a carnificina e espalharam as imagens pelo mundo através do twitter. O que se viu foi um show de horror ao bom estilo dos filmes da saga de sexta feira 13, como se mostrar ao mundo cenas dessa ordem fosse contribuir realmente para a democracia. Repito o que já disse anteriormente: a forma como estão sendo conduzidas as revoluções no norte da África e nos demais países do Oriente Médio lembra a Revolução Francesa no seu pior período; lembram, ainda, a instalação do comunismo na Rússia e nos demais países do mundo. Foi uma crueldade e uma carnificina geral.

Que foram os rebeldes líbios que mataram o ex-ditador líbio e seu filho na última quinta-feira não resta nenhuma dúvida. O que me pergunto é como ocorreram essas mortes e até onde eles, os rebeldes, esconderão a verdade.

Os corpos de Muamar Kadhafi e do seu filho Muatasim ainda estão aguardando as decisões sobre como serão enterrados e apodrecem em um contêiner. As pessoas fazem filas para vê-los, tapam os narizes e gritam; ”Deus é grande!”
Diante das últimas declarações do ex-premiê espanhol, até que a morte de Kadhafi foi um alívio para muita gente, gente grande, líderes poderosos. O ex-premiê andou falando que o ex-ditador era extravagante, mas era um “bom amigo”. Essa frase, vinda de um ex-líder europeu, soou dolorida aos ouvidos de toda a Europa e aos Estados Unidos. Assim, melhor que ele tenha morrido que a dar explicações em um tribunal onde, certamente, relembraria os bons tempos, nem tão distantes, dos acordos com a França, com a Espanha, com a Inglaterra e, principalmente, com os Estados Unidos.

Obama, ruim nas pesquisas pela derrocada da economia norte americana, adiantou-se, hoje, em reafirmar o papel libertador dos Estados Unidos, além de ser a nação defensora da democracia e o país mais poderoso do mundo. Disse, ainda, que, sob seu governo, foi eliminado Osama Bin Laden e Muamar kadhafi, o povo líbio foi libertado e os soldados do seu país deixarão o Iraque em breve. Duvido que essas declarações melhorem a imagem do primeiro presidente negro dos Estados Unidos.
Agora, que esses líderes europeus e a Casa Branca estão se lixando para os povos desses países em estado de convulsão social e guerra civil, é a pura verdade. Só tomam atitudes, como mandar suas forças armadas para essas regiões, quando estão em jogo seus interesses naquelas regiões. Por que não bombardeiam, também, o palácio do governo da Síria, quando estão ocorrendo fatos semelhantes naquele país aos que ocorreram no início da revolução na Líbia? Outros países da África passam pelo mesmo processo e estão esquecidos por esses líderes, além de ostentarem um multidão de miseráveis passando fome.

O que estamos assistindo, além, é claro, das imagens horrendas de Muamar Kadhafi morto, é o início de uma nova ordem mundial e é bom que prestemos atenção. Nessa ordem os meios usados para se estabelecer e derrubar governos serão sutilmente espalhados através das redes sociais. Depois, se necessário for, homens e mulheres, repetindo ações perpetradas pela humanidade em todas as revoluções, farão o resto empunhando armas.

Essas revoluções costumam funcionar com síndromes. Elas vão se espalhando num crescendo, criando novos pensamentos, novas ordens. De um país passam para outro e para outro e vão derrubando governos que até então se achavam intocáveis e infalíveis. Vamos esperar para ver no que vai dar tudo isso. Por aqui, no Brasil, a única revolução que estamos precisando fazer é para exterminar a corrupção enraizada como praga, como erva daninha em todos os meios de governo. Para isso temos as REDES SOCIAIS.

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