sábado, 3 de agosto de 2013

O FIM DAS GRANDES REVISTAS E DOS GRANDES JORNAIS ESCRITOS?



A DEMOCRACIA, A REVISTA VEJA, O ESTADÃO, O GLOBO, O ESTADO DE MINAS, O FACEBOOK, O YAHOO, O MSN, OS BLOGS... O que tudo isso tem em comum? A resposta é óbvia: A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E A IMPRENSA. No entanto, o que está acontecendo no mundo contemporâneo é algo inusitado para os ditadores da imprensa escrita com os seus patrocinadores cruéis e poderosos. As grandes revistas, entre elas todas do poderoso Grupo Abril, que publica a Revista Veja, estão sendo massacradas pelas redes sociais por onde proliferam páginas administradas por jovens e adultos que estão se lixando para os grandes patrocinadores que, agora, têm que se curvar para o Google, Facebook e outros. A maioria dos Blogs é administrada por pessoas que não conseguiram espaço nessas revistas. Assim, não existe compromisso delas com ninguém, a não ser com as suas próprias ideias e opiniões.



O Grupo Abril deve mandar embora, nos próximos dias, mais de 150 Executivos e outra gama de funcionários, incluídos repórteres de redação e de campo. Roberto Civitas, de onde está, deve estar agradecendo o fato de ter partido do mundo dos vivos antes que dessas mudanças no conglomerado que ele criou, acostumado que estava com ditar as regras. Seus novos diretores anunciaram que as demissões fazem parte de uma mudança estrutural que não alterará em nada a qualidade das suas publicações. Essa é mais uma mentira do grupo que publica a Veja. Não há como se produzir qualidade quanto se desmonta a máquina responsável por essa condição. O que está acontecendo é que o Grupo Abril constatou que as suas revistas não vendem mais como em tempos anteriores e a Revista Veja não é mais formadora de opinião como outrora.



Os grandes jornais escritos, entre eles o Globo, O Estado de São Paulo, O Estadão e O Estado de Minas, estão na mesma situação. São periódicos com custo altíssimo e que precisam, além dos leitores que os compram diariamente nas bancas, de patrocinadores dispostos a pagar valores astronômicos para terem suas marcas destacadas.

Por longos anos, eu diria que por quase um século, esses homens da comunicação foram heróis e vilões das do mundo. Revistas como a TIME, a People, Cosmopolitan, a play boy e jornais como o The New York Time, Le Monde e El Paris ditaram os rumos das sociedades, impondo, inclusive, a obrigação às demais revistas e jornais do planeta de seguir suas formas de publicação. No Brasil, por exemplo, nas questões políticas, quem a grande imprensa apoiava, entrava no poder. Basta lembrar os momentos da campanha de Fernando Collor de Melo contra Luiz Inácio Lula da Silva. A imprensa massacrou Lula e enalteceu Collor como o salvador da pátria. Depois, da mesma forma, colocou a juventude nas ruas, com a cara pintada, e forçou a impeachment de Collor. Durante a primeira vitória de Lula a grande imprensa ficou dividida e venceu o lado mais forte que se apoiou em Duda Mendonça, um marqueteiro extremamente hábil e que sabia como lidar com os meios de comunicação.



O que a grande imprensa do Brasil e do mundo não contava era com o surgimento e proliferação de uma imprensa alternativa, eficiente e rápida, através da internet. Muitos jornais e revistas se adaptaram e criaram páginas virtuais muito bem elaboradas, trabalhadas por profissionais altamente capacitados. Deu certo? Sim, em parte. O Google, na esteira, da nova ordem mundial, abriu seu espaço para a criação de Blogs e os hospedou gratuitamente. Nesse caminho o Google se tornou um meio poderoso de marketing para as empresas e, de certa forma, monopolizou uma grande fatia do mercado da comunicação. O Facebook é o outro caminho aberto para os jornalistas e escritores alijados dos grandes grupos se expressarem. No Facebook eles podem criar páginas profissionais a custo zero ou pagas em valores pequenos, mas com retorno garantido, pois, através delas, poderão divulgar produtos e serviços. Google age da mesma forma: permite que os blogueiros usem o espaço do blog como bem desejarem, façam propaganda de produtos e serviços, além de funcionarem como meios de divulgação literária e de notícias. O Facebook e o Google ganham das grandes empresas valores astronômicos através das propagandas inseridas nas páginas que administram.

O que os donos dos jornais e revistas terão que entender é que hoje não existem poucos donos da comunicação. Existem milhões de comunicadores. Dos tempos das primeiras tipografias e dos primeiros telefones, muito já se fez ou se falou. Então, não adianta espernear. É se adaptar ou perecer.



Com essa nova ordem mundial e a revolução das comunicações através das redes sociais, a imprensa escrita e os livros escritos deixarão de existir? Claro que não. Esses meios de comunicação, de lazer e cultura subsistirão e disputarão espaço com os facebukeiros e blogueiros. Por que os livros escritos continuarão a existir? Pelo prazer que temos em nos sentarmos nos jardins e ou nos deitarmos nas camas, abrir um bom livro e nos embrenharmos pelo mundo criado por um escritor. Da mesa forma, as revistas e os jornais subsistirão. A única diferença em tudo isso é que os donos da comunicação não são mais os donos dos jornais e das revistas. A comunicação, agora, está nas mãos de todo mundo. A comunicação está nos telefones celulares, nos tabletes, nos notebooks e em todos os computadores de mesa espalhados pelo mundo. Não existe mais limite para a comunicação. Hoje, todos somos repórteres, todos somos divulgadores de produtos e serviços e todos somos escritores. Claro que nesse meio, nessa via láctea de gente se comunicando, se sobressairão aqueles com mais capacidade e vivacidade, por que essa é a lei que sempre pautou os rumos da humanidade.


Texto de Pedro Paulo de Oliveira
Imagens captadas no Google

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