quinta-feira, 8 de agosto de 2013

VINGANÇA OU PARRICÍDIO? NOVAMENTE A TEORIA DE UM CRIME



           Quanto mais os dias passam e vão aparecendo novos depoimentos e novas evidências, mais se cria a certeza de que a família do Sargento Pesseghine foi morta por vingança de alguém, ou de alguns. Sabe-se com certeza que a Cabo Andrea denunciou um grupo de policiais “militares e civis” envolvido em roubo de caixas eletrônicos, roubos de cargas, extorsão, tráfico de drogas e mortes. Segundo o Comandante da Policia Militar de São Paulo esses dados eram sigilosos e restritos a um pequeno grupo de oficiais. Ora, coincidência ou não, a Cabo Andrea foi morta exatamente no período em que as suspeitas começavam a ganhar contornos de verdade. Quanto ao resto da família, certamente as mortes, se houve “queima de arquivo”, execução sumária, foi para que se montasse uma cena de CRIME POR PSICOPATIA ADOLESCENTE.



          Todos nós que fomos pré-adolescentes, tal como o era o garoto Marcelo, suspeito de ser o assassino e suicida, sabemos que, por mais que estejamos determinados a tomar uma atitude drástica, no momento de perpetra-la, nossas pernas ficam bambas, nossas mãos tremem, nossas bocas secam e nossas vistas ficam turvas. Parece que nada disso se passou com o jovem Marcelo. Essas emoções são comuns e acontecem conosco em momentos de tensão. É humanamente impossível que Marcelo não tenha ficado tenso empunhando uma arma ponto 40 na direção da fronte do seu pai, da sua mãe, da sua avó e da sua tia. Ao que tudo indica a perícia até agora, ele nem sequer tremeu, mesmo no momento de atirar contra si mesmo. Depois, ainda saiu na madrugada dirigindo o carro da sua mãe, ficou dentro do carro por cinco horas até o dia amanhecer, assistiu aula, voltou para casa e se suicidou. ORA, POR MAIS PSICOPATA QUE ELE FOSSE NÃO CONSEGUIRIA FAZER TUDO ISSO COM TAMANHA PRECISÃO. Se os seus pais e avós já estavam mortos quanto ele foi para a escola, onde estarão suas roupas usadas durante o crime? Não havia razão para ele ir à escola tendo já perpetrado tamanhas atrocidades. SÓ UMA RAZÃO LEVARIA O GAROTO MARCELO À ESCOLA PORTANDO-SE DE FORMA NORMAL: PARA SALVAR A VIDA DE QUEM ELE AMAVA. Nada indica que Marcelo estava tendo um surto mental.



          O que se precisa tem em mente com relação a essas mortes, que abre um alerta sobre a atuação das polícias no Brasil, é que tudo foi praticado de forma muito sutil e calculada. Outro dado que precisa ser considerado é que Marcelo tinha fibrose cística, uma doença congênita que atinge os pulmões e se ele não tivesse tido muitos cuidados e amor, não teria sobrevivido aos 4 anos de idade, segundo a literatura médica.


          Acusar o garoto Marcelo como se está fazendo até o momento, sem a conclusão das perícias, sem vestígios de pólvora na sua mão, sem as suas roupas com resquícios de sangue e sem que ele tenha um mínimo histórico de psicopatia, se não é tática das policias de São Paulo, é a coisa mais leviana que já aconteceu na apuração de um crime na história policial deste país.


Texto de Autoria de Pedro Paulo de Oliveira.

IMAGENS: BUSCA GOOGLE.

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