quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O PODER DA COMUNICAÇÃO E OS COSTUMES DOS BRASILEIROS



A CANTORA ANITA É MAIS NOVO SÍMBOLO DO CONSUMISMO BANAL.

Dizem que brasileiro gosta de 4 coisas: futebol, mulher, Carnaval e praia. No entanto, de jeito que vão as coisas, novos hábitos estão consolidados no cotidiano dos brasileiros: novelas da Rede Globo, bailes funk, carros com sons possantes, conversas de botequins regadas de cervejas, celulares e Facebook. É lamentável ver a maioria da juventude do Brasil preocupada apenas com esses itens. Abre-se o Facebook e lá estão estampadas fotos de garotas entre 12 e 25 anos, em poses sensuais, com a língua para fora e recebendo uma centena de curtidas e comentários elogiosos; da mesma forma, jovens do sexo masculino, entre 15 e 25 anos, se mostram e recebem curtidas e elogios. Nada contra a sensualidade, o desejo, o despertar da libido, o sexo. É normal e faz bem. No entanto, quando isso se torna a principal causa de uma juventude, algo não vai bem para a sociedade onde ela vive. O que mais chama a atenção é que as revistas virtuais e escritas estão dando destaque para essa nova cultura e mostra as filhas de artistas, com apenas 13 anos, namorando e "causando" com seus paqueras na redes sociais.

VIOLÊNCIA E SEXO NOS BAILES FUNK

O Brasil, por conta dessa cultura, da apologia à sensualidade e ao sexo a qualquer custo, é visto em todo o mundo como um país promíscuo.O jornal croata "24 Sata" comemorou a classificação do país para a Copa do Mundo estampando a bunda de uma atleta brasileira vestindo o uniforme da seleção. Os argentinos, assim que se classificaram, pediram para a s mulheres brasileiras os esperarem.

Conversa de botequim, regada de cerveja, depois do trabalho ou nas férias, é salutar, gostoso e eleva o convívio social; bailes funk, desde que não extrapolem os limites do bom senso, representam uma cultura e são formas de extravasar, em determinados momentos e com limites, as energias e a sensualidade; Carnaval é a nossa maior festa e não precisa explicação; e as novelas, os carros com sons possantes e os celulares fazem parte do nosso dia a dia. E o Facebook? Bom essa é uma área complicada de delinear. Não há como prever onde vai dar o fenômeno das redes sociais, onde está inserido o Facebook.

Em outro artigo eu já havia dito que o mundo se transformou pelo poder da comunicação. Aliás, todas as grandes transformações da humanidade se deram através das revoluções da comunicação. Tudo começou quando os seres humanos descobriram o fogo e passaram a retratar seus costumes e emoções nas paredes das cavernas e grutas. Dai, para onde chegamos hoje, pela idade da terra e do universo, com milhões ou bilhões de anos, foi um pulo.

As grandes empresas de comunicação vivem de patrocínios. Para que recebam patrocínios elas precisam retratar e atender os interesses de outras empresas que querem vender seus produtos. Assim, se a música (som) sem qualidade vende, é necessário que se promova seus intérpretes; se a telenovela que transmite a cultura do sexo banal, entre outras idiotices, vende, é necessário que os seus atores sejam transformados em ídolos. E assim vai, criando-se uma cultura onde a maioria dos brasileiros não sabe ler, não sabe se expressar, não sabe escrever, não sabe em quem votou na última eleição, não conhece a verdadeira história do seu país e não sabe o que é respeito e pudor.

A JUVENTUDE ALIENADA PELA FOME E PELO DESCASO

Se verificarmos as estatísticas de morte no trânsito, na guerra do tráfico e outros crimes, veremos que a maioria das vítimas são de jovens. Quando não se tem um ideal de vida e quando não se cresce num ambiente saudável, o resultado é, normalmente a criminalidade. Esse é um dos sintomas da cultura capitalista, onde só vale o resultado final de vender os produtos a qualquer custo, não importando como e para quem. Assim, a comunicação, através de mensagens e imagens, convence e cria os costumes, gerando, também, toda essa violência.

Voltando ao Facebook, bem que existe uma minoria que tenta mudar a tradição de banalidade já enraizada entre os internautas. São páginas culturais que englobam artistas ainda desconhecidos dos holofotes da fama; são editoras famosas que publicam obras de qualidade; e são grupos de defesa dos direitos humanos,do meio ambiente e de uma política honesta. Essa minoria ganha adeptos dia a dia, claro que em número bem ínfimo se comparado com os demais grupos de apologia ao consumismo e à banalidade. Mas, estão ai e, se analisarmos a história da humanidade,veremos que eles sempre existiram e foram os responsáveis pela salvação e perpetuação da civilização.

A CORAGEM DOS JOVENS MUDA OS RUMOS DA HISTÓRIA

A juventude, aliás, sempre foi usada pelos políticos e grandes industriais como massa de manobra. As revoluções são decididas em gabinetes e, para que sejam perpetradas, chama-se a juventude para as ruas. Os chefes de estados declaram guerra e mandam seus jovens para as frentes de batalha. Não faz muito tempo o Brasil foi sacudido por manifestações que assustaram muita gente importante. Essas manifestações foram armadas através das redes sociais. Isso prova o poder que a comunicação tem para mudar os rumos da história. O destaque da comunicação se dá, agora,nas redes sociais. Quem sabe, na eleição do ano que vem possamos melhorar a cara do nosso congresso através das redes sociais.

COMUNICAÇÃO...


Texto de Pedro Paulo de Oliveira.

Imagem: paraiba.com.br

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