Elizabete, viuva do pedreiro Amarildo foi encontrada em Cabo Frio, Região dos Lagos do Estado do Rio de Janeiro, segundo informou João Tancredo, advogado que representa a família.Ela ligou para uma sobrinha ontem e disse que havia ido para aquela cidade.
Segundo o próprio advogado e os familiares de Elizabete, todos temiam que ela estive perambulando pela cidade do Rio de Janeiro, pois voltou, recentemente, a usar drogas e bebidas. Todos são unânimes em afirmar, ainda, que a família é "marcada", pois o Ministério Público denunciou 25 policiais por formação de quadrilha, tortura, ocultação de cadáver, fraude processual. Até o comandante da UPP, Major Edson Santos foi incluindo na denúncia, embora ele já tenho sido inocentado pela Justiça Militar. Por essa razão, a família toda teme pela vida.
Como existe um preconceito muito grande em relação aos moradores das favelas, muita gente e parte da imprensa acredita que Amarildo e Elizabete tinham ligações com o tráfico no Morro da Rocinha. Essa foi a afirmação dos policiais lotados na UPP para, naquele dia 14 de julho de 2013, levar Amarildo sob custódia e desaparecer com ele. Nunca ficou provada a ligação de Amarildo com o crime na Rocinha. quanto à Elizabete ser usuária de drogas, essa é outra questão. O advogado até já conseguiu tratamento para ela pelo estado. No entanto, como ela é diarista e o tratamento é na parte da tarde no posto de saude, ela nunca compareceu para se tratar.
Amarildo já foi considerado morto. Isso é fato. O Estado do Rio de Janeiro tem uma dívida para com essa família e a sociedade. Agentes da Lei (Policiais Militares), que deveriam dar segurança para uma comunidade, são acusados de praticar crimes graves, incluindo assassinato e ocultação de cadáver. A justiça militar acaba de inocentar o comandante da unidade pacificadora. É um absurdo. Parece que estamos num país em que a lei só é severa e se cumpre para os miseráveis.
Por Pedro Paulo de Oliveira.
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