sexta-feira, 28 de junho de 2013

IMPUNIDADE, PROTESTOS E MORTE = BRASIL E O ASSASSINATO DE UM MENINO DE 5 ANOS


Como escritor e redator considero-me incluído no rol dos razoáveis. Não sou jornalista, muito menos sou formado em letras ou matéria do ramo. Estudei história um certo tempo e não terminei o curso. Tudo que aprendi, foi devido à minha curiosidade e à minha vontade de, com o poder das palavras, orais ou escritas, ajudar as pessoas e o mundo a serem melhor. Eu sempre acreditei no poder da palavra e da comunicação. Foi por esses meios que o ser humano chegou ao estágio contemporâneo e sobreviveu a todos os cataclismas naturais é às guerras que ele próprio empreendeu. Através da comunicação eu posso dizer sinceramente "bom dia" ou simplesmente me calar, enlouquecer, matar e morrer. É uma escolha e é pessoal. Escolhi, então, falar a verdade através desse blog. O Google me informa que as minhas matérias são lidas, em parte, na região onde moro e o restante por todo o Brasil, nos Estados Unidos, Rússia e, em menor escala, noutros países. Essa constatação me deu forças para continuar a escrever e a comentar os fatos, da minha forma pessoal. muitos que eu já critiquei por aqui não gostam do meu blog, não gostam de mim e me criticam.Estou me lixando para essas pessoas. que elas tenham a capacidade e a coragem de fazerem o mesmo que eu ou de, no mínimo, me contradizerem com argumentos razoáveis.


Eu já disse neste espaço anteriormente que não gosto de escrever na primeira pessoas quando estou comentando fatos. Prefiro comentar no plural, falar no coletivo, colocando-me como parte do todo, que é o que eu sou. Neste instante, contudo, estou olhando meu país. Vejo uma nação imensa, na expectativa, inclusive, da final da Copa das Confederações no domingo entre Brasil e Espanha. Críticas à parte sobre os gastos destinados para as reformas dos estádios, vale lembrar que o esporte sempre foi uma forma de interação entre as pessoas e as nações desde os tempos da era dos impérios grego e romano. Todos sabemos que as olimpíadas nasceram por lá naqueles tempos, ou seja, muito antes da era Cristã. Olho em todas as direções desta nação e só vejo belezas naturais que iguais não existem em lugar nenhum do planeta. Vejo a juventude do Brasil mais uma vez protestando e mostrando que quer um país bom e justo para viver. Mas, vejo, também, um povo amedrontado pela falta de segurança, um sistema de saude sucateado, uma educação atrasada e um sistema de trasporte (estradas, ruas, ferrovias, portos)que não funciona, parado no tempo. Finalmente, vejo a classe política totalmente desacreditada pela sua postura fisiológica, corrupta, e inócua. Sinto-me, então desolado, com vontade de, juntamente com essa juventude, tal qual nos idos de 1978, protestar contra tudo que está errado.


O que fazer quando tudo parece não se resolver, quando o futuro é incerto e, de repente, na luta pela sobrevivência, no meio do sonho de uma vida melhor, você acorda e seis homens que mal sabem conversar e gritam palavras de baixo calão , entram na sua casa, roubam todo o dinheiro que você juntou para o futuro da sua família e, por pura covardia, matam seu filho de 5 anos? O Garoto de quem estou falando era um boliviano, filho de uma família de bolivianos que deixou a Bolívia há pouco mais de seis meses e seu pai trabalhava numa confecção na cidade de São Paulo. Qual era o sonho desse pai que levou toda a sua família para São Paulo? Era um sonho igual ao de qualquer pai de verdade, o sonho de uma vida melhor para sua família. Qual era o sonho da mãe desse menino que acompanhou seu marido? Era um sonho simples: queria ver seu filho de cinco anos tornar-se um homem livre, sério, saudável e capaz de sobreviver com dignidade.O bandido, porém, destruiu esses sonhos. Covardemente, mesmo tendo recebido R$4.500,00, que era tudo que essa família tinha economizado, encostou o revolver na cabeça do garoto que estava no colo da mãe e suplicava apavorado: "No me mates, no me me mates!" Um anjo pedindo pela vida. O Carrasco, sem piedade, acionou o gatilho e executou o anjo no colo da sua mãe.

Parabéns à Polícia paulista que já conseguiu prender e rapidamente todos os bandidos. Mas, no entanto, fica uma sobra de tudo: a indignação, o vazio de saber que esse bandido logo estará, talvez, de volta às ruas. Fica, ainda, uma vontade cada vez maior de gritar que as pessoas de bem deste país estão cansadas de trabalhar, pagar impostos e temer serem mortas ou aleijadas na primeira esquina que dobrarem nas grades cidades.


Essa criança Boliviana é uma cidadã do mundo, um ser universal. Foi morta por que as instituições do Brasil estão falidas; esse anjo deu a sua vida para nos mostrar que precisamos repensar nossas maneira de fazer políticas públicas; esse menino de 5 anos morreu para nos dizer que basta de impunidade! SEU SANGUE É O SANGUE DE TODOS OS BRASILEIROS DE BEM.





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