sexta-feira, 14 de junho de 2013

A DEMOCRACIA, OS ÍNDIOS, OS GAYS, AS LÉSBICAS, OS TRAVESTIS, OS TRANSFORMISTAS E OUTROS TANTOS GRUPOS SOCIAIS...


O mundo se transformou, uns dizem que para melhor, outros afirmam que para pior. No entanto, tudo é uma questão de opinião, visão de uns que olham para sociedade com o seu dinamismo e vê a evolução tecnológica como um meio e não como um fim e vice-versa para outros. A tecnologia, no entanto, deveria ser apenas um fim para que o ser humano pudesse ter melhores condições de vida. Contudo, tem sido mais um meio para aumentar a pobreza e as desgraças, na medida em que poucos, no máximo 5% da população mundial, detêm 90% das riquezas do planeta. Essa disparidade é algo novo, inerente ao século XX e XXI? Claro que não. As desigualdades sociais sempre existiram. Na Europa da Idade Média os ricos e poderosos eram a minoria e a maioria era uma massa humana que ficava à margem, constantemente atacada por pestes, fome, intolerância religiosa e atrocidades diversas. Aqueles tempos eram bem mais tenebrosos.

Gregos e Romanos praticamente inventaram, juntos, a república e a democracia. Essas duas formas de governar, que sempre andaram paralelas, passaram por diversos períodos de terror, sendo banidas na já referida Idade Média em quase toda Europa pelo poder uno dos reis e pela ditadura da Igreja Católica. Para os gregos e romanos o homem (homem no sentido masculino mesmo) era o centro do universo. O império Romano, contudo, para sobreviver, aderiu ao Catolicismo por imposição do imperador Constantino e o Deus de Jesus Cristo passou a ser o centro do Universo desde de então.

Nada no mundo, desde que Constantino teve a sua famosa visão da cruz, foi o mesmo. surgia uma igreja poderosa e que disputava o poder temporal com reis e rainhas, formou as cruzadas, um exército de guardiões das suas riquezas chamados de Templários e inventou a Inquisição para matar aqueles que ousavam contradizê-la. Foi uma época de muita crueldade e é bom que aqueles que reclamam dos crimes de hoje tenham uma ideia desse tempo de terror no mundo.

Da inquisição até os tempos modernos, o ser humano evoluiu social e tecnologicamente. Duas coisas, porém, permaneceram intocáveis: A REPÚBLICA E A DEMOCRACIA. A DEMOCRACIA, COMO UMA INVENÇÃO SÓCIO-POLÍTICA, É A VONTADE DA MAIORIA EM DETRIMENTO DOS DIREITOS DAS MINORIAS. No sentido de uma conta social, a democracia está certa, pois as minorias, juntas, formam a maioria. É a forma mais eficiente de se governar um povo.

As desigualdades continuam? Claro que sim. E vão continuar enquanto o mundo existir e o ser humano for o seu dono. Quem está no poder busca a riqueza e os mais afortunados e espertos constroem impérios que produzirão bens para a grande maioria consumir. É assim que funciona a civilização desde que o ser humano começou, ainda na idade da pedra, a guardar seus alimentos para sobreviver ao frio e às tempestades.

Mas então, quem são as minorias? Ora, são os índios, os gays, as lésbicas, os doentes mentais, os aleijados, os idosos, os especiais, entre outros. O que não se pode mais admitir como minoria em um país multirracial como o brasil, são os negros. A população negra no Brasil, soma, hoje, quase a metade do nosso povo.

Então, não adianta alguns radicais espernearem dizendo que é um absurdo o que está acontecendo com os tribunais quando eles impõem, através de normas, direitos aos casais do mesmo sexo de contraírem matrimônio, constituírem família, adotarem filhos e poderem se expressar espontaneamente em público. Quem não estiver satisfeito de viver numa democracia que protege os direitos das minorias que, graças a Deus, no Brasil, acontece, que procure uma ditadura, de preferência bem cruel.

Os casais homoafetivos no Brasil, nesses últimos tempos, avançaram muito nos seus direitos. A justiça tem ouvido seus clamores. Outra minoria que quase foi dizimada, foram os índios. Sobreviveram e, hoje, lutam por seus direitos e os têm conseguido a duras penas.

Assim, vamos evoluindo, no Brasil, e muito lentamente.Mas, não pensem os incautos que não existe miséria e desigualdade social, por exemplo, nos Estados Unidos. A desigualdade social é inerente à humanidade. Eles - norte-americanos - passam uma imagem de "SONHO AMERICANO". Mas esse negócio é um engodo para que compremos mais e mais seus produtos. É puro marketing. A desigualdade social por lá é tão gritante quanto por cá. A grande riqueza dos Estados Unidos está nas mãos de pouco mais do que 4% da sua população. A classe média deles, tão decantada nos tempos de glórias e de explosão imobiliária pelos bancos, está quebrada e perdendo suas casas, todas penhoradas para garantir dívidas impagáveis. Os índios por lá, se ainda existem, já perderam suas identidades. O exército norte-americano foi o que mais dizimou índio na face da terra com a desculpa de desbravar o oeste; os negros, por lá, se têm direitos hoje, foi a custa de muita luta e perseguições da Ku Klux Klan que incendiava as casas dos negros e os matavam covardemente.

Da crise financeira na Europa, não precisa nem dar explicação, pois as notícias chegam a todo momento através dos telejornais mostrando países endividados, taxas de desemprego nas alturas e protestos por todos os lados.

A questão das minorias nesses países ditos desenvolvidos é ainda mais gritante do que no Brasil. Por lá as minorias vivem literalmente em guetos, trabalham em subempregos e têm seus direitos inalienáveis desrespeitados a todo momento. Se for latino-americano, então, é um Deus nos acuda. Somos sub-raça por lá.

Lógico que há discriminação por aqui e muito ainda terá que ser feito melhorar a nossa legislação complementar e ordinária, e a consciência social no cumprimento de normas simples de convívio das diferenças. O fato do índio ter uma cultura própria e gostar de andar pelado, não quer dizer que ele não seja humano e não tenha direitos dentro do estado de direito; e a questão das escolha sexual, onde alguns gostam do mesmo sexo, não os colocam como depravados e débeis mentais. As diferenças existem, tal como existem as cores, para que a sociedade aprenda que a vida na terra é feita de multiplicidade.

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