quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ONDA DE PROTESTOS CONTRA AS DITADURAS NO MUNDO ÁRABE

É a hora e a vez dos demais países do mundo sob regimes autoritários sentirem o peso dos protestos populares clamando por democracia e mais justiça social. A onda iniciada no Egito se propalou para os demais países do Oriente Médio como um tsunamie e pegou regimes como o da Líbia desprevenido para lidar com essa novidade. Para driblar a censura de Muamar Kadafi, manifestantes divulgaram pela internet as imagens dos protestos contra a prisão de um ativista de direitos humanos. Centenas de pessoas entraram em choque com a polícia no leste do país. Nas imagens divulgadas pelo governo, só aparece gente apoiando o ditador Kadafi, que está no poder há 41 anos e que libertou nesta quarta 110 presos políticos para acalmar os opositores.

No Bahrein a coisa se repete de forma dramática com os protestos se espalhando por toda a nação. O governo, no desespero de acalmar o povo, deu a cada família do país em torno de R$4,500,00. contudo, o povo não abandonou as ruas e continua protestando e pedindo a renúncia do governo.

No Iêmen os protestos já fugiram do controle das autoridades e a polícia não consegue mais cercar os manifestantes que se espalham pelas ruas da maioria das cidades do país.Na capital, Sana, grupos favoráveis ao governo atacaram opositores do presidente Ali Saleh com facas e cassetetes.

As redes sociais na Internet continuam servindo como ferramenta principal para a organização dos protestos contra governos de linha dura na região provando que não existem líderes nas ruas distribuindo, como antigamente, panfletos, pichando muros e fazendo reuniões secretas. O levante começa com um chamamento na internet,seguido de mensagens de ordens contra os regimes e pedindo liberdade, justiça e a queda dos governos.

Sem querer desprezar a capacidade dos internautas de se interagirem, cabe, aqui, mais uma vez, a observação de que os interesses das grades potências está em jogo nesta revolução. No meio do povo é preciso que hajam lideranças capazes de esclarecer aos mais desavisados sobre o pano de fundo dos protestos, de forma que possam ver quem vai ficar no poder após uma possível queda dos egimes autoritários. É necessário olhar com atenção o que está ocrrendo no Egito após a queda de Mubarak. Os comandantes militares que estão governando o país são os mesmos que se sentavam ao lado ditador deposto. Eles comandam as forças armadas intimamente comprometidas com os E.U. e Israel e que recebeu bilhoes de dólares desses dois países nos últimos anos. Destarte, será que mudou alguma coisa, até agora, no Egito?

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