sexta-feira, 19 de abril de 2013

VIVA OS ÍNDIOS, VIVA OS POVOS DAS NOSSAS MATAS, VIVA NOSSAS FLORESTAS.

HOJE O BRASIL COMEMORA "O DIA DA RESISTÊNCIA INDÍGENA. 19 de abril de 2013. Mais uma data para se comemorar nada nesse nosso país.

A resistência indígena é uma luta diária numa nação que não respeita suas raízes, que aceita madeireiros cometerem crimes hediondos, que deixa o capital estrangeiro entrar em troca de levar embora nossas reservas naturais e não consegue vigiar nossas fronteiras comidas pela corrupção.

O índio é o arcabouço da imoralidade dos séculos de desmandos, corrupção e entreguismo da nossa nação; o índio, ou o que resta dele, é a imagem de um país visto, ainda, no exterior, como uma nação atrasada, povoada de "selvagens comedores de banana" como afirmou há pouco tempo o ator Sylvester Stallone em filmagens nas favelas do Rio de Janeiro (No filme as favelas são mostradas como guetos); o índio é a bandeira de muitas ONGs que existem apenas de fachada para faturarem recursos do Governo Federal e organizações internacionais; e são os índios que vivem à margem dos direitos mínimos, representando a maioria do povo de um país que merece mais dignidade.

Comemorar o que, então? A "resistência indígena"? Não há resistência nesse contexto. "Contra a força não há resistência", já diz o ditado popular.O que há, de verdade, são restos de culturas ricas e orgulhosas que se chamavam Tupi, Guarani, Tamoio, Xavante, entre tantas outras.

O que aconteceu no Brasil com os seus primeiros habitantes não foi diferente do resto da América latina. Os espanhóis dizimaram culturas milenares e avançadas, tais como: os Incas, os Maias e os Aztecas. Hoje, o que resta dessa gente, seja no Peru ou no México, está às margens da sociedade, vivendo de artesanatos e esmolas do poder público.

Logo que os portugueses chegaram no Brasil, encontraram os índios, no meio das matas, vivendo em comunidades, cada tribo da sua forma e com a sua cultura (seus costumes, suas histórias, seus deuses). "Selvagem não tem alma". Diziam os padres da época. - "Esses seres não são batizados pela Santa Igreja. Não merecem respeito." Com esse pensamento, foi imposto a catequização dos índios à força, escravizando-os da mesma forma como se escravizava os índios negros vindos da África. (Os nossos índios são amarelos). Assim, pela força das armas portuguesas e pelo poder da igreja, os índios brasileiros se viram obrigados a mudar de religião. De adoradores do sol, da lua, da terra, do vento, das árvores e dos animais, eles passaram a adorar a Santa Cruz, na Terra de Santa Cruz. Como se pudesse obrigar um povo a mudar de religião. Não deu certo e os índios continuavam a adorar jaci (a lua)e esposa de Tupã e outros deuses, enquanto os negros adoravam seus deuses africanos.

Não houve resistência e não há resistência indígena quando toda a cultura desse povo foi destruída em detrimento de uma colonização e de uma evangelização sem critérios.

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