sábado, 11 de maio de 2013

TORCIDA PARA "UM BRASIL QUANTO PIOR MELHOR".

UM FATO:


Nosso Brasil vai andando, "aos trancos e barrancos", pois que temos muitos trancos e barrancos espalhados pela imensidão deste país. Passamos, se não incólumes, pelo menos protegidos contra as crises que assolaram os Estados Unidos e a toda a Europa. Nossos vizinhos dos lados, "los hermanos", (não confundam com o conjunto musical brasileiro), estão praticamente quebrados e dando golpes no Brasil a torto e a direito, a começar pela orgulhosa Argentina. O Paraguai nem seria uma nação se não fosse pelo Brasil que compra quase tudo que eles fabricam legal e ilegalmente; a Argentina está o tempo todo, no falatório populista da sua presidente, a tentar enganar-nos nas questões tarifárias e do livre comércio através do Mercosul; a Bolívia nacionalizou nossas multinacionais que lá investiram milhões de dólares. Com tudo isso, somada à nossa corrupção interna, com desvios de recursos públicos em valores estratosféricos, o Brasil ainda saiu ileso perante uma crise que está quebrando países que pareciam inquebrantáveis. A nossa taxa de desemprego é uma das menores da história e o nosso nível de crescimento vai indo (aos trancos e barrancos), mas subindo, mesmo que a taxas pequenas. Nosso consumo, também, vai bem, obrigado.

OUTRO FATO:

Estava em discussão, na Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, os atos do famigerado Coronel Ustra, comandante do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna do 2º Exército em São Paulo (DOI-Codi-SP), entre 1970 e 1974. Numa sessão tumultuada, que tinha como presidente da Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, vereador Gilberto Natalini (PV-SP), Ustra foi questionado sobre se teria torturado Natalini, em 1972. Ustra respondeu que não tinha nada a dizer e negou o fato. A negativa foi rebatida por Natalini que interrompeu a fala de Ustra aos gritos: “sou um brasileiro de bem. O senhor é que é terrorista. Eu fui torturado pelo coronel Ustra”. Só a título de esclarecimento o coronel reformado Ustra está sendo denunciado pelo Ministério Público Federal de tortura, assassinato e ocultação de cadáver. foi denunciado, ainda, por um ex-agente, de apresentar os corpos assassinados como troféus.

MAIS UM FATO
O brasileiro Roberto Azevêdo foi nomeado, nesta quarta-feira (8), em Genebra, para assumir o comando da Organização Mundial do Comércio (OMC), órgão máximo do comércio internacional. Azevêdo venceu a disputa contra o mexicano Herminio Blanco. O diplomata é o primeiro brasileiro a ocupar o cargo, mas desde 2008 já representava o País na organização. Ele deve assumir o cargo em setembro, substituindo o francês Pascal Lamy, que é presidente da OMC desde 2005. Um dos desafios que Azevêdo terá que enfrentar é a reativação de negociações da Rodada de Doha para a liberalização do comércio mundial.

CONCLUSÃO:


O Jornal o Estado de São Paulo, na sua edição de hoje, deu um destaque especial para a defesa do Coronel reformado e investigado por tortura, morte e ocultação de cadáver, frisando sua fala onde ele acusa a Presidente Dilma de terrorista capaz de matar; a Revista Veja (uma das maiores revistas de nosso país), na sua edição semanal, publicou apenas uma nota de rodapé sobre a vitória de Roberto Azevêdo, assumindo como Presidente da Organização Mundial do Comércio - OMC. O que tem a ver esses dois fatos diante do momento brasileiro citado no primeiro parágrafo? Tudo. eles estão ligados intrinsecamente. No primeiro, o Jornal o Estado de São Paulo tenta desmoralizar nossos governantes, nossa economia e nosso momento político, colocando num patamar de bandido nossa presidente. Assim, quem sabe ela enfraquece e os seus opositores crescem e vencem nas eleições do ano que vem. No segundo, a Revista Veja entende que não é de bom alvitre dar destaques para brasileiros que se sobressaem em entidades do cacife da OMC, pois estará mostrando um país respeitado para o s brasileiros. País respeitado gera orgulho, patriotismo. Cidadãos com orgulho e patriotismo baixos tendem a se revoltar com os seus governantes.

O Brasil poderia estar melhor? Claro que sim! Poderia ter menos pobreza ou miséria nenhuma; o acesso a saude poderia ser mais facilitado; a educação deveria ser instrumento de inserção social e de capacitação dos cidadãos; o lazer e o esporte já deveriam estar universalizados; e o saneamento básico já deveria estar inserido em mais de 90% das comunidades. Contudo, esse é nosso maior desafio. somos herdeiros de séculos de escravidão, intolerância, corrupção, maus governos, apatia do povo e exploração das grandes potências. O povo está mais consciente e busca escolher melhor seus governantes, e as instituições estão tendo que se adaptar à nova ordem de conscientização das massas. Agora, a imprensa, do nível do Jornal o Estado de São Paulo e da Revista Veja, além, é lógico, das organizações Globo, apregoarem o pior para o nosso país, aí já não dá para engolir. O tempo de servidão, de omissão e de burrice do povo já passou.

Coronel Ustra e Telhada são resquícios de um tempo negro da nossa história. Vade-retro para essa gente.


Pedro Paulo de Oliveira - 11 de maio de 2013.

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