sexta-feira, 3 de maio de 2013

UM DOS MAIORES LÍDERES DA NOSSA HISTÓRIA.


João Goulart simbolizou na política brasileira o que chamamos de “O Grande Chefe Político”. Amou em demasia o Brasil, assumindo, democraticamente, pelo voto do povo, a presidência do Brasil em 1961 e deixando-a por imposição do Golpe Militar de 1964.

João Goulart, pela legitimamente que tinha como Presidente da república, naquele fatídico dia 31 de março de 1964, poderia ter resistido e levado o Brasil a, talvez, uma guerra Civil, pois que as Forças Armadas, naquele momento, não estavam tão unidas em torno do golpe. O golpe, engendrado nos porões do exército brasileiro, com pleno apoio dos Estados Unidos, visava minar a democracia brasileira alegando que o Presidente estava caminhando para o comunismo. Nada disso era verdade. Contudo, as reformas de base que João Goulart pretendia fazer mexeriam com os interesses dos grandes proprietários de terra e empresários acostumados a mamar nas tetas do poder. O presidente tinha o apoio do Rio Grande do Sul, através do Governador Brizola e de vários outros estados. Mas, preferiu renunciar e partir para o exílio no Uruguai, onde morreu em 1977.

João Goulart tinha investimentos no país vizinho e foi aceito como exilado. Contudo, passou a ser vigiado 24 horas por dia pelos órgãos de repressão daquele país. Como em 1977 o Regime Milita no Brasil já estava apodrecendo e mal se sustentando sobre alicerces econômicos maquiados, João Goulart fazia planos de voltar à sua terá natal. Os movimentos pela anistia se alastravam pelo país. No entanto, inesperadamente, ele se viu acometido pelo câncer e veio a morrer, segundo as fontes oficiais uruguaias da época, em razão da doença. A sua família e amigos próximos, contudo, sempre desconfiaram que ele pudesse ter sido envenenado pelos militares uruguaios que o vigiavam.

O ministério Público do Rio Grande do Sul e A Comissão Nacional da Verdade, agora, pediram a exumação do corpo do Ex-presidente que está enterrado em São Borja, no Rio Grande do Sul. Os procedimentos já estão sendo feitos para que até junho todos os testes sejam feitos nos restos mortais de João Goulart.

Como há a suspeita de ele possa ter sido assassinado como forma de impedi-lo de voltar ao Brasil como um líder poderoso, é procedente a exumação do seu corpo. Importante, também, esta discussão em torno do seu nome, também, como forma de lembra-lo e fazer justiça ao seu papel na nossa história recente.

O Brasil certamente seria outro se o Presidente da República Brasileira, João Goulart, tivesse terminado o seu mandato e conseguisse efetivar as reformas de base tão necessárias naquele tempo. Reformas essas, diga-se de passagem, nunca feitas e, ainda, necessárias.

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